Confissão Detalhada

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A última noite ainda estava rondando a mente de Emma. Principalmente, o momento da despedida. Seus lábios ainda sentiam o resquícios da proximidade com os lábios de Regina e isso estava deixando-a um pouco inquieta.

A loira sabia que, muito provavelmente, ela reviveria sentimentos que não estava preparada para reviver. E que aquela ideia lhe traria muita dor de cabeça, mas não daria para trás agora. Já tinha se comprometido em ajudar Mills e seguiria assim, mesmo que isso a afetasse.

Emma não tinha conseguido dormir direito. Sua mente estava agitada, pensando no caso em que trabalhavam e se perguntando se tinha tomado a decisão certa. Quando conseguiu dormir, apenas algumas horas antes de ter que acordar outra vez, sonhou com Regina e seus lábios carnudos.

Um suspiro escapou. Seria um dia bem agitado.

O telefone de Emma tocou, arrancando-a de seus pensamentos.

— Swan. — Atendeu, sabendo que aquela era a ligação que estava esperando.

Do outro lado da linha, tinha um policial da central, avisando que era uma ocorrência para os alertas que Emma tinha emitido no dia anterior.

— Chego em trinta minutos. Obrigada! — Emma desligou o telefone e foi terminar de se arrumar. Por sorte, ou pura intuição, a loira já tinha tomado banho e estava praticamente pronta, faltava apenas o sapato e o cabelo.

O relógio marcava 05:21 da manhã, quando Swan deixou o apartamento e foi de encontro ao seu carro. Por ser madrugada, não pegou nenhum trânsito e isso ajudou a fazê-la chegar mais cedo na central.

Às 05:42, Emma adentrava a delegacia, a passos calmos e tranquilos. Ela sabia que encontraria a sua suspeita muito bem contida e já a esperando na sala de interrogatório. Um leve sorriso surgiu em seus lábios, pensando em como iria conduzir aquela conversa e em como precisaria de mais alguém ali contigo e que aquele ponto em específico faria Tânia esperar ainda mais. De acordo com o protocolo, o interrogatório deveria ser feito por duas pessoas da equipe responsável pela investigação e, até onde ela sabia, era a única que já tinha chegado.

— Quando eu crescer, quero ser uma boa investigadora assim, igual a você. — A voz de Regina surgiu de algum lugar atrás de Emma, lhe causando um leve susto. A morena esperou que Swan se virasse, para continuar sua fala. — Você acertou outra vez.

— A prática leva a perfeição. Bom dia! — A loira se aproximou e deixou um beijo no rosto de Mills.

— Bom dia! Desculpa pelo susto, não foi a intenção.

— Imagina! Acontece! — Regina sorriu e algo dentro da investigadora se remexeu. — Você está ocupada agora?

— Não! Precisa de mim? — A pergunta foi inocente, como sempre era, mas devido ao novo contexto em que estavam inseridas, tudo parecia ganhar um novo teor.

— Estou indo interrogar a Tânia e preciso de mais alguém da equipe comigo. Não chegou mais ninguém, quer me acompanhar?

— Será um prazer. Faz muito tempo que não acompanho um interrogatório, nem sei se eu me lembro como se faz. — Comentou, enquanto acompanhava a loira até a sala para pegar o arquivo do caso.

— Eu tenho certeza que você está mais que afiada, Mills. Vai ser um bom interrogatório. Vamos?

A morena assentiu e as duas seguiram em direção a sala designada. No prontuário em sua mão, Emma prestou atenção nas informações da prisão e viu que constava que Tânia fora presa num posto de gasolina, perto de um pedágio, já na divisa do estado. A mulher tinha sido detida às 01:30 da manhã, mas levá-la até a central demorou um pouco e só avisaram Emma, quando ela já estava lá, esperando para ser interrogada.

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