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Riquiz

– E pq eu não posso? -Falei sem entender.-

Rafael: primeiro, você mesmo disse que iria pra casa, agora tá com outra ideia dizendo que vai pra uma resenha na casa de um amigo onde vai ter mulheres, drogas, cachaça e safadeza. -Falou com a atenção no notebook.- Acha que esse lugar é para quem é comprometido? Se acha, vai em frente e verá o que vai acontecer.

Dou um sorriso achando tudo isso engraçado, só vir pra casa dele já que eu queria ficar na sua presença antes dessa invasão filha da puta acontecer. Esses filhos da puta tá querendo invadir em dia de baile, já que nesse dia a maioria dos caras estão no baile fazendo minha segurança e de olho ao redor, e fica menos protegido por causa dos pessoal da comunidade que vai tá.

– E vai acontecer o que? Qual foi Rafael, tá tirando? -Ele parou de mexer no notebook para me olhar, semicerrando os olhos na minha direção.-

Rafael: Vem cá, veio com o espírito de briga? Pois saiba que estou bastante calmo e você não vai conseguir nada. -Voltou sua atenção pro notebook.- Dios mío, eres insoportable.

– Não sou insuportável! -Faço cara feia.-

Rafael: Você está tudo hoje, sinceramente. -Resmungou passando a mão no rosto.-

– ihhh, tá tilt vida? qual foi? -Ele não falou nada continuando a fazer o que estava fazendo.- tô falando com você.

Rafael: E eu estou escutando. Só meio estressado com uns negócios e não quero acabar descontando em você, iria me sentir mal em descontar meu estresse no trabalho em você.- Deu um pequeno sorriso passando a mão no meu rosto sem me olhar.- Agora cala a boca e fica quieto.

Cruzo os braços o encarando, as vezes eu acho que perco minha postura quando tô com ele, parece que eu volto minha fase dos 17 e tento irritá-lo.

– Já já vou embora, vou curtir né pow. Vai que eu morra sem curtir, aí é foda.

Rafael: Henrique, vamos fazer assim. Vai lá pro corredor, dá umas Três voltas e volta. -Falou de cara feia.-

– Quero não, tô quando ver bunda, lá vai tá cheio. -Falei brincando fazendo ele parar de digitar e me olhar, continuo com meu sorriso no rosto percebendo ele me olhar sem expressão.-

Rafael: Vou dar 10 minutos para você sair do meu apartamento antes que eu te jogue desse andar. -Não aguento soltando uma gargalhada alta. Ele estala a língua mordendo a bochecha- Brinca muito, tem certeza que tem 29 anos?

– Tô brincando contigo, posso muito bem ficar olhando tua bunda. Olha a tua ai, redonda, grande. -Levantei os dedos fazendo ele me olhar com as sobrancelhas levantadas.- academia fazendo efeito né, mó bundão.

Rafael: Você não vale um real, um real. -Fechou o notebook Negando.-

– valo um real mesmo não, só a minha cabeça é 10 mil. Sorte minha que os homens sabem como eu sou, os homens  só sabe meu vulgo, os caras sabe meu rosto e vulgo.

Rafael: E se eles soubessem, ia dar em que? -Falou sem entender.-

– Eu nem ia conseguir andar na pista, ia ficar brecado. -Dei de ombros.-

Rafael: Sei. -Ele levantou estalando as costas e Suspirou. - amor, quando for sair feche a porta, irei deitar um pouco.

– Não foi você que disse pra eu não ir? Não era lugar de alguém comprometido? -Ele revirou os olhos indo fechar a porta da sacada. -

Rafael: E realmente não é, mas acho que você tem consciência e postura o suficiente para não fazer nada de errado. Não acho certo, mas se é essa curtição que você gosta, vá em frente. -Falou na maior calma vindo na minha direção, me deu um selinho e foi em direção ao quarto. -

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