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Rafael 

riquiz: Deixa eu tomar banho quieto! -Falou já estressado, faço cara feia cruzando os braços.-

– Faz uns 10 minutos que você está molhando o pé! Ou você deixa eu te ajudar, ou eu perco o resto da minha paciência e te jogo nesse chuveiro nem ligando para os seus machucados. -Ele mesmo entra para debaixo do chuveiro fazendo cara feia, soltando uns grunhidos de dor.-

Riquiz: aí porra, tomar no cu, buceta do caralho. -Veio rapidamente saindo de perto do chuveiro, nego colocando a mão debaixo d'água enchendo ela, quando fica cheia jogo em seu braço onde estava machucado.-

– Vai ter que mudar o curativo do ombro, você molhou. -Ele balança a cabeça jogando ela para trás.-  Lava o seu corpo, não molhe sua costas e nem o braço onde está sem a pele. -Apontei em sua direção, ele fez uma cara como se fosse óbvio.-

O ajudei passando sabonete onde ele não conseguia, e assim foi o nosso banho. 

Saímos do banheiro com a toalha enrolada na cintura, ele senta na beira da cama soltando um suspiro alto.

Riquiz: pega os negócios no guarda-roupa, tá tudo dentro de uma sacola.- Abro o guarda-roupa pegando a sacola que estava bem em cima, fico ajoelhado na cama começando a tirar as coisas.- 

– Vou começar pelo ombro. -O encarei de relance, tirei seu curativo onde o mesmo tinha levado um tiro, meu coração fraquejou na hora.- Aí Henrique, sinceramente viu, pq foi entrar na minha vida seu infeliz. -Ele me olhou sem entender.-

Riquiz: tá reclamando? -Pergunto totalmente sério.-

– Estou, nesse momento eu devia tá em outro país, com uma colombiana e uma inglesa em um iate. -Senti o tapa na minha cabeça fazendo eu parar de trocar o curativo. -

Riquiz: A colombiana é o meu ovo direito, a inglesa é o esquerdo, e o iate é a minha pica toda. Pq não chupa eles com vontade ao invés de tá falando merda?-Mordi meu lábio inferior pensando na ideia, mas afasto os pensamentos já que o mesmo está machucado. - 

–Não posso, meu esposo está machucado e eu não tenho controle quando o vejo nú. -Término de colocar o curativo pegando a pomada para passar em sua costas. -

Riquiz: Seu o que? -Virou o rosto para me encarar, coloco uma boa quantidade de pomada na mão passando devagar sobre o machucado. -

– Namorado, esqueci que ainda vou te pedir em casamento. -Seu sorriso morreu, dou um sorriso em sua direção. - Você prefere, ouro, prata, ouro branco. Acho que não precisa ser definido totalmente em ouro. 

Riquiz: Ouro. -Falou como se não ligasse, pego seu braço fazendo que ele ficasse de lado.- Humm, vou dormir um pouco. 

– É bom, seu olho está fundo. -Terminei de passar pomada no seu braço, dou um selinho em seus lábios levantando da cama.- vai dormir assim mesmo?

Riquiz: Sim, deita pra eu usar teu corpo como apoio. 

— apoio? -Ele deu três batidas na cama, fecho a janela com a cortina e ligo o ar-condicionado do quarto deixando a porta meio encostada.-

Deito na cama e logo ele coloca o corpo sobre o meu, seu peso ficou entre a cama e em cima do meu corpo.

– Você não vai se machucar?- Ele nega fechando os olhos. -

Fiquei quietinho até ele cair no sono, fazendo eu dormir também. 

O sonho estava tão bom, que só acordei quando senti o peso do Henrique saindo de cima do meu. Abri os olhos tentando enxergar ele que estava de costas pra cima com o travesseiro no ombro. 

Amor Imperfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora