Pericia Genética

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— Qual vai ser a nossa abordagem? — Ruby perguntou, enquanto estacionava o carro próximo a casa de Tânia.

— Vamos tentar do jeito amigável primeiro, se não der certo, vamos apelar para a justiça. — Emma respondeu e, em seguida, abriu a porta do carro.

Não foi difícil conseguir aquele mandado. Kristina já estava esperando que sua equipe conseguisse provas o suficiente, então já estava preparada e já tinha entrado em contato com a juíza disponível. A alegação apresentada foi: as marcas de pneus encontradas na cena do crime, batem com a marca do carro da suspeita. Precisariam investigar com calma, para terem certeza que aquele carro esteve presente na cena do crime ou não. E teriam que encontrar provas o suficiente para ligar Tânia às duas vítimas.

Caminharam até a porta de entrada e a loira tocou a campainha. Sabiam que a mulher não facilitaria o trabalho de ambas, e isso, provavelmente, seria usado a favor da construção do caso.

— Boa tarde! — Tânia atendeu a porta com um sorriso amarelo nos lábios. — No que posso ajudá-las?

— Boa tarde, senhorita Alves! — Ruby a saudou, enquanto Emma apenas assentiu. — Gostaríamos de conversar alguns minutinhos, tudo bem?

— Eu não entendo. Já falei tudo o que sabia para os outros investigadores hoje pela manhã. — Seu tom de voz deixava claro o seu desconforto. Emma prestava atenção nos trejeitos da mulher, que mesmo sem palavras, deixava claro que não as queria ali.

— Na verdade, gostaríamos de dar uma olhada no seu carro, se não se importar. Encontramos marcas de pneus nas cenas e queremos apenas descartar algumas possibilidades. — Apesar de usar um tom leve, Lucas estava começando a ficar sem paciência.

Sua vontade era de prender aquela mulher naquele mesmo instante, mas ela sabia que se fizesse isso, todo o caso iria por água abaixo. Eles precisavam de todas as provas possíveis e que fossem todas irrefutáveis.

— Vocês vão analisar o carro da Gabriela também ou isso está se tornando algum tipo de perseguição comigo? — A postura de Tânia mudou completamente e os seus braços se cruzaram em frente aos seios, demonstrando uma postura totalmente defensiva.

— Não podemos compartilhar informações da investigação com civis. Esperamos que entenda. — Swan falou, pela primeira vez.

— Certo! E eu espero que vocês entendam que eu não me sinto confortável com isso. — iniciou. — Eu prefiro que vocês me apresentem um mandado.

Emma e Ruby não responderam, e Tânia também não lhes deu essa oportunidade. Logo após sua fala, a porta foi fechada com uma certa brutalidade. Os passos eram firmes e as investigadoras conseguiam ouvir o quão apressados eles estavam.

— Esse é o momento em que apelamos para a justiça? — Ruby perguntou.

— Vamos esperar ela chegar ao segundo andar, aí tocamos a campainha novamente. — Emma respondeu. — Ela está planejando alguma coisa, talvez fugir do estado. — Ruby franziu as sobrancelhas. — Vi algumas malas dispostas na sala.

Aguardaram alguns minutos, prestando atenção nos sons que vinham de dentro da casa. Quando teve certeza de que ela já estava longe o bastante, Emma voltou a tocar a campainha. Esperaram por mais alguns instantes, mas logo a porta foi aberta. Tânia carregava um semblante irritado no rosto, mas assim que viu as investigadoras, seu olhar passou a ficar surpreso.

— Tânia Alves, esse é um mandado de apreensão para o seu carro. O levaremos para a central. Em breve entraremos em contato, fica atenta ao seu celular ou à campainha. — A voz de Swan soou calma e contida, mas por dentro ela se divertia com aquela situação.

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