JOSH BEAUCHAMP: THE BILLIONAIRE OF MY HEART

Capítulo 28

Any estava inquieta na sala de estar da casa de seus pais. Era um momento que ela aguardava que chegasse, mas também um dos mais temidos. Seu pai finalmente estava saindo do presídio, e em poucos minutos, Gregory, chegaria com ele.

Ela andava de um lado para o outro, as mãos inquietas passando por sua barriga agora mais evidente. Seu noivo estava sentado no sofá, observando-a com um olhar calmo, mas atento. Ele entendia o nervosismo dela.

Priscila, estava na cozinha, preparando algo para receber o marido. O clima era de expectativa, mas também de tensão. Havia muitas mudanças que o pai de Any precisaria aceitar, e Any temia sua reação. Não era apenas sobre ela estar noiva e morando com Josh, mas ele tinha 41 anos, apenas oito anos mais jovem que seu pai, e ela estava grávida dele.

— Vai dar tudo certo, meu anjo - disse Josh, sua voz grave tirando ela de seus pensamentos.

Any parou de andar e olhou para ele, tentando se convencer de que isso era verdade.

— E se ele não aceitar? E se ele me odiar por tudo isso? - perguntou ela, a voz levemente trêmula.

Josh se levantou e se aproximou, segurando as mãos dela com firmeza.

— Ele é seu pai, Any. Ele pode se surpreender no começo, mas no fundo ele só quer te ver feliz. E é isso que estamos construindo juntos.

Ela assentiu, embora a ansiedade não diminuísse. Foi nesse momento que o som de um carro estacionando na entrada chamou sua atenção. Ela respirou fundo, os olhos arregalados.

— Ele chegou - sussurrou.

Josh deu um passo para trás, dando espaço para que ela processasse o momento. Any foi até a porta e a abriu, o coração acelerado. Lá estava Gregory, ajudando seu pai a entrar em casa. Ele parecia cansado, mas feliz por finalmente estar livre.

Assim que o viu, Any correu em direção a ele, lágrimas nos olhos.

— Pai! - gritou, jogando-se nos braços dele.

Ele a abraçou com força, emocionado, como se quisesse compensar os meses perdidos.

— Minha filha... Finalmente - disse ele, sua voz abalada pelo choro.

Priscila apareceu logo atrás, e em segundos, ela se juntou ao abraço, formando um círculo de amor e saudade. Josh ficou parado observando a cena com um sorriso leve. Ele sabia o quanto esse momento era importante para Any.

Depois de alguns instantes, o pai de Any, ainda abraçado à esposa e à filha, levantou o olhar e finalmente notou Josh. Seus olhos se estreitaram por um instante, avaliando o homem à sua frente.

Any, percebendo a tensão, afastou-se do pai e caminhou até Josh. Segurando a mão dele, ela o levou até o pai.

— Pai, este é o Josh Beauchamp, meu noivo é pai do meu filho - disse ela, a voz firme, mas com um toque de nervosismo.

O pai de Any olhou para Josh com uma expressão indecifrável. Ele não estendeu a mão, mas também não disse nada. Depois de um momento desconfortável, ele pegou a mão de Any e a puxou para um canto da sala.

— Any, o que você está fazendo? - perguntou ele, com um tom baixo, mas severo. - Você tem certeza disso? Esse homem... Ele tem a minha idade e você está grávida dele.

Any cruzou os braços, já antecipando esse tipo de reação.

— Pai, eu não tenho dúvidas. Eu amo o Josh, e ele me ama. Estamos construindo uma vida juntos.

— Construindo uma vida? - ele rebateu, incrédulo. - Any, isso é um absurdo. Eu agradeço o que ele está fazendo por mim, mas não acho certo. Esse homem está se aproveitando de você porque é nova, ingênua...

— Ingênua? - Any interrompeu, a irritação crescendo. - Você realmente acha que eu não sei o que estou fazendo? Ele me respeita e me valoriza mais do que qualquer outro homem já fez.

O pai dela balançou a cabeça, como se tentasse encontrar as palavras certas.

— E quando você estiver enorme por causa da gravidez? - disparou ele. - Ele vai aparecer com outra mais nova. Homens assim não mudam.

Any sentiu seu rosto esquentar de raiva. Antes que pudesse responder, Josh, que observava a conversa de longe, decidiu se aproximar. Ele manteve um tom calmo, mas firme.

— Com todo respeito, senhor, eu não estou me aproveitando de nada. Eu amo a sua filha mais do que posso expressar. E quero construir uma família com ela.

Ele riu, mas sem humor.

— Família? Isso não é uma família, é uma brincadeira. Você acha que ela vai ser feliz assim? Você acha que pode oferecer a ela o que um homem da idade dela poderia?

Any não conseguiu se conter.

— Você está sendo infantil e mal-agradecido! - disse ela, elevando a voz. - Você deveria estar feliz por estar aqui, em casa, depois de tudo o que passamos. E sabe por que você está aqui? Por causa do Josh. Ele fez tudo o que podia para tirar você da cadeia, e é assim que você agradece?

O pai dela abriu a boca para responder, mas Any levantou a mão, interrompendo-o.

— Não, quer saber? Se o Josh não é bem-vindo na sua casa, então eu também não piso mais aqui.

Ela se virou e saiu da sala, os olhos marejados de raiva e frustração. Josh ficou parado por um momento, respirando fundo antes de olhar para o pai dela.

— Eu sei que o senhor está preocupado com a Any, por mais que isso possa nãoparecer ajudar minha situaçã, eu tenho uma filha da idade dela, sei o medo que dá ver ela com alguém que tem quase a sua idade e por esse motivo jamais iria machucar ela, mas suas palavras não estão me magoando. Elas estão machucando ela. - Ele parou, deixando que as palavras ecoassem. - Eu espero que o senhor pense bem antes de tomar atitudes que podem afastar sua filha de você, por que se for fazer ela chorar, nos dois teremos que resolver de homem para homem e eu não costumo perder.

Sem esperar resposta, Josh foi atrás de Any, deixando o pai dela sozinho com seus pensamentos e o peso de suas palavras.

Ele a encontrou na frente da casa, respirando fundo para se acalmar. Sem dizer nada, ele se aproximou e a envolveu em um abraço apertado enquanto avisava a pequena barriga dela. Ela descansou a cabeça em seu peito, encontrando consolo na presença dele.

— Vamos para casa? - perguntou ele, a voz baixa e reconfortante.

— Vamos - respondeu ela, com um suspiro. - Não vale a pena brigar por alguém que não quer aceitar a minha felicidade.

Josh apertou mais o abraço, determinado a provar, com o tempo, que a decisão de Any de ficar ao lado dele era a certa.