Capítulo 2

336 33 9
                                    

Oi oi, espero que estejam gostando de Blue Sky! Não se esqueçam de votar e comentar bastante, é bem importante pra mim. Boa leitura amores <3

Dizer que eu consegui dormir é um eufemismo. Desde que anunciaram a morte da minha mãe, a única coisa que eu soube fazer fora chorar. Zoe dissera que eu tinha de tentar dormir um pouco, o fiz e foi em vão. Meus olhos estavam roxos por conta de tantas lágrimas e já podia ser vista duas olheiras enormes que haviam se formado em baixo deles.

O dia amanhecera cinza e sem vida. Não era possível ver a luz do sol naquela manha. Ficamos aguardando na sala de espera enquanto o corpo da minha mãe estava sendo autopsiado. Até agora não tive a chance de perguntar o motivo de seu falecimento.

- Zoe... É... Eu queria saber por que minha mãe faleceu. - Falei e uma lágrima escorreu por meu rosto.

- Querido... Você sabe que sua mãe estava muito doente, não sabe? - Assenti. - E seu coração estava muito fraquinho... Ela teve um pequeno ataque cardíaco e foi correndo para o hospital. Desde o começo já sabíamos que ela não ia agüentar, mas, mesmo assim a colocamos em coma... Por que sempre há um tico de esperança né. - Fiz que sim com a cabeça e encarei o chão. Ela pegou a minha mão e colocou por cima da sua acariciando-a.

- Sim... E eu nem tive a chance de falar um último 'eu te amo'. Eu não fui um bom filho. Não dei valor enquanto ela ainda estava viva. Eu... - Zoe pegou meu rosto com as duas mãos fazendo com que eu olhasse pra ela. - Harry, não diga bobagens okay? Você sempre foi um ótimo filho, tenho certeza que ela sempre teve muito orgulho de você e ainda tem. Ela está aqui sabia. - A fitei e balancei a cabeça negativamente. - Ela está aqui, no seu coração. - Dito isso ela pegou sua mão e colocou no meu coração e eu sorri. Porém não deixei que escapassem umas lágrimas.

Horas mais tarde fomos até a casa de Zoe. Ela me dera uma roupa pra que eu vestisse. Ia ser o enterro de minha mãe. Arrumei-me e fomos até o local do mesmo.

- Bom gente, estamos aqui no enterro de Anne Styles. E eu queria saber se alguém quer fazer uma dedicatória. - Zoe olhou pra mim e eu balancei a cabeça positivamente em resposta. Levantei-me e fui até o caixão de minha mãe.
- É... Eu queria dizer que hoje é um dia muito triste para todos nós. A pessoa mais importante pra mim se foi e agora eu não tenho mais ninguém. Perdi meu pai também e estou órfão. Não tive a chance de falar que eu a amava muito e ainda a amo. Então... Eu te amo mãe. - Sussurrei as últimas palavras e logo joguei um ramalhete de flores em cima do caixão e também um beijo. Alguns amigos e colegas de Anne aplaudiram. Saí dali indo de encontro a Zoe. Dois homens colocaram o caixão num buraco que haviam feito e depois jogaram terra por cima. E por fim não era possível mais o ver.
- Vamos. - Assenti. Ela pegou a minha mão e fomos em direção ao carro.

Agora que eu estava órfão fiquei pensando em quem tomaria minha guarda já que eu não tinha avós e nem tios. Meus pais não tinham irmãos e meus avôs paternos morreram antes de eu nascer. Já os maternos haviam sofrido um acidente quando eu tinha uns cinco anos. Sim. Minha vida é uma maravilha. Sinta o tom irônico. Fiquei divagando em pensamentos até que Zoe chegou.

- Harry, querido. Amanhã eu vou te levar a um orfanato. Eu até te adotaria, porém não tenho condições. Não é nem em questão de dinheiro. Apenas tenho alguns problemas pessoais e... Bem, acho melhor te levar a um lugar que eu própria já morei. - A fitei e começaram a escorrer lágrimas por toda a extensão do meu rosto.
- Não! Por favor, não me leve! Não quero! - Por mais que eu sabia que era a única solução me desesperei. Em filmes nunca vemos orfanato como um bom lugar. Sempre tem aquelas freiras que cuidam das crianças e elas nem sempre são boazinhas. - Por favor, Zoe. -
- Meu bem. Eu te prometo que irá gostar de lá como eu gostei. Tive meus melhores anos naquele lugar. Fiz muitos amigos e inclusive tive meu primeiro amor naquele orfanato. Assim que fiz quatorze anos me adotaram. Foi realmente muito triste quando tive de deixar John. -Ela encarou o chão e sorriu torto.
- Seu primeiro amor? - Ela fez que sim com a cabeça. - Você nunca mais o encontrou? - Assentiu novamente.
- Não. Você não imagina como eu tentei. Voltei um tempo depois ao orfanato, mas, ele já havia sido adotado. E não me disseram para onde ele havia ido. Mas enfim, a vida continua não é? Só te digo uma coisa. Quando achar seu primeiro amor verdadeiro não o abandone. Não deixe que o tirem de ti tão facilmente. Por que quando a gente ama faz de tudo para ter a pessoa ao nosso lado... - Eu assenti e a abracei. - Irei te visitar sempre que der, afinal não fica tão longe daqui. - Sorri ao que ela disse.
- Tudo bem. Vou tentar... Obrigado. - Eu disse e ela me abraçou novamente.

Na manhã seguinte acordei sem nenhuma olheira. O sol raiava lá fora. Levantei da cama e fui para a cozinha. Tomamos café da manha e depois fomos ao orfanato.
Chegando lá percebi que o local era bem grande e bonito por fora. Não era tão ruim quanto eu pensara. Uma freira nos atendeu e nós entramos. Fomos até a sala da diretoria, a mulher e Zoe preencheram alguns papeis. Por um momento pensei que haviam se esquecido de mim. Uns minutos depois tudo já estava pronto. Zoe falara que tinha que ir e que logo viria me visitar. Deu-me um último abraço e um até logo. Fiquei acenando no portão até seu carro partir. 


Os capítulos estão tristes e talvez estejam um pouco chatinhos mas, faz parte e logo tudo vai melhorar! Espero mesmo que estejam gostando... 

Me sigam no twitter - 

Fc: soularryz
Pessoal: alpstommo 





Blue Sky - Larry Stylinson (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora