Exchange of Love - BEAUANY

Chapter eight

{Josh Beauchamp}

Segunda feira- 09:20am

Voltamos à realidade, que é trabalhar. Infelizmente, a vida não é um morango e eu tenho que manter a casa, além de cuidar de uma criança de três anos que, em breve, fará quatro...

Eu não posso acreditar nisso. Até ontem, ela era somente um pinguinho de gente, e ainda é, mas agora um pouco “maior”.

Olhava um quadro com uma foto minha e dela na sala, nós dois sorrindo. E essa é minha motivação diária para continuar. Para dar o melhor a ela, poder oferecer tudo o que ela precisa. O que eu puder fazer para proporcionar o bom e o melhor para minha pequena, estarei fazendo, sem pensar duas vezes!

Meus pensamentos se afastaram de Chloe e eu me vi pensando na Any e no nosso beijo, que, por sinal, desde sábado não conversamos sobre esse acontecimento.

Mas o beijo não saía da minha mente, nem por um segundo. Foi algo tão bom... Ter seus lábios encostados nos meus, sentir o doce gosto de sua boca, é algo que martela sem parar na minha cabeça, e até agora, deixou aquele gosto de quero mais.

O que essa mulher fez comigo não é normal. Me deixou querendo mais... Nem minha ex teve essa capacidade, e olha que eu era apaixonado por ela!

Espero ter a oportunidade de conversar com ela sobre esse beijo, porque, de verdade, eu não quero pensar que isso foi um erro e achar que ela não gostou.

Meus pensamentos foram interrompidos pela porta sendo aberta por nada mais e nada menos que Olivia, mãe da minha filha, que eu não via há anos e que nem ao menos manda mensagem para perguntar sobre a própria filha.

– Que isso? Agora isso aqui virou bagunça? – perguntei, irritado, levantando-me.

– Eu precisava falar com você, Joshua, só que você não olha o celular e não vê minhas mensagens! – Olivia exclamou, cruzando os braços.

– E precisa entrar na minha sala dessa forma? Não vê que estou ocupado? E se eu estivesse em reunião?

Ela deu de ombros e fechou a porta, acho que o escritório inteiro ouviu nossa conversa.

– Você não mudou nada, né? – ela riu sarcasticamente. – Continua o mesmo de sempre, sempre dando prioridade ao seu trabalho!

– Óbvio, pois eu tenho uma filha para criar! – respondi ríspido.

– Quer dizer nossa filha, Joshua, ela nasceu de mim!

Eu ri, não acreditando no que acabara de ouvir.

– Mas você não a criou, você não fez parte do crescimento dela e não foi presente na vida dela. A única coisa que você fez foi gerar ela por nove meses, só isso!

– Josh, eu tive meus motivos... – Olivia falou, em um tom cabisbaixo, parecendo um pouco arrependida.

– Não quero saber dos seus motivos. E acho que você não veio aqui para isso, certo? – comentei, organizando alguns papéis sobre a mesa. – Seja breve, por favor, pois tenho mais o que fazer.

– Bom... Eu voltei porque quero ver como está a Chloe!

– Ela está ótima. E acho que ela não precisa da sua visita. Então, pode voltar para o lugar de onde você veio.

– Não, eu sou a mãe dela, Joshua, e tenho total direito de vê-la e saber como ela está! – Olivia tentou se defender.

Minha paciência se esgotou nesse momento. A palavra “direito” saindo da boca dela não soava bem.