023.

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Diga que me odeia, mas diga que não vive sem mim.

Sábado | Rio de Janeiro
Arielly Almeida.

Point of view.

Acordei no sábado dez horas da manhã, dormi perfeitamente bem, coisa que não conseguia a uns dias já.

— Então como que é? Se hoje tem baile... — já levanto da cama cantando. Arrumo e vou para o banheiro, tirando a minha roupa e entrando em baixo do chuveiro, aproveito pra fazer xixi e escovar os dentes ali mesmo.

Sai do banheiro enrolada na toalha, peguei meu celular e vi mensagens no grupo das meninas.

"Gw me chamou pra ir ver ele jogar hoje, ces acha o que?" Maju.

"Acho que ele tá muito é na sua, se joga e fé" Kah áudio.

"Vamos? O jogo dele é às onze" Maju.

"Boraaa" Aryelly.

"As onze passo aí com a Karine" Maju áudio.

"E eu falei que vou??" Kah.

Deixei o celular de lado dando risada das duas.

Gw e Maju finalmente ficaram, depois de mó cota de enrolação dos dois.

Tirei a toalha e passei hidratante corporal por todo o meu corpo, vesti meu conjunto lingerie preta e em seguida, passei um desodorante.

Abri a porta do guarda roupa e procurei por algo, obtei por um shorts jeans claro e meu corset preto. Vesti e soltei meu cabelo, penteei ele e me sentei no banquinho da penteadeira, começando a fazer uma maquiagem leve e simples, assim que terminei, coloquei minhas pulseiras, relógio e um colar. Me banhei de perfume e saí do quarto com o celular na mão, vendo que faltava cinco para as onze.

Entrei na cozinha vendo a minha mãe com a cara vidrada no celular, cruzei os braços e me encostei na parede, soltando um pigarro e chamando a atenção dela que se assustou.

— Tá devendo? — sorrio de lado.

— Bom dia pra você também. — ela colocou o celular no bolso, e deu a volta na mesa mechendo em algumas coisas no armário.

— Bom dia, mãe! — desencosto. — vou ir no jogo do Guilherme, não me espera pra almoçar não.

— Certo. — ela fala ainda de costas.

Analisei ela e vi o quão estranha ela estava, mas não falei nada, só virei as costas e saí da cozinha indo pra fora de casa.

— Eai, primona! — dei o maior grito assim que sai no portão e vi a Maria Júlia e a Karine descer a rua, Kah soltou a maior gargalhada enquanto a Maju me olhou brava. — Ooi tecona! — falei com a morena que parou de andar ficando confusa, e foi a vez da Maria dar risada.

— Para de graça, que se eu for te zuar você vai ver o seu. — ela passou por mim jogando o cabelo enquanto a Maria Júlia morria de rir.

— Ces é engraçada. — ela se recupera voltando a andar e parando do meu lado. — ooi amor! — ela me abraça de lado e eu retribuio começando a descer a rua com elas duas do lado.

— Fala tu lindona. — falo com ela e olho para a Karine. — volta ao normal aí, palhaça!

— Palhaça é você, que voltou a conversar com o Rw. — ela retruca e vejo a careta que a Maria Júlia faz.

— Falo mais nada não, ce tá achando certo é isso aí. — A cacheada da de ombros.

— É isso bb, tá certa. — faço graça cantando a música do Mc ig.

Terminamos de descer a rua conversando e assim que chegamos no campo, os meninos já estavam jogando. Teco e Rw também estava no mesmo time que o meu primo, e era horrível ver esse homem jogando, porque a skin jogadora dele consegue superar a de traficante. Mas eu fiquei caladinha tentando a todo custo manter a minha visão longe dele.

— Não tomei café, acho que vou ali na Vânia comprar um pastel. Ces quer? — pergunto já me levantando e as duas negam. Tirei uma foto do campo, e enquanto andava até a lanchonete, postei colocando a localização. Minha vida de solteira anda muito parada, não dei um beijinho ou o priquito depois que terminei.

Entrei e vi a Eduarda conversando com um carinha no maior papo, analisei a cena bem e percebi que os dois estavam flertando na maior cara de pau. Segurei o riso sozinha e me encostei no balcão chamando a atenção dela, que disse algo á ele é veio até mim sorrindo.

— Bom dia, Ary. Vai querer o que?

— Bom dia, Duda! — sorrio de lado. — Quero um pastel de queijo e uma coca de 300ml, por favor. — peço e ela concorda, pegando o pastel e esquentando.

— Comer aqui ou vai levar?

— Vou levar. — ela concorda. — mas não precisa colocar na sacola não, vou ir comendo.

— Tá no campo? — concordo. — essas horas que eu queria tá dboa.

— Relaxa, tem quase ninguém. — Minto, tinha até bastante gente por ser apenas um raxa. — Obrigada! — pego o pastel.

Paguei e peguei a coca, desci comendo e assim que cheguei, o primeiro tempo havia acabado, e os três estavam junto com as meninas.

— Bom dia! — falo com eles que param de conversar e me olham. — Querem?

Teco negou se jogando na arquibancada do lado da Karine, todo suado.

— Da só um gole dessa coca aí. — Gui pede e eu entrego pra ele, olhei para o Renato que estava em pé do meu lado, ofereci o pastel pra ele que abriu a maior boca e mordeu quase o pastel todo, me deixando com um pedacinho minúsculo que nao tamparia nem o buraco do dente, me fazendo dar um tapa fraco nas costas dele.

— Toma no cu, Renato. — brigo com ele que dá risada, me viro pegando a coca-cola da mão do Gui que me olha com os olhos arregalados assim como o Teco. — o que foi?

— Nada não, po. — meu primo faz uma cara estranha e se levanta.

— Depois te pago um, Ariel. — Rw pisca pra mim e eu olho com tédio pra ele, colocando o pedaço que sobrou na boca e terminando de beber a coca.

•••

O ódio está passando, amém irmãos! 🙏🏼

M.

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