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Rafael 

Vou pro quarto na intenção de ver se ele acordou, e nada.

Já são nove da noite e ele continua dormindo tranquilamente, eu fiquei totalmente surpreso quando cheguei e vi o rosto dele abalado, os olhos pequenos que provavelmente já tinha chorado muito. 

Eu estava na casa de um amigo, em um churrasco para ser específico. Chumbinho ligou pedindo pra eu ir na casa do riquiz, falou que nesse momento ele ia precisar de mim. 

Não entendi e perguntei o pq, ele falou vagamente que a mãe do Henrique completa ano hoje e  ele foi tentar falar com ela como neste últimos 10 anos. Mas essa tal mãe dele sempre maltrata nas palavras e machuca ela mentalmente, que o riquiz passa uma semana mal com isso, e usa uma quantidade grande de maconha sem controle algum. Até pediu pra ele morrer ano passado, que não era filho dela.

Fiquei totalmente surpreso com isso, e fui diretamente até onde chumbo estava que me levou até aqui.

Ligo a luz do quarto sentando na cama, eu já estava com a minha bermuda enquanto ele ainda estava de toalha com uma expressão bastante triste. 

– Henrique, acorda para comer. -Balancei seu corpo que continua a dormir.- rique.

O sono dele estava pesado, continuei balançando se corpo fazendo ele acordar abrindo os olhos lentamente e passando a mão nos olhos.

– vamos comer, fiz macarrão. -Passei a mão no seu rosto que me encarou, ele abre os braços na minha direção fazendo eu deitar por cima dele que aperta meu corpo.-

Riquiz: fica só um pouquinho assim. -Falou baixo, balanço minha cabeça escutando seu coração bater rápido.-

Sua mão alisava minha nuca e cada suspiro saia alto, levanto a cabeça paro olhá-lo que encarava o teto. subo um pouquinho meu corpo para encará-lo, ele junta nossa testa colocando as mãos em minhas bochechas.

Riquiz: vai embora não, não me deixa, por favor. -Engulo Seco só balançando a cabeça.-

– vamos comer, Henrique. -Levantei o encarando, ele senta na cama ajeitando a toalha e saímos do quarto indo na direção da cozinha, seus passos quando desce as escadas é forte e logo entramos.- Fiz macarrão ao molho branco, espero que goste.

Apontei pra mesa onde tudo estava, ele sentou começando a colocar a comida e devorou sem falar nada. Só fiquei encostado na parede encarando ele, em que sentido ele disse aquilo? Não deixá-lo hoje sozinho, ou não sair definitivamente da vida dele…

Solto um suspiro indo pra pia, começo a lavar as coisas que eu tinha sujado na hora de fazer a comida. 

Riquiz: vida. -Olho pra trás parando de lavar a panela, levanto uma sobrancelha em sua direção.- vai comer não?

– já comi, só faltava você mesmo. -Voltei minha atenção na panela enxaguando.-

Ele colocou o prato na pia e saiu, termino de lavar os pratos para não ficar na pia e saio da cozinha desligando a luz. Henrique estava sentado no sofá já tomado banho e só com uma bermuda fina enquanto assistia.

Passei pela sala subindo as escadas, peguei a toalha que usei e fui pro banheiro, tomei um banho rápido e saí pegando minha mochila que estava no chão. Pedi ao Pablo que fosse no meu apartamento para pegar algumas coisas, depois o chumbo veio aqui entregar. 

Coloco uma bermuda e passo desodorante, pego minha escova começando a escovar os dentes dando uma limpada com fio dental. Guardo as coisas de volta e desço com o celular em mãos, sentado ao lado do riquiz que estava sério encarando a TV.

Amor Imperfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora