2.

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— Hermione, você tem certeza de que está se sentindo bem?

Hermione levantou os olhos da salada, o garfo balançando nos dedos. Cada músculo parecia solto, seu corpo inteiro lânguido. Ela se endireitou na cadeira e abafou um barulho quando sua bunda doeu. Todos os músculos, exceto aqueles. O cinto de Draco havia deixado vergões vermelhos em sua carne e toda vez que ela se movia, ela se lembrava do que tinha feito na noite anterior. Pensar nisso fez seu coração disparar, e ela teve que forçar sua atenção de volta para sua companheira de almoço. Laura Madley trabalhava com ela no Ministério, e a observava com preocupação em seus olhos escuros.

— Hm? Oh. Sim. Sim, estou bem. — Ela colocou o garfo no prato. O tilintar do metal contra a porcelana a lembrou do som que o cinto de Draco fez quando ele o desabotoou, e Hermione se contorceu. O movimento fez sua bunda queimar novamente, e ela gritou. Enquanto Laura a encarava, ela cobriu o rosto com as duas mãos e gemeu. — Não. Não, não estou bem.

Ela bateu as mãos na mesa.

— Você já fez algo que sabia que não deveria ter feito, mas queria tanto que, mesmo que fosse uma má ideia, fez mesmo assim?

Laura olhou para ela, o copo de água erguido no ar. Apenas a fatia de limão se moveu por um momento, então Laura piscou e balançou a cabeça.

— Isso não fez sentido algum, Hermione. O que me leva a pensar que tem algo a ver com a única área com a qual você sempre teve problemas desde que te conheço. — Ela tomou um gole de água, colocou o copo na mesa e recostou-se na cadeira. Ela olhou para Hermione por alguns segundos, e seu rosto se iluminou enquanto ela sorria. — Qual é o nome dele?

Hermione gaguejou e balançou a cabeça. Ela sabia que seu rosto estava vermelho brilhante, e ela queria correr do restaurante. Isso só confirmaria o que Laura já suspeitava, e se ela ia fazer isso, ela poderia muito bem sentar-se confortavelmente.

Pelo menos, tão confortavelmente quanto ela conseguia ficar com os vergões de Draco ainda ardendo em sua bunda.

— Sem nomes — ela disse, envolvendo ambas as mãos em volta da xícara de chá. — Mas, hum. Mas sim. É um homem. Eu-eu. — Ela fechou os olhos e tentou não pensar no calor da respiração de Draco em seu ouvido enquanto ele rosnava suas ordens para ela. — Eu fiz algo ontem à noite que eu queria fazer há muito tempo, e agora acho que não deveria ter feito.

Laura girou sua pulseira em volta do pulso enquanto observava Hermione.

— Você estava bêbada?

Hermione balançou a cabeça.

— Não.

— Ele tem metade da sua idade?

— Não.

— Mais da metade?

— Não.

— Ele é casado, noivo ou está envolvido com outra pessoa?

Não.

— Então qual é o problema?

Hermione piscou.

— Bem, er. É só que — ele é Draco Malfoy, e eu sou Hermione Granger, e eu nunca superaria isso se meus amigos soubessem que eu queria o mais pontudo, loiro e puro-sangue da Inglaterra para me foder até eu ficar inconsciente.

— Ele foi bom?

Hermione não conseguiu se conter diante daquela pergunta. Ela sorriu, lenta, profunda e satisfeita.

Laura assobiou.

— Droga. Hermione, qualquer homem que coloca essa expressão no seu rosto não é um homem que você não deveria ter transado. Não. Ele é obviamente um homem que você deveria transar. Frequentemente. Vá em frente, transe e continue sorrindo assim.

Ardent Bonds | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora