O ambiente do presidio era frio, com paredes de concreto cinza que carregavam o peso de centenas de histórias marcadas por inocentes e criminosos. Em uma sala reservada, o advogado contratado por Josh esperava pacientemente. Sua presença ali não passava despercebida, sua reputação procedia, e os oficiais presentes sabiam que, quando ele assumia um caso, era apenas uma questão de tempo até que o resultado fosse favorável ao seu cliente.
Poucos minutos depois, Roberto Soares, o pai de Any, foi escoltado para dentro da sala. Apesar do uniforme de presidiário e do cansaço evidente em seu rosto, ele mantinha a postura firme, os olhos carregados de curiosidade e cautela.
- Senhor Soares, sou o advogado encarregado do seu caso. Meu nome é Gregory Holloway. - Roberto assentiu, ainda desconfiado.
- Quem o contratou? Eu não tenho recursos para contratar alguém com o seu calibre. - Gregory ajustou os óculos e respondeu com profissionalismo.
- O senhor Josh Beauchamp me contratou. Ele me pediu para reverter sua situação e provar sua inocência. - O nome fez os olhos de Roberto se estreitarem.
- Beauchamp? Josh Beauchamp, o bilionário. Por que ele faria isso? - Gregory manteve a calma, percebendo a confusão de Roberto.
- Não fui informado sobre os motivos. Minha prioridade aqui é representá-lo e garantir que sua versão dos fatos seja ouvida. Mas, para isso, preciso que o senhor seja absolutamente honesto comigo.
Roberto inclinou-se para frente, apoiando os braços sobre a mesa.
- Eu não roubei nada, senhor Holloway. Fiz negócios com amigos de longa data, homens que conhecia e confiava. Meu erro foi confiar demais e não verificar os documentos minuciosamente. Antes que eu percebesse, fui acusado de fraude e todos os bens foram congelados.
Gregory analisou o homem à sua frente, buscando qualquer sinal de mentira. Não encontrou nenhum.
- Certo. Precisamos dessas informações com detalhes, datas, transações, tudo o que o senhor puder lembrar. Vou montar uma estratégia com base nisso e começar a trabalhar imediatamente para limpar seu nome.
Roberto suspirou, claramente aliviado por, finalmente, ter alguém do seu lado.
- Mas, por que Beauchamp faria isso?
Gregory apenas deu de ombros.
- Meu papel é defendê-lo, senhor Soares. Os motivos do senhor Beauchamp não foram compartilhados comigo, mas posso garantir que ele tem os recursos necessários para garantir a melhor defesa possível para o senhor.
Roberto assentiu, intrigado, mas grato.
- Certo. Vou colaborar em tudo o que puder. Pode procurar informações sobre minha filha, como minha princesa deve estar nessa situação. - Gregory apertou sua mão firmemente.
- Isso é tudo o que preciso. Agora, vou cuidar do resto, irei procurar saber como está sua filha e direi ao senhor.
Ele se levantou, pegou seus documentos e saiu da sala, já mentalizando os próximos passos para resolver o caso.
Enquanto isso, na mansão de Josh, o clima era completamente diferente. Any e Josh estavam na sala de jantar, desfrutando de um almoço preparado pelo chef particular da casa. A mesa estava impecavelmente posta, com pratos elegantes e talheres de prata brilhando sob a luz natural que entrava pelas janelas amplas.
Any estava animada, contando sobre a recuperação de sua mãe com brilho nos olhos.
- Ela está se recuperando tão bem, Josh! Hoje de manhã, quando liguei para ela, ela disse que até conseguiu caminhar pelo quarto com a ajuda das enfermeiras. Disse também que a equipe médica tem sido maravilhosa.
Josh a ouvia atentamente, observando cada detalhe de sua expressão. Ele estava encantado pela paixão e pelo amor que ela demonstrava pela mãe.
- Isso é graças a você, Any. Você fez tudo o que podia por ela e, com sua dedicação, garantiu que ela tivesse o melhor tratamento possível. - Any sorriu, os olhos brilhando de gratidão.
- E você, Josh. Não teria conseguido sem sua ajuda. - Ele balançou a cabeça, sorrindo de lado.
- Você teria dado um jeito. Isso é algo que admiro em você, sua força.
Eles terminaram o almoço em meio a conversas leves, e Josh a guiou até a sala de estar. Any se jogou no sofá com um suspiro satisfeito, puxando Josh para se sentar ao seu lado. Ele mal teve tempo de se acomodar antes de ela deitar, enroscando-se nele e descansando a cabeça em seu peito.
Josh passou um braço ao redor dela, aproveitando a proximidade enquanto eles continuavam conversando.
- Então, amanhã é o grande dia, hein? Seu primeiro dia na minha empresa. - Any sorriu, ansiosa e um pouco nervosa.
- Sim! Estou animada, mas também com um pouco de medo. Não quero decepcionar você. - Josh inclinou a cabeça para olhá-la nos olhos.
- Você não vai me decepcionar, Any. Sei que você tem muito potencial. Só quero que seja você mesma e faça o seu melhor. - Ela sorriu, sentindo-se mais confiante com as palavras dele.
- Obrigada. Vou me esforçar.
Josh começou a dar algumas dicas sobre como ela poderia se destacar, explicando a importância de organização, comunicação clara e iniciativa no ambiente de trabalho. Any ouvia atentamente, absorvendo cada palavra. Quando ele terminou, ela ergueu a cabeça e o olhou com carinho.
- Você realmente acredita em mim, não é? - Josh sorriu, seu olhar suave.
- Mais do que você imagina.
Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Any inclinou-se e o beijou. Foi um beijo cheio de emoção, agradecimento e algo mais profundo que começava a crescer entre eles. Josh retribuiu com intensidade, puxando-a ainda mais para perto. Quando eles finalmente se separaram, Any estava com as bochechas coradas, mas sorrindo.
- Obrigada por tudo, Josh. - Ele acariciou o rosto dela com um gesto carinhoso.
- Eu faria tudo de novo, Anjo. Absolutamente tudo.
Os dois permaneceram ali, abraçados no sofá, aproveitando a tranquilidade do momento, como se o mundo lá fora não pudesse alcançá-los.

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JOSH BEAUCHAMP: THE BILLIONAIRE OF MY HEART
RomanceCONCLUÍDA Any, de 22 anos, está no fundo do poço, seu pai foi preso por escândalo financeiro, e sua vida virou de cabeça para baixo. Decidida a se distrair, sai em uma noite impulsiva e acaba reencontrando Josh, um bilionário de 41 anos, pai de seu...