"Ainda não acabou, tem sobremesa", ela diz contente fazendo menção de se levantar quando terminamos de comer o prato principal e eu me levanto no mesmo impulso, segurando seu braço bloqueando os seus passos e a fazendo olhar para mim de forma curiosa, quando em um rompante à abraço, depositando minha cabeça na curva do seu pescoço

"Obrigada", digo de forma abafada pela nossa proximidade, "Obrigada por tudo. Obrigada por me salvar"

"Você salvou a si mesma, Sisi", ela se afasta um pouco fazendo um carinho com sua mão direita em meu rosto, "Eu só assisti, extremamente orgulhosa", diz e eu sorrio sentindo a atmosfera ser alterada um pouco quando seus polegar passa de forma suave sobre os meus lábios e vejo um brilho diferente nos seus olhos, "Isso tudo parece um sonho. Estou morrendo de medo de acordar"

"Não é um sonho... É real. Porque eu não tenho capacidade suficiente para imaginar algo assim", digo segurando sua mão que estava sobre os meus lábios e depositando um beijo ali antes de aproximar nossos rostos um pouco mais, "E a realidade é linda", comento vencendo a distância entre nós e iniciando um beijo apaixonado, amaldiçoando previamente a necessidade humana de respirar quando nos separamos ofegantes segundos depois.

"E então, sobremesa?", ela diz com um sorriso radiante ainda segurando de forma possessiva a minha cintura

"A sobremesa pode esperar. Preciso de mais disso", respondo a empurrando levemente para que encoste na mesa da cozinha a fazendo rir quando alguma coisa que não poderia me interessar menos cai no chão e ter sua risada interrompida pelo início de mais um beijo. Beijo esse que se tornou mais urgente a cada segundo, enquanto nossas mãos trabalhavam para tocar e sentir o máximo possível do corpo uma da outra. Até que sinto sua movimentação no intuito de inverter a nossa posição, me dando impulso para sentar sobre a mesa e se colocando entre as minhas pernas.

"Você é perfeita", sussurra no meu ouvido deixando uma mordida leve no lóbulo da minha orelha, me fazendo arrepiar dos pés a cabeça, antes de seguir um rastro de beijos, passando pelo pescoço até o meu colo, me arrancando suspiros enquanto sentia meu corpo esquentar.

Sinto seus dedos passearem levemente pela faixa de pele exposta das minhas costas, abaixo da barra da minha blusa e seus olhos se voltarem para os meus em uma pergunta muda que foi respondida imediatamente com o meu levantar de braços, prontamente atendido pela retirada daquela peça de roupa e do que mais estivesse impedindo o seu objetivo de aproveitar o meu tronco nú.

Rebeca dá um pequeno passo para trás analisando minuciosamente meu corpo despido com um sorriso ladino e um olhar de aprovação que me fez sentir poderosa, antes de retornar a sua posição anterior e voltar a sua atenção para os meus seios em uma carícia que me desmontava. Ora seus lábios, ora suas mãos, me fazendo enlouquecer e inutilmente apertar minhas pernas ao seu redor buscando algum tipo de contato mais próximo.

"Está com pressa, amor?", diz voltando o seu olhar para mim de forma divertida e eu apenas reviro meus olhos impacientemente a fazendo rir, "Tira isso pra mim então", aperta firmemente a minha perna por cima da calça e retiro imediatamente, tudo, com uma destreza impressionante, a observando em expectativa quando ela volta a tecer um caminho de beijos desde a minha boca até a parte interna das minhas coxas. E ao sentir o toque e movimento da sua língua ali, eu tenho certeza que sai de órbita por um momento e de uma hora para a outra me tornei apenas uma coletânea de gemidos e palavras desconexas. 

Quando estava prestes a explodir a vejo parar abruptamente e levantar a sua cabeça para me olhar, me arrancando mais um gemido, dessa vez de descontentamento, a fazendo sorrir de forma perversa e reiniciar mais um caminho torturante de beijos começando, dessa vez, pelo meu tornozelo enquanto eu me contorcia em busca de algum alívio, que esteve tão próximo.

E de repente, segura com firmeza minhas duas pernas para que eu não consiga mais me movimentar e então não era mais apenas a sua língua extremamente habilidosa mas também os seus dedos me levando a mais profunda e indescritível loucura. Eu não lembrava mais nem sequer o meu nome, mas o seu saia da minha boca como um mantra até a explosão ser sentida dentro de mim das pontas dos meus dedos dos pés até meus últimos fios de cabelo.

Nesse momento eu já havia derrubado boa parte das coisas que estavam em cima da mesa no chão, e mantinha as minhas costas apoiadas ali sem de fato ter forças para me erguer. Mas me apoio nos meus cotovelos com certa dificuldade de modo a não perder o erotismo que era essa mulher levantando a cabeça e lambendo os próprios lábios depois de me dar esse orgasmo sem precedentes. 

Rebe estende suas mãos para que possa me ajudar a erguer meu tronco e estamos frente a frente, mais uma vez. Observo o seu rosto perfeito com devoção e envolvo minha mão na sua nuca, embrenhando em seus cabelos a puxando para um beijo intenso, sentindo o meu próprio gosto ali e uma grande parte de mim se envaidecia com isso.

"Você ainda está vestida", digo imprimindo um pouco de decepção no meu tom de voz mas antes que ela possa responder não consigo reprimir o bocejo que vem logo em seguida

"E você está cansada", ela ri suavemente, "Temos todo o tempo do mundo. Que tal um banho e depois dormir um pouco?", pergunta acariciando os meus cabelos e elevando a preguiça boa que estava sentindo

"Você vem comigo?", pergunto com o meu melhor sorriso de convencimento

"Até o fim do mundo."

What's next? - Simone Biles e Rebeca AndradeOnde histórias criam vida. Descubra agora