🔥Capítulo 02 🔥

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Mattia estava furioso. O caderno de contas foi lançado na mesa com força, o som reverberando pela sala. Ele olhava fixamente para Riccardo, seu braço direito, esperando uma resposta que não vinha. Riccardo desviava o olhar para Andrea, que evitava encarar Mattia. Estava claro que ambos escondiam algo.

- Responda, Riccardo. Por que está faltando cinco mil euros? - Mattia rugiu, avançando para pegar Riccardo pelo pescoço, apertando o suficiente para causar dor, mas permitindo que ele pudesse falar. Riccardo continuava em silêncio. Mattia soltou o pescoço dele, permitindo que respirasse, e se afastou. - Tudo bem. Tranquilo.

Num movimento rápido, Mattia pegou um fuzil de uma das caixas e apontou diretamente para Riccardo. O pânico se instalou no rosto do homem, que levantou as mãos instintivamente.

- Esta é a última vez que vou perguntar: por que está faltando dinheiro? - Mattia insistiu, aproximando o fuzil do rosto de Riccardo.

- Quer saber? - Riccardo olhou para Andrea antes de encarar Mattia novamente. - Não vou levar a culpa por esse desgraçado! Mattia, quero que saiba que eu não sabia de nada! - Ele disse, a voz trêmula.

- Fale logo! - Mattia pressionou, o cano do fuzil praticamente tocando o rosto de Riccardo.

- A culpa é dele! - Riccardo finalmente cedeu, apontando para Andrea.

- Como é que é? - Mattia abaixou o fuzil, virando-se para Andrea, que recuou, os outros homens ao redor dando um passo atrás. Mattia levantou o fuzil novamente, desta vez mirando diretamente em Andrea.

- Chefe, abaixe isso, por favor. Podemos resolver isso de outra maneira. - Andrea implorou, olhando para os outros em busca de apoio, mas encontrando apenas olhares de medo.

- Já estamos resolvendo, Andrea. Agora me diga, por que está faltando dinheiro? Está me roubando? - Mattia perguntou, a voz baixa e ameaçadora, enquanto ajustava a mira do fuzil.

- C... Claro que não... - Andrea gaguejou, tentando manter a compostura. - Apenas se acalme...

- Cale a boca! - Mattia gritou, perdendo a paciência. Ele virou o fuzil e, com a coronha, bateu com força no rosto de Andrea, que caiu no chão sangrando pelo nariz.

- Ninguém se mete! Isso é entre nós! - Mattia ordenou quando os outros tentaram intervir. Riccardo confirmou com um aceno de cabeça, mantendo os homens à distância. Mattia se aproximou de Andrea novamente, golpeando-o mais uma vez antes de colocar o pé sobre sua cabeça, forçando-o contra o chão. Depois, apoiou o fuzil no ombro e olhou para baixo.

- Agora que você calou a boca, quero saber por que está faltando cinco mil euros. Você está me roubando ou usando os meus produtos? - Mattia inclinou-se para ouvir a resposta, mas Andrea apenas murmurou. - Não ouvi. Riccardo, qual é a regra?

- Proibido usar o produto sem pagar. - Riccardo respondeu prontamente.

- Obrigado, Riccardo! - Mattia agradeceu antes de se virar para os outros homens. - Vocês ouviram? É estritamente proibido usar meus produtos sem pagar! Não vou repetir!

Os homens assentiram vigorosamente. Mattia voltou-se para Andrea.

- Então, Andrea, você usou? - Ele perguntou, abaixando-se para ouvir o murmúrio de negação de Andrea. Levantando-se novamente, ele continuou. - Então você me roubou? - Mattia agarrou Andrea pelos cabelos, levantando-o. Andrea gemeu de dor.

- Não... Não fiz isso... - Andrea choramingou, mas Mattia estava cansado de sua enrolação. Ele deu uma joelhada no estômago de Andrea, que cuspiu sangue.

- Andrea, quase me sujou! - Mattia reclamou, soltando-o no chão e verificando se havia sangue em sua roupa da Prada. Vendo que estava limpa, ele se afastou um pouco.

- Vou falar... Mas, por favor, não me mate... - Andrea começou a chorar. Mattia se aproximou novamente, agachando-se para ficar ao nível de Andrea.

- Posso pensar no assunto, mas você precisa me dizer o que aconteceu. - Mattia disse calmamente. Andrea hesitou antes de finalmente falar.

- Eu fiz isso... Por causa de uma mulher... - Andrea confessou. Mattia se levantou de imediato, incrédulo.

- O quê? Você deu minhas drogas para uma prostituta? - Mattia perguntou, furioso.

- Não... Foi para o pai dela. Ele mora aqui perto... E estou interessado na filha dele, ela é virgem e ele prometeu que eu ficaria com ela...

- Deixe-me ver se entendi. - Mattia se afastou, esfregando a cabeça em frustração. Voltou a olhar para Andrea, que ainda estava no chão, sangrando. - Você está me dizendo que fez isso por causa de uma boceta? - Mattia se aproximou novamente, o ódio transbordando de seus olhos.

Vendida para o mafioso dominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora