Atualmente...
Estava andando por uma praça pouco movimentada, enquanto ouvia uma música pelo fone de ouvido. O clima ensolarado estava bastante quente, mas eu estava conseguindo apreciar o sol reluzente junto com a brisa fresca que passava de vez em quando.
Eu gostava de climas mais tropicais, isso porque eles aqueciam o meu corpo por fora, de modo que eu me sentia quente por dentro também. Eu precisava disso para não me sentir completamente sozinha, agora que eu me mudei para Los Angeles e estou longe da troca de olhares e palavras de afeto dos meus pais.
Já estava na hora de eu sair da casa deles e tentar trilhar minha própria jornada, sem que tenha que ouvir conselhos o tempo inteiro. Para mim, fazia bem errar de vez em quando para que eu aprendesse com meus próprios erros. O problema era que eu detestava errar e estava sempre cobrando perfeição de mim.
Talvez isso tenha a ver com o período que eu passei treinando karatê em Hong Kong, onde o meu sensei lá não pegava muito leve comigo porque acreditava no meu potencial. Ele me fez combinar as habilidades que aprendi no kung fu, na capoeira e karatê. Embora não seja perfeita, eu estava me esforçando para chegar perto disso.
Quando uma ventania mais forte passou acariciando meu rosto, eu voltei a andar distraidamente, ignorando as pessoas andando de skate pra lá e pra cá.
Até que vejo uma bola de tênis rolar até os meus pés. "Estranho", penso. Então olho na suposta direção de onde veio a bola e eu vejo quatro pessoas lutando mais afastadas.
Não demoro para reconhecer o Miguel e o Robby lutando com o Kenny e outro cara mais alto que eu não reconhecia.
Afim de tentar ajudá-los, eu corro até eles rapidamente, ao mesmo tempo que eu procuro entender o significado daquela luta. Miguel não briga por nada, então deve ter um motivo para estar trocando socos em pleno pôr do sol.
Tinha algumas pessoas vendo eles lutarem, mas ninguém tinha coragem de interromper a luta. Estavam gostando, óbvio.
Miguel consegue jogar Kenny para longe, ficando assim lutando contra o outro cara que tinha o dobro do tamanho do Kenny, com a ajuda de Robby.
Vejo que Kenny tenta pegar o taco de beisebol que estava no chão, mas eu rapidamente o interrompi, colocando o pé sobre o taco.
— É sério, Kenny? — pergunto, e Kenny não responde, mas se levanta com raiva e fica me encarando. — Por que está fazendo isso? Robby só quer te ajudar. Você tem um lugar no Miyagi-do.
— Olha, eu não quero bater em uma mulher. — Kenny tenta se desviar para ajudar o outro cara, mas eu o interrompo, empurrando devagar.
— Não se preocupe, você não vai.
Não demora para Kenny assumir sua posição de luta para tentar batalhar comigo. Mas eu conseguia prever seus movimentos, parecendo que ele não estava conseguindo disfarçar bem. Ele era bom no karatê, mas muito previsível para mim.
Ele tentou socar o meu rosto, mas eu abaixei sua mão com a minha palma aberta, desviando para o lado, e aproveitei para chutar a sua perna afim de desequilibrá-lo e desferi um soco em seu estômago. Em seguida eu girei o meu corpo rápido o suficiente para pegar um impulso e desferir um chute conhecido na capoeira como meia lua de compasso, deixando Kenny no chão sentindo dor.
Bem, eu achei que ele fosse melhor. Ou realmente só não queria lutar comigo.
— Não é nada pessoal, Kenny.
Olho para Miguel e Robby, que também já tinham terminado a sua luta contra o moreno.
— O que deu em vocês hoje? — perguntei, me aproximando deles.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Dual destinies | Cobra Kai - Wolf
ActionZoe era uma jovem tranquila, bastante habilidosa em artes marciais, um talento herdado de seus pais. Apesar de ter pais amorosos, Zoe sempre teve que lutar para ter o que queria, as vezes literalmente, por isso não foi um problema pra ela ter que ap...