JOSH BEAUCHAMP: THE BILLIONAIRE OF MY HEART

Capítulo 5

Josh saiu da mansão de sua ex-esposa com passos firmes e uma expressão indecifrável. As palavras amargas trocadas com Jonas ainda ecoavam em sua mente, mas foram rapidamente substituídas por outra visão, Any, escorada em seu carro. Ela parecia distraída, mas se endireitou imediatamente ao vê-lo se aproximar.

Josh parou diante dela, e sem aviso, colocou as mãos no carro, uma de cada lado do corpo da garota, mantendo-a presa entre ele e o veículo. Ele sorriu de lado, com aquele ar de autoconfiança que parecia tão natural para ele.

— Você não me deixou falar de manhã - começou ele, a voz baixa, quase um sussurro. - Acho que você entendeu tudo errado.

— Errado? - Any arqueou uma sobrancelha, tentando parecer desinteressada, embora seu coração batesse rápido com a proximidade dele. - O que foi que eu entendi errado?

— Eu fiquei com um pouco de ciúmes do seu colega de quarto, aquele tal de Noah. - Josh manteve os olhos fixos nela, observando cada reação.

Any começou a rir, um som genuíno que iluminou o momento. Josh a encarou, confuso.

— Ciúmes? Do Noah? - ela disse entre risos. - Josh, ele é gay. E mesmo que não fosse... - Any o analisou dos pés à cabeça, sorrindo de lado. - Ele não faz o meu tipo.

Josh sustentou o olhar por um instante, até que abriu a porta do carro, quebrando o momento.

— Entre no carro - disse ele, com um leve sorriso.

Any obedeceu, ainda com um sorriso nos lábios, enquanto Josh dava a volta e se acomodava ao volante. Assim que ligou o carro, lançou um olhar para ela.

— Vamos almoçar. Quando chegarmos lá, a gente conversa.

Ela assentiu, curiosa.

Josh estacionou em frente a um restaurante elegante, um dos estabelecimentos pertencentes à sua empresa. Ele desceu e abriu a porta para Any, guiando-a para dentro. O ambiente era requintado, e os funcionários rapidamente reconheceram o chefe, correndo para atender.

— Por aqui - disse Josh, levando Any a uma das mesas mais reservadas do restaurante.

Sentados, os dois fizeram seus pedidos, e enquanto esperavam a comida, Josh decidiu quebrar o silêncio.

— Sobre o que aconteceu na casa do meu filho... - começou ele, encarando Any com seriedade. - Você investiu dinheiro pessoal naquele noivado?

Any suspirou, como se estivesse esperando essa pergunta.

— Investi, sim. Foi um dinheiro que guardei com muito esforço. E agora eu preciso dele de volta, porque minha mãe está internada. Ela precisa de uma cirurgia urgente, mas o custo é altíssimo. Sem emprego e com as portas fechadas em todos os lugares por causa do meu pai... Eu não sei o que fazer.

A voz dela começou a falhar, e as lágrimas que ela tentava segurar começaram a rolar. Josh sentiu um aperto no coração ao vê-la naquele estado. Ele se levantou discretamente e fechou as cortinas ao redor da mesa, garantindo que os dois tivessem mais privacidade. Voltando para o lado dela, abaixou-se levemente, ficando à sua altura.

— Em que hospital sua mãe está? - perguntou ele, a voz mais suave agora. - E o que ela precisa?

Any enxugou o rosto rapidamente com as costas da mão e respirou fundo antes de responder.

— Ela está no Saint Mary. Precisa de uma cirurgia de coração que vai custar quinhentos mil dólares, sem contar as despesas médicas. Eu já tentei de tudo, Josh. Já rodei Nova Iorque inteira atrás de emprego, mas com o histórico do meu pai... Todas as portas estão fechadas para mim.

Josh segurou o rosto dela com um gesto surpreendentemente delicado, usando os polegares para enxugar as lágrimas restantes.

— Eu vou pagar a cirurgia - disse ele com firmeza.

— Não, Josh, eu não posso aceitar - Any respondeu rapidamente, balançando a cabeça. - É muito dinheiro. Eu não posso...

— Em troca, você trabalha para mim - ele interrompeu, sem deixar espaço para argumentação. - Você pode ir pagando aos poucos o que eu vou gastar.

Any hesitou, olhando para ele como se estivesse tentando medir as intenções por trás da oferta. Josh, no entanto, manteve seu olhar firme, sem desviar.

— Eu realmente gostei de você, Any. E eu quero ajudar - disse ele, com uma sinceridade que ela não esperava.

Ela suspirou, considerando. Por fim, assentiu, mas ergueu o dedo, como se quisesse deixar algo claro.

— Está bem. Mas com duas condições, primeiro, eu não vou ter vantagens no emprego só porque te conheço. E segundo, você vai aceitar o dinheiro de volta e descontar do meu salário. Cada centavo.

Josh soltou uma risada baixa, surpreso com a determinação dela.

— Fechado - ele concordou, embora soubesse que nunca aceitaria o dinheiro de volta de verdade.

— Estou falando sério, Josh - ela insistiu, estreitando os olhos.

— Eu também - ele respondeu, ainda sorrindo.

A comida chegou logo depois, mas a tensão leve entre eles não desapareceu. Para Any, aquele momento parecia um alívio em meio ao caos. Para Josh, era apenas o começo de algo muito maior.