Sábado
Rafael
Viro para o outro lado colocando dificuldade, braços agarra minha cintura resmungando, abro os olhos devagar levantando um pouco a cabeça verificando pela brecha da porta que estava claro.
Fico de barriga para cima procurando meu celular acabo batendo minha mão no rosto do abençoe que resmunga me soltando. Olho a hora que já marcava dez da manhã fazendo eu só fechar os olhos jogando o celular pro lado.
Depois que ambos sentou para conversar, riquiz ficou pra dormir, não falei nada e só deixei pq eu realmente queria descansar e não queria mais “discussões “.
– riquiz, acorda que já é dez da manhã.- sentei na cama com preguiça, o quarto estava escuro e só um pouquinho claro na direção onde estava a porta.- esta me ouvindo?
Riquiz: foda-se, não tô tomando remédio para ficar sabendo da hora! -Enrolou a cabeça.-
– Mas eu tô mandando você acordar, você não trabalha não?- Ergui uma sobrancelha.- Desse jeito o tráfico no seu morro vai cair. O dono só quer tá fora!
Riquiz: papo reto, cala a boquinha. -Faço cara feia levantando, vou na direção da porta fechando ela e ligo a luz.-
– vai Henrique, levanta. -Fiquei na ponta da cama puxando a coberta fazendo ele agarrar.- Henrique!
Riquiz: cara, mano chato da porra. -Sentou na cama passando a mão no rosto.- necessidade nenhuma de acordar agora.
– se ficar acordando meio dia seu sono vai ficar irregular, então levanta! -Fui pro banheiro tirando a bermuda, fecho a porta e entro no box começando a tomar banho.-
Tomo banho rápido, escovei os dentes e saio com a toalha enrolada na cintura, riquiz encarava cada passo meu, nem parece que até ontem ele estava com ódio da minha cara.
Ele entra no banheiro e minutos depois volta deitando na cama.
Riquiz: papo reto, mó ódio que eu tô de tu. Vendo tu assim sem roupa, esqueço rapidinho.
– sei não em. Esquece as coisas rapidinho , não estou reclamando é claro.- Abro o guarda-roupa.- É bom não ficar brigando, enquanto é bom você esquecer mesmo.
Riquiz: Espera uma semana então, aí tu vai ver eu ficar de boa mermo.
– ficar de boa…e você mesmo pediu pra dormir aqui. -Virei colocando a cueca, tiro a toalha da cintura começando a enxugar as costas.- Então acho que você já me perdoou.
Riquiz: sei de nada. -Olhou pro meu corpo.- tu tá mais pretinho.
– sim, fiquei muito tempo no sol. -Coloquei uma bermuda fina o encarando.- já que você está aqui, passa creme de pele na minha costas, tá ardendo. -Faço careta jogando o creme de pele em cima da cama.-
Riquiz: sou teu empregado não. -Semicerro os olhos sentando na cama de costa para ele.-
A cama afunda atrás e logo sinto algo gelado sendo passado pela minha costas toda, encaro o chão um pouco pensativo.
– me desculpa mesmo. -Falei baixo.-
Riquiz: Que? -perguntou sem entender.-
Viro para trás um pouco encarando seu rosto que tinha uma sobrancelha arqueada.
– pelo fato das coisas que eu fiz, estou me sentindo péssimo mesmo. Nunca fiz isso com ninguém, e ter feito isso logo após o dia que eu tinha tirado sua virgindade do…Você sabe. Acho que desculpa não é suficiente para demonstrar o quanto estou arrependido, e ter feito assim do nada quando você nem estava totalmente consciente dos seus atos… fico totalmente decepcionado comigo mesmo.-Sussurrei a última parte parando de encará-lo.- Nunca irei tocá-lo sem a sua permissão a partir de hoje.
Ele me olha sem expressão, sinto que seu cérebro está trabalhando para digerir tudo.
– Você me perdoa mesmo? -Toquei sua bochecha fazendo um pequeno carinho.-
Riquiz: sim? -Falou um pouco incerto, parecia mais uma pergunta do que uma resposta.-
Inclinei meu corpo para frente dando um selinho demorado em seus lábios, faço um pequeno carinho em sua bochecha dando beijo no canto da sua boca.
Levanto da cama passando desodorante e perfume, riquiz ainda ficou na cama sem expressão alguma, beijo sua bochecha avisando que iria fazer algo para ambos tomar café.
Saio do quarto indo na direção da sala, pego o controle ligando a televisão colocando no YouTube.
Não tenho muito preferência de músicas, eu fecho com todas, mas tenho aquela música favorita, coloco let 's go 4.
Aumento e vou pra cozinha, ajeito os negócios da cafeteira que começa a fazer café e vou abrindo a geladeira com o pé olhando os armários de cima procurando pão de forma. Pego o pacote e olho pra geladeira pegando queijo e presunto.
Coloco na bancada as coisas e viro pegando dois pratos, facho um misto seis misto, três para mim e três pra ele. Abro a chapa colocando lá os seis, saio da cozinha indo pra sala.
Abro as cortinas deixando a porta da varanda aberta e dou uma olhada no mar que era perto, entro de volta ajeitando as almofadas do sofá e sinto uma presença na sala fazendo eu olhar para trás.
Riquiz veio com o cabelo molhado, já vestido e com uma pistola na mão.
Tenho que me acostumar com isso, se não, eu tomo um susto.
– Vai matar um? -Ele colocou a pistola no cós da bermuda deixando um volume no local. -
Riquiz: cê pá, talvez.- Deu de ombros, nego indo pra cozinha e tiro os pães da chapa colocando no prato, pego duas xícaras deixando em cima da bancada e o riquiz entra mexendo no celular.- não pow, vou comer aqui e já colo aí, fica Mec. -Mandou um áudio.-
Coloco café na xícara e tomo um gole, ele começa a comer digitando rápido dando uma pequena olhadinha no meu rosto.
Riquiz: pq ficou tão tilt das ideias depois desse bagulho? O seu jeito de ser, demonstrava que não iria ficar assim, tu tem cara de putão que come sem ligar
– assim você fere meus sentimentos! -Ele revirou os olhos ainda concentrado no celular. - Você foi a segunda pessoa “ virgem “ que eu transei. Claro, da pica você não é, mas de lá trás era. -Encarei seu dedo do meio que ficou bem perto do meu rosto.-
Riquiz: segundo é? Tua primeira foi tua ex mulher? -Neguei dando uma mordida no sanduíche. -
– Jéssica não era virgem quando comecei a namorar com ela. A primeira pessoa foi minha namorada lá em Barcelona, ambos tinham 15 anos e se perderam um com o outro. Depois que eu fiquei no Brasil, só fiquei com mulheres que já não eram virgem em todos os sentidos.
Riquiz: tendi, e aonde eu tô nisso?
– você já pode ter transando com muitas pessoas, mas nunca deu o seu cu, porra! -Falei impaciente.- por isso eu fiquei péssimo, eu jurei para mim mesmo que nunca ia fazer o que eu fiz quando tirasse a virgindade de alguém. E eu tirei a sua, fui totalmente filho da puta!
Riquiz: ihhh, e tu vai fazer o que? Falar que vai assumir e vai morar comigo? Ou namorar comigo?
– Quer que eu te peça em casamento? Eu me responsabilizo por ter tirado sua virgindade.- Ele Semicerrou os olhos dando uma risada. -
Riquiz: brinca muito, vou piar pq tô cheio de b.o pra resolver.- Levantou pegando o último pão.-
Ele beijou minha bochecha e virou ajeitando algo na cintura.
Riquiz: ah, mais um bagulho.- Virou o corpo.- eu ia recusar se pedisse em casamento, mó bagulho tilt.
Deu uma piscadela e saiu mordendo o pão.