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Demônio 🌪️👀.

Jogo meu baseado no chão e piso nele, logo acendo outro e começo a tragar.

Já sai da boca faz um tempo, agora tô andando pelo morro esperado dar pelo menos oito da noite, que é a hora que eu vou colocar a Cecília pra dormir.

Faz um tempo que eu não fumava, depois que a Ceci nasceu eu parei com isso, até porque isso não faz bem, e o cheiro podia incomodar ela.

Já agora eu perdi a cabeça, Fernanda começou com um assunto que meche comigo, ela sabe que o morro foi a única coisa que meu pai deixou pra mim, e ele me deu uma missão, não posso nem pensar em largar tudo assim.

Sem contar que eu vou dar a vida dos sonhos para minha filha, e pra ela também, ela tá reclamando de barriga cheia.

E da mesma forma, eu já entrei nessa vida sabendo que eu não tinha escolha, se você tá pra matar, você também tem que tá pra morrer.

Eu não tenho medo da morte, e muito menos corro dela, uma hora ela chega pra todos.

Só fico meio paia porque sei o quanto a Fernanda ia ficar mal, e minha filha iria crescer sem pai, e isso me mata

Entrei numa rua, cumprimentei alguns moradores, e me encostei na parede, e fiquei de canto observando o movimento, e fumando meu baseado.

Pâmela: demônio, quanto tempo. - escuto uma voz conhecida, olhei pro lado vendo uma mulher que eu já peguei.

Que horas essa porra apareceu aqui que eu não vi.

Demô: pâmela? - pergunto. - o que cê tá fazendo aqui?

Pâmela: resolvi voltar, não te avisaram? - ela pergunta se aproximando.

Demô: me falaram, só que eu tava de cabeça cheia e não sabia que era você. - dgp fazendo descaso e voltei a fumar meu baseado.

Pâmela: continua o mesmo de sempre né, posturado. - ela se aproximou mais. - me amarro. - ela fala e logo senti um beijo em meu pescoço, reagi e empurrei ela pra trás.

Demô: tá ficando doida porra? - pergunto irritado limpando o local onde ela havia me beijado.

Pâmela: o que eu fiz demais? - ela perguntou. - você sempre gostou, para de se fazer de difícil.

Demô: nunca te dei essa liberdade não parceira, cê tá confundindo as coisas, isso sim! - digo. - se minha mulher vê essa parada aqui, eu te mato. - falo tentando limpar.

O batom não saia de jeito nenhum.

Pâmela: já limpou, seu bobo. - ela fala. - perai, mulher? Que mulher demônio, cê tá ficando louco? - ela se altera.

Demô: quem você pensa que é pra tar me chamando de louco? - pergunto pegando minha pistola que tava na minha cintura. - abaixa a tua bola, e vê se não cruza no meu caminho. - Dio apontando a arma do lado da testa dela pra dar um susto, e logo sai dali.

Na moral, o cara já tá cheio de pensamentos e ódio na mente, aí chega uma porra dessa querendo me complicar, não fode vai.

Fui andando pra casa passando por pessoas e tudo mais, quando cheguei entrei e fui pra cozinha beber uma água.

Subi pro quarto da Cecília, logo quando eu entrei, tava a Fernanda sentada na poltrona enquanto a Cecília estava em seu colo.

Fernanda deu risada e um beijinho na barriga da Cecília, logo quando ela me viu, seu sorriso foi desmanchado.

Nanda: isso é hora de chegar em casa? - ela perguntou e eu respirei fundo.

Demô: desculpa ae. - peço. - fui esvaziar a mente.

Nanda: daquele horário até agora? As vezes você esquece de suas responsabilidades né. - ela fala. -  mas pode ficar tranquilo. - ela levantou da poltrona.

Demô: deixa eu colocar ela pra dormir. - entro na carro e ela se afasta. - qual foi Fernanda, deixa eu pegar minha filha.

Nanda: não vou deixar você pegar ela com esse cheiro. - ela diz fazendo uma cara feia. - vai tomar um banho, você volta tarde e ainda quer pegar ela com essas bactérias.

Respirei fundo pra não falar merda, passei a mão no rosto e olhei pra ela com uma cara de quem não gostou da situação, ela continuou me olhando com uma cara de quem tava puta comigo.

Nanda: perai, que isso? - ela pergunta se aproximando e virando meu rosto. - cê tá me traindo Marlon?

Porra, não acredito.

Demô: não é isso que você tá pensando. - digo me afastando e botando a mão no local. - isso daqui foi uma rapariga que encostou em mim, mas eu dei um chega pra lá nela.

Nanda: não acredito véi. - ela diz colocando a cabeça da Cecília deitada no ombro dela. - sai daqui, por favor. - ela pede.

Demô: mas não é isso que você tá pensando cara. - tento me explicar.

Nanda: sai daqui Marlon, só sai. - ela manda.

Na moral, respirei fundo e me sai do quarto.

Eu até tento, mas tá difícil.

....

Uma leitora tá fazendo aniversário, feliz aniversário amorr ! 💕

Acho que ainda tem mais em....

Q crise desse casal Vey 😭

Meu pega e não se apega.Onde histórias criam vida. Descubra agora