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Rafael

Tomo um gole do meu café enquanto Karina estava parada em frente a minha mesa segurando alguns papéis.

Karina: Os documentos que o senhor pediu estão todos aqui. -Me entregou, abro a pasta dando uma olhadinha e coloco na mesa.-

– Ok, Pode se retirar. -Ela saiu da sala fechando a porta devagar.-

O dia estava totalmente calmo, tô até estranhando.

Olho pro meu relógio de pulso marcando cinco e vinte da tarde, começo a guardar minhas coisas desligando os aparelhos, coloco meu celular no bolso indo em direção a saída.

Dou boa tarde para os funcionários que estavam começando a guardar suas próprias coisas na intenção de ir embora também, entro no elevador colocando para o andar do estacionamento .

Entro no meu Audi soltando um suspiro pesado, hoje não estou nem um pouco de ver Henrique, não brigamos nem nada, só quero meu momento sozinho.
Abro as janelas e jogo meu celular no banco.

Ligo o carro saindo do estacionamento, o trânsito está grande, e lá vamos ir para Leblon. O caminho foi normal, mas sabe quando você sente que algo vai acontecer, e te manda ir pro outro caminho?

É isso que eu estou sentindo agora, mas sou teimoso o bastante para não ligar e continuar meu caminho.

Paro em um sinal vermelho, mas algo do meu lado chamou minha atenção, vinha vários meninos passando pelos carros e do nada um brotou na minha janela, meu coração quase foi pra Marte.

Xx: Bora tio, passa o celular! -Ergo uma sobrancelha.-

Namoro um traficante, ele tá achando que pedindo assim eu vou dar algo?

Xx: Passa caralho!- Sacou uma pistola da cintura. Não vou mentir,deu uma vontade de rir, não sei quantas vezes eu vi pistolas e fuzis na casa do Henrique, isso nem me assusta.- bora porra! -Simplesmente colocou a metade do corpo dentro do carro pegando meu celular no banco, quando ele estava saindo teve a audácia de meter uma coroando no meu rosto, especificamente no olho.-

Xx: pra tomar no cu! Saiu correndo junto de outros, -passo a mão no olho sentindo uma dor absurda.-

– Que ousado. -Ri de nervoso, brotou um homem na minha janela desesperado.-

Xx: O senhor tá bem? Aquele Trombadinha entrou no seu carro praticamente. -Fiz um joinha passando a mão no rosto.- vish, tem que ir no hospital em, cortou aí.

– Vou agora mesmo, ainda bem que ele só levou o celular que estava descarregando.

Xx: ainda, esse porra tá achando que nois não sabe que eles são da rocinha, já deram a ordem que não pode assaltar aqui e esses putos continua na calada. -Negou se afastando.- Falou aí.

Subi as janelas passando a mão no olho, o carro atrás buzinou fazendo eu começar a dirigir de volta.

Fui diretamente para o hospital para ver se não deu algo, mas graças a Deus não deu em nada e nem pontos vou levar.

Voltei para casa cansado, com fome, olho doendo pra caramba já até estava inchando. Entrei no meu apartamento na maior calma e fui pro meu quarto tomar banho, demorei alguns minutos tomando banho e depois saí me jogando na cama.

– E agora, eu não tenho celular,  como irei falar com os outros? Com o doido do Henrique? -Sento na cama lembrando que o meu celular antigo estava no quarto onde ficava as coisas que descartava.- Tomara, se não eu vou ficar sem até amanhã.

Sai do quarto com a toalha na cintura, entrei no quartinho achando várias coisas, e o bendito celular estava dentro de uma caixa.

Solto um sorriso de alegria pegando ele rapidamente, levo pro quarto colocando no carregador.

Amor Imperfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora