Isis Vitoria.
Rocinha, Rio de Janeiro.– Karine ele passou aqui na frente caralho, fazendo maior barulheira com aquela moto porra, eu quero ir embora.
Karine: qual foi Ísis? passou a madrugada inteira conversando com o cara e agora ta correndo igual o diabo foge da cruz.
Encostei na pia do banheiro olhando pra ela pelo espelho vendo ela passar o gloss.
– acontece que ele me deixou super bem explicado que quando ele não ta na brisa boa que ele tava ontem ele vira o capeta na terra e eu morro de medo de morrer, ainda mais na mão de um traficante vai que eu apareço na tv e eu juro que vai ser o maior mico da minha vida capaz que eu ressuscito só pra apagarem as matérias com a minha foto.
Comecei a falar sem parar e se ela não tivesse me encarando como se eu fosse uma maluca eu não iria calar a boca tão cedo.
Karine: calma ta? acho que ele não vai vir pra cá não, cara acordou só agora e deve ter um tanto de negócio pra resolver dos tráfico dele, eu vi no celular do Gibi chegando notificação falando que era pra algum muleque subir lá na casa do Cicatriz porque aconteceu alguma coisa lá.
– e você não descobriu o que aconteceu porque? porra Karine.
Karine: mana eu não chego a ser nem ficante do menino ainda, conheci ele ontem e não tenho intimidade o suficiente pra catar o celular da mão dele.
– Karine você deu pra ele, ficou pelada na frente dele, ele meteu a pica dentro de você e você vem me dizer que não tem intimidade com ele?
Karine: ué eu tava bêbada, ele é um gostoso, você falou que ele tava me querendo eu fui e dei, não precisei de intimidade pra isso, sentei e vazei, não era nem pra eu ter encontrado ele hoje.
– você é ridícula vei, sério mesmo.
Ela sorriu ajeitando o decote da blusa de um jeito que destacasse o silicone dela e virou olhando pra mim.
Karine: agora o assunto é outro, ele me chamou pra ir pra casa dele e você já sabe bem pra que, só que vei a transa desse homem é de outro mundo, então eu sei que vai demorar muito pra te deixar aqui esperando.
– então você vai embora comigo e fode outro dia.
Karine: então né, ele falou que vai tentar ir com a gente até a pousada dai ele me traz de volta pra gente dormir juntos e amanhã eu volto pra lá.
– deixa de ser louca Karine sua maluca, se a polícia pega a gente em um carro com um cara desse capaz que a gente vai presas junto por associação ao trafico.
Karine: por isso que ele ainda ta vendo se da pra levar a gente pra lá, ele vai chamar uns meninos da contenção deles pra ir junto.
– to odiando essa ideia e to sentindo que vai dar merda.
Karine: vou falar pro Gibi chamar o Cicatriz pra te levar então.
– eu não olho na sua cara nunca mais.
Ela pegou na minha mão enquanto ria e me puxou saindo do banheiro e voltando pra mesa onde tinha um grupão sentado.
Tinha muita gente na mesa conversando ao mesmo tempo mais o povinho que eu mais tava socializando era a Laiza, o Vini, o Gibi e a Karine.
Já era quase 3 da manhã e eu só não tava tremendo de frio porque o tanto de álcool que eu tava bebendo me aquecia.
Gibi: qual foi mano? da ideia do que que aconteceu ai. To querendo levar as mina lá na pousada ta ligado? mais os muleque tão tudo resolvendo esse b.o seu ai.
Ele mandou um áudio chamando atenção de todos nós, Laiza e Vini nem deram moral já que eles tavam levantando falando que iam ir buscar droga em algum lugar mais eu olhei pra Karine já raciocinando que ele tava conversando com o Cicatriz por mensagem e eu tava muito curiosa pra saber o que que tinha acontecido.
Ele colocou o celular no ouvido e enquanto escutava olhou pra mim e pra Karine segurando a risada.
Gibi: po irmão, vou falar com elas aqui e já te dou uma ideia.
Olhei pra Karine chutando ela por debaixo da mesa e ela me olhou arregalando os olhos.
Gibi: ou Isis amiguinha, deixa eu te falar um bagulho sério agora.
Murmurei um "hm" e ele sorriu de canto passando a mão na nuca e olhando pra Karine todo besta.
Gibi: seu amigo de ontem, o Cicatriz, colocou quase todos os muleque pra fazer um corre pra ele dai não ta dando pra ninguém descer pra pista agora.
– que pena né, vou ter que levar nossa amiga Karine comigo então, porque eu não vou embora sozinha e ela não vai voltar pra cá sozinha depois.
Gibi: calma, seu amigo Cicatriz ta suave pra te levar, porque como ele mandou os muleque tudo trabalhar por ele, ele ta atoa, dai por ele ser meio fora da casinha ele mete o louco e desce pra lá sem contenção.
– ta mais se a polícia resolver dar uns tiro nele, eu tomo junto né.
Gibi: relaxa porque isso ai é história pra contar.
Olhei pra Karine e vi no olhar dela que ela tava louquinha pra dar a buceta, essa menina vive em um período fértil inacabável e se eu empatasse a foda dela certeza que ela ia passar a madrugada inteira enchendo minha paciência.
– e cadê o Cicatriz? to com frio já e preciso da minha coberta.
Karine: perai Isis? você real vai ir embora com ele? irmã é o Cicatriz.
– pelo menos eu conheço ele de ontem, vai que esse louco do Gibi arrumava outro muleque que eu nunca nem vi pra me levar até lá.
Olhei pro Gibi que riu enquanto digitava alguma coisa no celular.
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Terra de Ninguém.
FanfictionRocinha, Rio de Janeiro. Quando nós dois fica junto acaba os estresse, os problemas desaparece e você flutua, nós dois ficamos tão leve. Não sei se você sabe mas a gente sabe, nossa vibe combina e tu querendo ou não virei uma cena, desse filme da su...