Imperador 👑
Me sento no sofá, desbloqueando o meu celular. Eu já tinha tomado meu banho, tava só de calção aguardando a bonita que ainda não tava terminado o seu banho. Uma demora do caralho, fui falar com os menor da minha segurança, voltei e fui tomar banho, terminei antes que ela.
Jadynna é foda, papo reto. Essa garota brinca muito comigo, antes tinha receio e medo quando se tratava de mim, hoje em dia a garota mete marra e não tá nem aí. Ela já me conhece, já pegou intimidade comigo e sabe que eu não sou esse monstro de sete cabeças que falam por aí, mas não que eu não demonstre. Ela também sabe que eu consigo ser ele a hora que eu quiser.
Gosto que pensem desse jeitinho mermo. Que pensem que eu sou o pior do mundo, gosto que tenham medo ao se tratar de mim. Isso te faz ter poder, mandar e desmandar. E se eu tô aqui hoje, não foi fácil, então me orgulho de poder mandar e ver obedecerem. O bagulho nunca foi sobre entrar pro mundo do crime por gostar dessas coisas, foi falta de opção. Ou eu entrava nessa porra, ou eu não sei o que seria de mim hoje em dia, nem sei o que seria da minha coroa também. Tenho 30 anos e só 15 anos é no crime.
Saio dos meus pensamentos e tiro o meu olhar do celular assim que sinto o cheiro doce entrar pelas minhas narinas. Era incrível que apesar dela ter tomado banho, seu cheiro mesmo de longe impregnava por onde ela passada. A porra do perfume doce, que não enjoa de jeito nenhum.
Viro minha cabeça para atrás, para poder olhá-la. Ela vinha andando e eu acompanhava ela com a cabeça. A minha camisa de time do Flamengo que ela usava parecia um vestido em seu corpo pequeno. Sorrio de lado ao ver que ficou bonita pra caralho com a minha camisa, ainda mais do meu time. Ela já não usava mais sua maquiagem, o rosto estava lavado, mas continuava linda, até preferia assim, natural.
Jadynna vem caminhando em direção ao sofá segurando algo nas mãos e eu continuo calado, apenas observando os seus passos. Ela pega a sua bolsa em cima do sofá e abre ela, colocando os acessórios pratas dentro da bolsa. Após isso, ela fecha a bolsa e leva o seu olhar até mim.
Jade: O que foi? — se senta no sofá ao meu lado e eu continuo encarando ela, sem falar nada, apenas com a minha cara que ela bem sabe qual é. A cara de poucos amigos — Eu em, parece um doido. Fica olhando a pessoa assim. — tira o seu olhar de mim, pegando o celular ao lado da bolsa, mas eu não tiro o meu olhar dela — Era o que, que tu queria conversar comigo? — fala, enquanto mexe no celular. Nego com a cabeça e levo a minha mão até o celular dela, puxando com tudo de sua mão — Me devolve, Kennedy. — se estica tentando pegar o celular, mas eu levanto meu braço para cima e ela não alcança — Não tô brincando não, para de brincadeira. — se estica mais e com minha outra mão, eu puxo o seu corpo para mim, fazendo ela cair sobre o meu colo.
Imperador: Tá muito bravinha pro meu gosto. — ponho minha mão na cintura dela, prendendo ela ali e com a outra que segurava o seu celular, olho para a tela, vendo que ela estava no direct do Instagram. Não dá pra ver muita coisa, pois ela logo puxa o celular, tentando tirar ele da minha mão, mas eu não deixo. Apesar de não ter visto muita coisa, o pouco que eu vi foi várias pessoas reagindo a alguma coisa que ela tinha publicado — Tu tava postando o que que tão reagindo e te chamando de linda? — puxo minha mão com força, fazendo ela soltar.
Jade: E te interessa, Kennedy? Pelo amor de Deus, me dá a porra do meu celular. — se estica de novo, mas eu escondo minha mão atrás do meu corpo.
Imperador: Vê se fala direito, hein Jadynna. Esquece com quem tu tá falando não. — ela revira os olhos.
Jade: Sabia que tu é insuportável? Puta que pariu. Eu só quero o meu celular. Você não queria conversar? Eu não mexo no celular mais, vamos conversar. — tenta me convencer.

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Através das Grades [M]
Fanfiction+16| a visita íntima era apenas um detalhe em um jogo maior, o jogo do amor.