JOSH BEAUCHAMP: THE BILLIONAIRE OF MY HEART

Capítulo 7

A manhã na empresa de Josh começou como qualquer outra, movimentada, com relatórios entrando e saindo de seu escritório no topo do prédio. Ele, no entanto, tinha outros planos para o dia. Após revisar alguns contratos e aprovar documentos importantes, ele acionou o interfone e chamou Bailey, o administrador geral de sua empresa, para uma reunião.

Bailey entrou na sala alguns minutos depois, um homem de meia-idade com cabelo pretos, bem aparado e postura impecável. Ele carregava um tablet e uma expressão atenta, pronto para qualquer solicitação do chefe.

— Beauchamp, me chamou?

Josh, sentado em sua cadeira de couro atrás da mesa de mogno, gesticulou para que Bailey se sentasse.

— Sim, Bailey. Preciso saber se estamos contratando alguém para a administração de setor?

Bailey olhou para os arquivos no tablet, revisando rapidamente as informações.

— Não, setor não. No momento, não há nenhuma vaga aberta nessa área. No entanto, estou buscando um estagiário para trabalhar diretamente comigo. Alguém para ajudar na organização das demandas administrativas do dia a dia.

Josh assentiu, o rosto sério.

— Ótimo. Quero que você prepare essa vaga de estágio. Vou enviar algumas informações, e você deve contratar a pessoa que eu indicar.

Bailey franziu o cenho por um instante, claramente intrigado. Ele era responsável por toda a gestão administrativa da empresa e raramente via Josh se envolver diretamente nesse tipo de decisão. Ainda assim, sabia que questionar ele era inútil.

— Claro, Beauchamp. Assim que receber os dados, farei o necessário.

Josh sorriu levemente.

— Bom. Confio que você lidará com isso rapidamente.

Bailey acenou, levantou-se e saiu sem mais perguntas, deixando Josh sozinho em sua sala. Assim que a porta se fechou, Josh pegou o celular e enviou uma mensagem com os dados de Any para Bailey. Ele imaginou o quão surpresa ela ficaria ao saber da oportunidade que ele criou para ela, mas decidiu não revelar nada ainda.

Mal teve tempo de relaxar antes que o próximo visitante chegasse. Sua secretária anunciou a presença de um advogado renomado, o tipo de profissional que raramente falhava em qualquer caso que assumisse.

O advogado entrou com passos firmes, cumprimentando Josh com um aperto de mão seguro antes de se sentar à frente dele.

— Senhor Beauchamp, bom dia. Como posso ajudá-lo hoje?

Josh foi direto ao ponto, colocando um arquivo sobre a mesa.

— Preciso que cuide deste caso. Roberto Soares. Acusado de fraude financeira. Quero que investigue todos os detalhes e reverta a situação. Ele é inocente, e quero sua reputação limpa o mais rápido possível.

O advogado folheou rapidamente o arquivo, absorvendo as informações essenciais.

— Entendido. Vou iniciar a investigação imediatamente. No entanto, senhor Beauchamp, devo avisar que isso pode levar algum tempo.

Josh inclinou-se para frente, o olhar intenso.

— Tempo não é problema. Quero resultados. Faça o que for necessário, e me mantenha informado sobre cada avanço.

O advogado assentiu, levantando-se com o arquivo em mãos.

— Será feito, senhor Beauchamp.

Assim que o advogado saiu, Josh chamou seu próximo visitante. Desta vez, era um detetive particular. O homem entrou carregando uma pasta volumosa e um ar de profissionalismo, claramente acostumado a lidar com investigações complexas.

— Aqui está tudo o que o senhor pediu sobre Any Gabrielly Soares - disse o detetive, colocando a pasta sobre a mesa.

Josh abriu o documento e começou a revisar as informações enquanto o detetive explicava.

— Após a prisão do pai dela, todos os bens da família foram confiscados. Ela teve que vender a casa para pagar dívidas acumuladas, incluindo contas médicas e pendências legais. Também precisou vender roupas, bolsas e até o carro para manter a estabilidade por algum tempo.

Josh ouviu em silêncio, a mandíbula tensa enquanto assimilava cada detalhe.

— E quanto à rede de apoio? - perguntou, sem desviar os olhos dos papéis.

— A maioria dos amigos dela se afastou. Apenas quatro pessoas permaneceram ao lado dela, Nour, Dylan, Noah e Alex. Este último casal acolheu Any em sua casa após ela perder tudo.

Josh parou por um momento, processando o que acabou de ouvir. Ele já tinha notado a força de Any, mas saber o quanto ela tinha perdido e, ainda assim, continuava em pé, o fazia admirá-la ainda mais.

— Isso é tudo?

— Sim, senhor. Qualquer nova informação que o senhor precisar, basta me chamar. Estou à disposição.

Josh fechou a pasta, gesticulando para o detetive se retirar.

— Excelente trabalho. Fique em alerta, caso eu precise de algo.

Quando ficou sozinho novamente, Josh levantou-se e caminhou até a grande janela de sua sala. A vista da cidade se estendia até onde os olhos podiam alcançar, os prédios refletindo o brilho do sol de meio-dia. Mas, em sua mente, não era a paisagem urbana que ocupava seus pensamentos.

A imagem de Any surgiu, como sempre fazia nos últimos dias. Ele se lembrou de seu sorriso, tímido, mas verdadeiro, e da determinação em seus olhos enquanto cuidava da mãe. Josh sentiu uma onda de algo que não podia explicar completamente, algo entre desejo e a necessidade de protegê-la.

Ele sorriu para si mesmo, as mãos nos bolsos, enquanto sua mente já trabalhava nos próximos passos. Afinal, Josh Beauchamp não era um homem que deixava as coisas ao acaso. Ele sabia o que queria, e Any estava se tornando mais do que uma simples coincidência em sua vida.

Ali, de pé, no topo do mundo, Josh sentiu que estava apenas começando a moldar o futuro, não apenas o dele, mas também o dela.