Só te peço pra não me deixar.
Terça-feira | Rio de Janeiro
Renato Cardoso. RWPoint of view.
O tanto que a Arielly gosta de me tirar de otario, é brincadeira. Ela acha mesmo que eu não acompanho cada passo que aquele pé torto dela dá.
Soltei a fumaça pra cima e logo ela saiu do mercado com o maior sorriso no rosto, quando me viu, fechou a cara e atravessou fingindo não me ver. Não dei uma, fui atrás e alcancei ela na mesma hora.
— Tá devendo filhota? — joguei a fumaça na cara dela que nem ligou, viciada toda.
— Achei que ia cair matando em cima de mim porque eu desliguei na sua cara. — ela jogou o cabelo pro lado. — mas é bom você estar dboa mesmo, tenho uma notícia top. — levantei uma sobrancelha e ela levantou um papel com uma pá de coisa escrita que eu nem me dei o trabalho de ler.
— Que isso?
— Vou trabalhar bocó. — ela abaixou o papel e eu fiquei todo confuso. — consegui um trabalho no mercado. — joguei o baseado no chão e pisei em cima, neguei com a cabeça e respirei fundo. — ue, não tá feliz por mim não?
— Melhor eu calar a minha boca do que falar o que eu acho de você trabalhando nesse mercado, Arielly. Caralho menina — dei as costas pra ela e ouvi ela resmungando pra cacete, atravessei a rua e subi na moto, ela parou na minha frente com um bico maior que bico de Pato, segurei a risada e a vontade de voar nessa boca gostosa e manti minha postura. — ou você sai da minha frente ou eu passo por cima de você.
— Passa, seja homem e passa. — ela me olhou seria e eu liguei a moto. — mas quando eu morrer pode ter certeza que toda noite eu venho puxar esse teu pé frio. — desliguei a moto na hora.
Só de ouvir falar, dá até um arrepio.
— Sobe, bora pra casa, trocar um dez. — passei a mão no rosto e ela cruzou os braços.
— Eu sei bem a onde esse dez vai nos levar.
— Vai levar até onde você quer que leve, Arielly, nunca ultrapassou teus limites. — fui sincero e ela desmanchou o bico. — Bora tomar vergonha na cara e decidir o que nois dois quer pra vida.
Nem me respondeu nada, saiu da frente da moto e montou na garupa. Acelerei e pisei até em casa, quando cheguei, ela desceu e abriu o portão pra mim, guardei a moto e tranquei o portão de ferro, abri a casa e ela entrou na minha frente me dando a visão da bunda gostosa dela.
— Quer conversar o que? — ela colocou o papel e o celular em cima da bancada e amarrou o cabelo. Não respondi e abri a geladeira tirando uma coca e bebendo no gargalo. — porco.
Guardei na geladeira de volta e tirei a camisa, caminhei até a sala e sentei no sofá, olhei pra ela e chamei com a mão.
— Senta. — mandei e assim ela fez, Arielly tava no puro veneno esses dias, qualquer a meu ela já vinha com o abc todo.
— Pode dizer. — olhei no fundo dos olhos dela.
— Tu gosta realmente de nóis dois? Nem digo de mim, isso é coisa que eu faço você gostar. — ela riu e eu encarei ela. — no papo reto sem brincadeira.
— Gosto pra caralho. — ela suspirou parando de sorrir. — tanto de você quanto de nóis.
— Pronto, isso que eu queria saber!
— O dez era esse, Renato?
— Calma parceira, pra mim ter a conversa com você, tinha que saber o que você sente. — ri de lado e ela revirou os olhos. — Arielly, deis do primeiro momento que eu te cruzei, coração bateu diferente. Só pelo fato de eu ter ido atrás de você, toda depressiva saindo do baile aquele dia, já dá pra entender que o negócio é sério. — ela deu risada.
— Não me chama de depressiva. — dei de ombros rindo.
— Mas você é minha parceira. — ela riu de novo e cruzou as pernas. — queria ter um bagulho sério contigo.
— Namoro? — perguntou e eu concordei.
— Namoro, mas dentro dos teus termos. — fui sincero. — vai ser do jeito que você quiser, contando que você prometa ficar do meu lado.
— É tudo que eu quero, Rw.
×××
VOLTEI!!!
E eu deixo vocês me xingarem a vontade, eu realmente mereço depois de três meses sem postar nada, mas voltarei a ficar ativa por aqui!
Então, até o próximo 🤍

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Dentro de você.
RandomUh uh yeah Fui deixando acontecer Sempre me amei primeiro Não queria me envolver Uh uh yeah Acho que foi o seu jeito Foi assim que me entreguei Acordei no seu travesseiro