04.

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Imperador 👑

Eu levo o cigarro até os lábios e solto a fumaça logo em seguida. Não sou fã dessa porra desse cigarro, só fumo por causa de que é a única coisa que me resta. Gosto mermo é da minha maconha.

Sério mermo, já tô ficando doído sem maconha, fico logo como? Estressado com tudo, já não tenho um humor muito bom, sem a minha maconha fode tudo. Pra amenizar a abstinência, eu fumo o cigarro.

Eu tava deitado aqui na minha cama, fumando tranquilo e na minha, enquanto os dois homens conversavam algum assunto que eu não estava nem um pouco interessado. Sinto algo vibrar de baixo do travesseiro e dou a última tragada no cigarro, jogando a bituca no chão logo em seguida.

Tiro o celular de baixo do travesseiro com cuidado e me viro para o lado da parede, escondendo o celular para nenhum guarda ver. Eu paguei uma grana preta nesse celular, o meu braço direito Nino, conseguiu falar com um policial corrupto daqui e ele conseguiu um celular pra mim. Todos os dias na parte da manhã ele pega o celular pra botar pra carregar e depois do almoço, ele me entrega novamente.

Desbloqueio o celular e entro no WhatsApp, vendo a mensagem do número do Nino. Entro na mensagem, começando a ler.

Nino: Arrumei a garota que vai fazer a visita pra tu amanhã

Imperador: To ligado
A mina é gostosa?

Nino: Isso tu vai saber amanhã, meu mano 😏

Imperador: Rum

Nino: Ai, como é que andam as coisas aí?

Imperador: Ta na merma de sempre, não vejo a hora de sair desse bagulho

Nino: Porra, irmão
Também não vejo a hora de ter ver fora desse lugar, papo reto
Mas a lili vai cantar, pô
Tu vai sair daí

Imperador: Espero pô, espero mermo
Com a grana que eu tô pagando pra essa doutora, ela tem que fazer eu sair de alguma forma ou de outra

Nino: Ela tá indo bem, pelo menos já conseguiu tuas visitas voltarem

Imperador: E aí no morro? Ta como?

Nino: Tudo na paz, tô tentando fazer do jeito que eu sei que tu iria fazer

Imperador: Vizão
E o baile de hoje?

Nino: Já organizei tudo, tudo nos conformes

Eu escuto passos do guarda vindo e desligo de celular, colocando ele em baixo do travesseiro. Me arrumo na cama e fecho os olhos.

[...]

Jade

Saio de dentro do meu quarto e olho para a sala, vendo minha mãe sentada no sofá, enquanto mexia no celular. Passo por ela, indo em direção a porta.

Andréa: Vai pra onde? — pego a chave do chaveiro e começo a abrir a porta — Hein, Jadynna?

Jade: Resolver um assunto. — coloco a chave de volta no chaveiro.

Através das Grades [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora