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Fernanda 🌪️🤍.

Eu não consigo explicar o tamanho da angústia e raiva que eu estou sentindo agora, a gente dá o nosso máximo, pra nós final receber isso de homem?

Eu me divido em duas, cuido da casa, passo o dia junto com a Cecília com muito amor, quando Marlon chega tem janta, bolo, tudo que ele gosta, no final da noite mesmo que eu esteja cansada eu reservo um tempinho com ele, porque sei que isso é necessário.

E no final de tudo ainda não é suficiente, ainda sou trocada por uma de rua.

Eu aceito tudo, menos traição, e isso era a coisa que eu menos esperava que viesse dele.

Nanda: boa noite meu amor. - coloco a Cecília no berço dela e dei uma balançada para ela não acordar. - você é o motivo a qual eu me mantenho firme todos os dias, mamãe te ama. - digo enquanto ela dormia em um sono tranquilo.

Liguei a babá eletrônica, coloquei as luzes confortáveis pra ela e sai do quarto.

Entrei e ele tava encostado na cabeceira da cama de cabeça baixa, tinha acabado de tomar banho e parecia estar longe daqui, logo quando ele percebeu que eu estava entrando me olhou, e baixou o olhar novamente.

Não dei atenção, peguei meu baby Doll e fui para o banheiro.

Tomei meu banho tranquila, na intenção de tentar esquecer meus problemas, isso tava me incomodando de uma forma absurda, mas não posso deixar isso me abalar, sei o quanto eu sou maravilhosa e nenhuma chega aos meus pés.

Sai do banheiro e ele ainda estava na mesma posição, só que dessa vez mechendo no celular.

Demô: Jae, fica de olho nessa porra aí, apareceu do nada, boa coisa não é. - ele fala no áudio, e logo em seguida ele colocou o celular na bancada e deitou, se virando para o outro lado.

Deitei na cama e me virei pro lado oposto que ele estava.

Ficamos num silêncio constrangedor, imaginava que ele estava dormindo, até ver ele se mexer e tossir.

Nanda: inacreditável né.. - digo. - a gente dá o nosso máximo, pra nós final ser trocada pelas de rua. - falo sem em pensar se ele vai se irritar ou não, problema dele.

Demô: não foi assim que aconteceu, já te falei. - ele se vira pra mim.

Nanda: Então como foi? - me altero. - como foi demônio, me fala! - peço.

Demô: fala baixo cara. - ele pede. - não tem como eu conversar com você alterada desse jeito, eu nem comecei e você já tá assim. - ele diz.

Nanda: e se fosse você no meu lugar? E se fosse eu que tivesse chegado com algo no pescoço, você ia gostar? Responde demônio, ia? - pergunto irritada.

Demô: caralho, você é muito difícil. - ele fala levantando da cama. - eu tava encostado na porra do muro, chegou uma mulher que morava aqui no morro, começou a se atirar pra cima de mim, só que eu não dei Ibope pô. - ele diz. - depois ela percebeu e me deu um beijo, eu dei um chega pra lá nela, até minha arma eu tirei pra assustar ela.

Nanda: difícil acreditar já que você saiu de casa de tarde e voltou de noite né? Se tivesse ficado em casa seria diferente! - digo. - você tem que saber que você é um pai de família porra, caralho eu fiquei aqui em casa cuidando da sua filha, do seu "sonho" como você sempre disse, pra você chegar no final da noite com batom no pescoço, e me dizer que foi uma puta qualquer? Me poupe Marlon!

Demô: já que você não quer acreditar, paciência! - ele fala. - eu mudei por você, e mesmo eu tendo a vida que eu tinha, eu nunca te dei motivos de desconfiança, pra você tá fazendo esse papel ridículo da porra. - ele fala.

Nanda: se me defender de algo que você fez é ser ridícula, sou mesmo! - digo. - eu tô cansada de tudo isso, só fui ter uma conversa com você sobre algo que estava me incomodando, e você saiu todo revoltado, e isso já foi motivo de você fazer merda. - digo. - e você pode até não ter dito nada, mas essa sua atitude foi ridícula, sai de casa como se fosse um menino de quinze anos irritado. - digo.

Demô: sai e saio de novo nessa porra, quem tá cansado sou eu, você falando merda aí, de coisa que eu nem fiz parceira. - ele fala. - na moral, eu não fiz mas só de raiva dá vontade de eu ir lá e fazer, pra você parar de falar putaria aí no eu ouvido. - ele fala.

Nanda: então vai lá. - tiro minha aliança do dedo. - pega as puta que você quer pegar, e aproveita pra me deixa em paz. - deixo a aliança na mão dele e começo a empurrar ele para fora do quarto.

Demô: se você quer que seja assim, que assim seja. - ele fala. - agora não me proíba de ver minha filha, se não o bagulho vai ficar louco pra você. - ele aponta pra minha cara.

Nanda: perai, isso foi uma ameaça? - pergunto olhando pra cara dele. - você acha que eu tenho medo de você, acha mesmo? - pergunto. - baixa tua bola porra, vem pagar de maluco comigo não.

Demô: Jae Fernanda, melhor hora é a minha. - ele fala fechando a mão dele que estava com a aliança e me mostrando, e logo ele saiu andando pelo corredor, fechei a porta e me abaixei, e logo comecei a chorar.

Se foi ele que errou, porquê eu me sinto culpada?

..

Vixe
Só tenho isso a dizer
N me matemm

Meu pega e não se apega.Onde histórias criam vida. Descubra agora