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Fernanda 🌪️💨.

1 semana depois..

Não é possível.

Pela segunda vez no dia eu estou vomitando, não é possível.

E agora no banheiro do baile, BAILE.

Nanda: eu não aguento mais. - digo lavando minha boca na pia. - acabou com minha noite, papo reto. - digo.

Demô: quer ir pra casa? - ele pergunta. - vou te levar no posto pra ver isso. - ele diz.

Nanda: não sei se é virose. - digo. - só sei que já tá ficando muito chato, toda hora batendo um enjôo danado. - digo.

Demônio ficou me encarando.

Nanda: que que foi? - pergunto.

Demô: sua menstruação já desceu? - ele pergunta cruzando os braços.

Nanda: não. - digo. - mas minha menstruação sempre foi desregulada. - digo. - por isso não me importo.

Demô: hum.. - ele diz. - você tá grávida. - ele diz olhando pra mim.

Meu coração apertou.

Nanda: eu não tô! - digo. - tá ficando maluco Marlon? - pergunto.

Demô: vei, eu já perdi as contas de tantas vezes que chutei no gol. - ele diz.

Ele insiste em colocar futebol no meio.

Nanda: agora não adianta mais. - digo irritada.

Demô: eu tô pensando aqui. - ele fala coçando a cabeça. - o mano, porque estamos  assim? Se você estiver mesmo, vai ser um sonho realizado pra mim. - ele diz.

Nanda: filho é responsabilidade. - digo. - e eu não sei se estou pronta pra isso. - digo.

Demô: não vamos nos precipitar. - ele diz. - vamos sair daqui um pouco, tá abafado. - ele diz.

Concordei e saímos do banheiro, fomos passando pelo monte de gente, e voltamos pro camarote.

Min: e aí? - ela pergunta. - esses enjôos estão ficando frequentes, não acha? - ela pergunta enquanto se balançava no ritmo da música.

Nanda: você não está ajudando muito. - digo. - demônio falou que eu estava grávida. - digo.

Min: eu concordo com ele. - ela fala.

Nanda: eu tô nervosa. - digo. - e antes de eu chegar nessa conclusão, eu bebi. - digo. - tô focando maluca. - digo.

Min: a gente não tem certeza. - ela fala. - se for verdade mesmo eu vou amar, e o th principalmente. - a fala e eu dei risada. - esses dias mesmo ele tava falando que tava louco pra o demônio meter um filho, e ele estragar a criança toda. - ela disse e eu dei risada.

Nanda: é né. - digo sem graça. - é vivendo, e se fudendo. - digo e ela deu risada.

Eu não tô triste nem nada, eu sabia que uma hora isso iria acontecer, na real eu nem sei se estou grávida mesmo, isso pode ser apenas um enjôo normal.

O negócio é que eu tô assim desde que aconteceu aquele negócio do Michael.

Inclusive, conseguimos convencer minha mãe de morar aqui no morro, foi uma luta, mas conseguimos.

E o demônio tinha um ponto grande aqui, ótimo para o salão dela, e já está tá tudo resolvido, tudo que tinha no outro salão, ele já deu um jeito de trazer pra cá.

Minha mãe já foi em casa com a ajuda de alguns do demônio, e trouxe as coisas dela, ela tá está numa casa toda mobiliada, só trouxe as panelas e tudo mais.

E a outra casa dela, ela vai alugar.

Continuei dançando normal com a Yasmin, demônio tava do outro lado na grade observando o que acontecia lá embaixo, fumando um baseado, enquanto th estava do lado dele falando alguma coisa no radinho.

Eu queria muito beber pra me distrair, mas não estava conseguindo, alguma coisa pesava minha cabeça.

Rb: fala Nandinha. - ele chega dançando e eu dei risada.

Nanda: fala RD. - digo entrando na onda dele. - nunca mais te vi. - digo.

Rb: tava de férias. - ele diz e eu dei risada. - patrão fez a boa. - ele diz.

Óia, tem até férias.

Nanda: tava sabendo disso não, pode até férias. - digo.

Rb: é mentira véi. - ele diz. - fui cuidar da minha tia pô, tava malzona. - ele diz.

Nanda: vixi. - digo. - espero que ela tenha melhorado. - digo e ele concordou, e logo me ofereceu bebida. - quero não, obrigada. - digo.

Rb: precisa brigar não. - ele diz e eu dei risada. - não acredito que você vai negar essa relíquia. - ele diz e eu dei risada.

Nanda: tô sem vontade. - digo. - fui beber  esse e vomitei. - digo e ele deu risada, e logo depois ele parou pra pensar.

Rb: tá grávida é? - ele pergunta r eu parei de dançar na hora. - caralho, Fernanda, tá grávida. - ele diz pulando e eu parei ele.

Nanda: ei, para para...- digo parando ele dando risada. - fala mais baixo porra. - digo rindo. - não tô grávida não. - digo. - pelo menos, acho que não né.

Rb: poxa. - ele diz desanimado. - cê sabe que se tiver, vai poder deixar a criança comigo e com o th, junto com o JV né? - ele diz e eu não me aguentei, ri pra caralho.

Nanda: vocês vão estragar a criança, isso sim. - digo.

Logo ele mexeu na cintura, e viu a arma, e tomou um susto.

Rb: caralho, eu tenho que trabalhar véi. - ele diz e saio correndo, e eu dei risada.

Esses meninos só Jesus mesmo.

Quebra de tempo.

Nanda: não sei se isso é uma boa ideia, tô com medo. - digo.

Demônio foi até o fim do mundo, atrás de um teste de gravidez, ele encucou dizendo que sabia que eu tava grávida, que tava sentindo, que isso, e que aquilo.

A gente chegou as quatro da manhã do baile, e não tinha nenhuma Farmácia aberta, só fora do morro, ele saiu pra poder achar.

E chegou aqui com três daqueles bonitinhos que as blogueiras usam.

Demô: não tem medo véi, é só mijar nisso aí. - ele diz passando a mão no rosto. - tô nervoso pra porra. - ele diz.

Nanda: calma. - digo.

Ele saiu do banheiro e eu fiz xixi nos potinhos.

Coloquei tudo e sai do banheiro, ele tava deitado com a mão apoiada na cabeceira, ele tava pensativo.

Demô: vem cá. - ele me chama e eu fui até ele e deitei em cima dele com as mãos apoiadas em seu ombro. - vai dar tudo certo, se você realmente estiver grávida mesmo, tenho certeza que vamos ser os melhores pais do mundo. - ele diz e eu abri um sorriso pra ele.

Nanda: te amo, obrigada por sempre me deixar tranquila em qualquer situação. - digo deitando meu rosto no peitoral dele.

Fiquei ali por alguns minutos.

Nanda: vamo ver o resultado. - digo levantando e ele levantou junto.

Fomos no banheiro, puxei o primeiro teste, e...

......

Meu pega e não se apega.Onde histórias criam vida. Descubra agora