Rocinha, Rio de Janeiro.
Quando nós dois fica junto acaba os estresse, os problemas desaparece e você flutua, nós dois ficamos tão leve. Não sei se você sabe mas a gente sabe, nossa vibe combina e tu querendo ou não virei uma cena, desse filme da su...
Acordei na morga vendo que lá fora tava tudo escuro, sentei na cama passando a mão no rosto e só me dei conta que não tava na minha casa minutos depois.
Murmurei levantando e peguei meu celular vendo o tanto de notificação que tinha, dormir o dia inteiro foi pra acabar com a minha vida.
Entrei no whats vendo as mensagens do Gibi, maluco surtando atrás de mim pior que mulher.
Mandei um iae e respondi mais uns muleque que falava de bagulho importante, vi as mensagens da Sara me xingando e ignorei sem tempo pra escutar essa porra.
Fui tomar um banho antes de descer e encontrar o coroa que tava jogado no sofá assistindo futebol.
Coronel: achei que tinha morrido caralho.
– morrer logo no ano novo é muita falta de sorte po.
Coronel: passou onde em? chegou aqui doidão, alucinado falando de loira e os caralho, tua mulher é morena muleque que papo era aquele?
Olhei pra ele perdidão e tentei me ligar no que ele tava falando e as imagens veio aos poucos na mente, loirinha gostosa de ontem, Isis.
– tenho mulher nenhuma não porra e eu vou saber quem é carai de loira, tanta loira que eu vi ontem, tava drogado que cê ta ligado.
Coronel: não tem mulher? terminaram de novo? novidade em.
– ae vou vazar, resolver meus b.o, mais tarde cê me da uma ideia.
Ele riu e eu fechei a cara mudando de assunto.
Coronel: falar com você é missão impossível meu mulecote, vou tar aqui esperando o dia que tu vai ficar louco de novo e vai lembrar que tem pai.
– ta aqui longe de tudo porque quer, tua favela ta lá até hoje.
Coronel: a favela é tua Cicatriz, comando é teu.
– é mermo e eu assumo a responsa com orgulho.
Dei nem moral mais e meti o pé de lá, velho desgraçado não sei que merda que da na minha cabeça de bêbado de vir pra cá quando to na onda.
Subi na moto dando mais uma olhada no celular e antes de desligar as mensagens do Gibi chegaram e chamaram minha atenção.
Gibi: adivinha quem ta bebendo aqui comigo. Gibi: as loirinhas de ontem.
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Reconheci que era a menina que ele comeu ontem, prima da Isis, só não lembrava o nome da mina.
- prima dela ta cntg ai tb?
Gibi: ta as duas mn, aq no barzinho da entrada, Laiza ta me mandando vazar pq daq a pouco vc aparece aq e a culpa vai ser minha.
- vou mandar enxer a boca dessa fudida de formiga pra ela se ligar e parar de ficar com o meu nome na boca, ela e o viado do parceiro dela.
Mandei por áudio e liguei a moto acelerando em direção a minha favela, só de graça passei na frente do bar que eles tavam e cortei de giro chamando atenção de todo mundo que tava nas mesinhas de fora.
Virei a cabeça olhando pra trás vendo o cara todo tatuado que de longe da pra saber quem é levantando a mão e fazendo um dois com a mão.
Me reconheceu de longe esse vagabundo.
Parei na frente da minha casa vendo os muleque fazendo a contenção lá na frente.
H7: ae chefe, Sara passou aqui na frente e mandou te dar o recado que se tu ficar ignorando ela, vai colar ai e quebrar tudo.
– próxima vez que ela passar de gracinha seis mete bala pra ela aprender a calar a porra da boca.
Entrei pra dentro ligando as luzes e estranhei meu cachorro tar dentro de casa correndo na minha direção com a boca e os pelos do corpo sujos de sangue.
- mais que porra é essa? — sussurei tentando entender e meu pitbull cheirou meu pé antes de dar aquele latido altão correndo pra parte de trás da casa, que que essa porta ta fazendo aberta?. — que caralho é isso Kratos?
Vi o corpo caído dentro da piscina, a água que deveria tar transparente tava vermelha por causa do sangue e um muleque boiava sem vida.
– H7 cola aqui dentro com os menor que tavam na contenção de ontem.
H7: po chefe cê mandou os muleque tudo pra contenção da festa lá na pedra.
– desgraça. — murmurei puto e olhei de volta pro meu cachorro. — ta ligado nos pivete da esquina que tavam na lojinha? da ideia neles que eu quero trocar um papo.
H7: jaé, mais alguma coisa patrão?
– tem um muleque morto aqui na piscina, manda virem tirar ele daqui e reconhecer o corpo, quero a ficha completa desse infeliz.
Desliguei o radinho e tentei raciocinar que porra que tava acontecendo, abaixei passando a mão no Kratos que tava agitado pra caralho.
– bom trabalho parceirinho.
Levantei entrando pra dentro de casa e fechei a porta que era de vidro e fiquei olhando meu cachorro paralisado olhando pro corpo que ele havia devorado até matar.
Olhei pro muro já sabendo por onde que o muleque entrou e tentei imaginar o que pode ter acontecido dês da hora que ele inventou de pular o muro da minha casa e pisar o pé no meu gramado.
Murmurei puto da vida e sai andando vendo se tinha algum bagulho de diferente já que a porta tava aberta e a primeira coisa que eu fui ver foi minhas armas e pra deixar tudo mais estranho tavam todas lá.
Deixei esse estresse de lado e subi pro meu quarto indo tomar um banho pra tentar relaxar a porra da mente.
Mente viajada pensa em tanto bagulho ao mermo tempo que é impossível ter paz nem que seja por um minuto, tava com tanta neurose ao mermo tempo que nem se eu morresse eu ia ter sossego e namoral eu só queria sentir um pouco desse bagulho, um pouco de paz.
Se todos os dias eu tivesse pelo menos meia hora pra sentar, f1, botar a mente no lugar e ter um papo maneiro igual eu tive com a Isis ontem, eu ia ser muito mais suave.
Mais eu to ciente que aquilo ali não foi nada demais até porque eu tava drogado pra caralho e se me perguntar se eu lembro de pelo menos uma frase que eu disse pra ela ontem eu não vou lembrar.