015.

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Tão querendo atrasar nóis, mas não vai rolar.

Sexta-feira | Rio de Janeiro
Renato Cardoso. Rw

Point of view.

Do camarote eu via perfeitamente o baile, conseguia prestar atenção em cada mínimo detalhe.

Senti meu celular vibrar no bolso, e tirei vendo uma mensagem de um dos vapores que mandei ficar na cola da Arielly. Caso a retardada tentasse aprontar algo pela minha ação.

"A mina conversou com o Ph hoje de frente á tabacaria do Claudin." xxx.

Só agradeci e desliguei o celular voltando meu olhar pra frente.

Eu sabia que ela iria aceitar, era apenas questão de tempo.

— Rw, quanto tempo. — ouço uma voz e me viro, vendo a Bianca me olhar de cima a baixo com o desejo no olhar, sorrio de lado, chamando ela com a mão que vem devagar se sentando no meu colo. — achei que não ia render mais pra mim. — ela faz bico e eu dou um selinho.

— Acha mermo que não? Tu é toda boa, po. Como que não rende. — joguei e ela faltou abrir as pernas e gritar um me come ali mesmo. Bianca segurou meu pescoço e grudou minha testa com a dela.

— Vamos embora, tô sedenta por você. — ela passa a mão no meu pau, por cima da calça me fazendo ficar exitado.

Por um segundo, acabo desviando o olhar dela e olhando lá pra baixo, batendo meus olhos na doida que rebolava aquela bunda gostosa bem na minha direção.

— Rw... — Volto a minha atenção para a Morena no meu colo. — eai? — coloco minhas mãos na sua cintura, erguendo seu corpo e tirando de cima de mim. — qual foi?

— Tô com uns bagulho pra resolver, mais tarde passo na tua casa, falow? — ela cruza os braços e dá as costas me fazendo encostar na grande e levar o copo para a boca, voltando a admirar a beldade.

Vi exatamente, o momento em que um moloque chegou nela e ela negou, apontando para a mão. Ele se aproximou denovo, falou algo no ouvido e saiu. Arielly voltou a dançar, e eu tirei o radinho do bolso, pedindo para os dois meno da segurança buscarem as três pro camarote.

— Rw. — me viro vendo o Gw me olhando. — chamou as três por que? — Guilherme tava no plantão hoje, então tava de serviço. E acabei esquecendo que a maluca é prima dele.

— Lá em baixo tá tumultuado, me agradece depois. — levo o copo pra boca, vendo ele erguer o olhar. Guilherme não era burro, sabia que eu tava na intenção. — fica tranquilo, po. — ele concorda e sai de perto.

"As mina recusou, patrão. " Ouço falarem no raidinho e tiro meu celular do bolso, indo no Instagram.

"Te dou cinco minutos pra tu brotar aqui." Cardosorj_

Ela já tava com o celular na mão, a tela brilhou e ela desbloqueou. Arielly levantou o olhar, encontrando o meu rapidinho. Ela fechou a cara na hora e eu mandei um beijo, se virou e falou com as meninas.

O corpo gostoso dela se virou, andou com as duas do lado, a cada andada era uma quebra de pescoço fudida.

Te falar aqui, Ph teve sorte, segurou a mina por quase cinco anos.

Ela entrou no camarote na calada, me olhou firme e eu levantei o copo em forma de comprimento dando um sorriso de lado. Karine disse algo no ouvido dela e puxou a Maria Júlia para a onde o Teco estava. Arielly caminhou até mim, e parou exatamente na minha frente, fazendo meus olhos percorrem todo o corpo e cada detalhe do rosto.

— O que quer comigo? — pergunta seria, dei um gole no whisky e olhei seus olhos.

— Senta aqui po. — aponto com a cabeça para o sofá do lado e ela se nega. — qual foi, Ariel.

— Arielly. — me corrige toda na postura. — Te falar aqui, Renato. Manda logo o teu papo e me diz o que tenho que tirar do Pedro pra você poder me deixar em paz.

— Falou minha língua agora. — passo a língua nos lábios sentindo o gosto forte da bebida. Mas nem pude terminar de falar, um vapor chegou na neura.

— Polícia tá querendo subir aí, Rw. — ele coça a nuca e vejo por canto de olho a Arielly arregalar os olhos e olhar para as meninas que estavam no canto.

— Evacua o baile e reforça a contenção de lá de baixo. — me levanto deixando o copo de lado. — ces tá ligado de como funciona, de resto é só fazer o combinado, sem cabeça quente. — pego o fuzil da mão dele e passo a bandoleira pelo pescoço, guardando a Glock na cintura. — tem informação?

— Dois blindado, Carlão já tá a parte. — nego com a cabeça já nervoso, o bagulho antes de chegar na minha já tá no Carlão que nem aqui no morro não tá.

Pego o radinho na cintura e aperto o botão pra dar voz pros moloque.

— É o seguinte... — começo. — Baile acabou, desliguem o som e deem o toque de recolher agora. — ordeno e ja vejo o furdunço tanto aqui em cima quanto la em baixo. — esses pau no cu não vão subir. — tento tranquilizar um bagulho que eu ainda nem tava 100 por cento a parte. — quero todo mundo na atividade sem caô.

Não me alongo muito porque todo mundo ja sabe da propria conduta e o que tem que fazer. Toda sexta-feira tem baile, a gente pensa em cada mínima chance de dar merda. Não é a primeira vez que esses caras tenta subir em dia de baile e nem vai ser a última vez. Querem derrubar nóis a todo custo.

Foi só eu desligar o raidinho e guardar na cintura novamente que o barulho de fogos no céu substituiu o funk.

Aí que começou a correria, funcionários começaram a evacuar a área, e a mulvuca tomou conta.

— Puta que pariu. — ouço a voz da Arielly. Ela se virou pronta pra ir nas meninas e eu segurei o braço dela. — me solta, Renato. Tá maluco?

Eu odiava esse bagulho dela me chamar pelo nome, é uma tiração e uma liberdade que ela não tem.

— Vou mandar levar tu e tuas amigas pra casa, toque de recolher, mas tudo na calma. Beleza? — ela concorda e vejo sua respiração desregulada. — Baco, leva ela e as amigas pra casa. Segurança delas tá na tua responsa. — chamo ele que concorda, solto a mão dela que me olha pela última vez, se vira e sai com o Baco indo até as meninas.

•••

Pergunta interativa, quantos anos vocês tem?

M.

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