catorce

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Acordo com Alexia já em pé se arrumando

- onde vai ? - me sento na cama desnorteada

- resolver as coisas com o advogado - ela fala arrumando sua blusa e vindo me dar um selinho

- mas você tá com o papel - desvio do selinho

- não, já aceitei que isso vai pra justiça mas vamos dar um jeito de não ir, linda eu tô atrasada - segura meu rosto e me dá um selinho - te amo, vou tentar voltar o mais rápido que eu conseguir

Ela dá um beijo na cabeça da bebê e sai do quarto, ainda desnorteada vou até o banheiro e faço minhas higienes, volto pegando a bebê que procurava o calor de alguém

Dou mama pra ela enquanto ligo a televisão, o sono é grande ainda mas persisto ali para a bebê em meu colo não tombar ou se machucar
Pego meu celular agonia e ligo para Luiza, que não me atende

Mando mensagem pra ela e nada, o gael tem aula nesse horário, então ela já acordou, a bebê no meu colo fica agoniada, levanto a mesma bato em suas costas, mas continua agoniada

- filha você tá engasgada ?- falo me levantando com um certo desespero ao perceber a agonia da bebê

Levanto indo até o quarto da minha madrinha, bato na porta e ela responde

- bom dia - ela fala tranquila na varanda fumando - é o único em três dias eu mereço né - ela se refere ao cigarro

- madrinha me ajuda - vou até ela com um certo desespero fazendo a mesma jogar o cigarro fora assustada, ela pega a bebê bate nas costas da bebê um pouco mais forte que eu bati e a bebê da uma tosse e começa a chorar

- pronto - minha madrinha abraça a bebê - passou, é normal isso acontecer ela é muito pequena ainda

- não é normal - pego ela no colo para acalmar a balançando e minhas lágrimas caem - minha mãe não deixou isso acontecer comigo

- claro que ela deixou, era cada coisa que acontecia que se eu te contar - ela dá uma risada e vem até mim - calma você tá aprendendo a ser mãe também, por que tá tão nervosa? Você não é assim

- tá acontecendo muita coisa que não era pra acontecer - respiro fundo vendo que a bebê se acalmou e me sento em sua cama

- Camila? - Ela me chama e eu olho para seu rosto - qual é a coisa que você mais fala ?

- que tudo acontece por um motivo - falo olhando para a bebê parecia estar agoniada por eu estar agoniada - mas agora não é bem assim madrinha

- e por que não? - ela me pergunta se sentando ao meu lado

- porque tenho minha família e só tá acontecendo coisa ruim até agora

- querida você tem tudo, mesmo perdendo você está ganhando, seja forte menina, você já tem sua vitória mas nem sempre a vitória é o fim da luta

Ela fala isso, me dá um beijo na cabeça e entra para o banheiro, vou para meu quarto para trocar a bebê, passa um tempo que fico ali conversando com a esverdeada que estava com os olhinhos prestando atenção em casa movimento
A pediatra falou que isso é normal mas que é avançado para a idade dela

- cadê a mamãe filha - ela dá um sorriso - você gosta daquela loira aguada ?

Dou um beijo na bochecha da bebê e meu celular apita

( Vou ir pra justiça, já foi enviado)

- puta merda filha, a gente tá ferrada - pego a menor no colo e vou até a biblioteca

Coloco alia no sofá entre minhas pernas e logo pras meninas que dizem que vão aparecer daqui a alguns minutos

Ligo para Luiza e ela recusa a ligação, mando apenas uma mensagem

( Luiza, quero o papel, sem gracinha se não o casco vai ser mais embaixo )

A manhã foi assim, deixei a bebê com minha madrinha e fui descansar minha cabeça na academia, estava sentada na bicicleta com a cabeça baixa respirando, quando sinto um tapa na bunda

- olha a graça Alexia - tiro meu fone e ela ri dou um selinho na mesma que tira o sorriso do rosto mas abraço minha cintura - iai como foi lá?

- Difícil, vou ter afastamento dos treinos e jogos - eu sabia o quanto isso iria afetar no psicológico de Alexia

- ah bebê, isso vai dar certo - abraço seu pescoço e ela me dá um beijo no ombro, me sustentando e me tirando na cadeira da bicicleta

- já tomou café? - aceno com a cabeça e ela me dá um beijo - tá tudo bem?

- tá amor eu só tô pensando em tudo isso - confesso batendo a mão em minha perna, pego minha garrafa de água do chão e tomo a água ali - "tudo tem um porque" mas agora nada tá fazendo sentido

- eu sei mas - ela tenta arrumar explicação mas não consegue e me chama com a mão enquanto senta no banco que tinha ali, vou até ela que me dá um abraço apertado - a gente consegue, tá nessa comigo?

- claro que eu tô, sempre vou estar - entrelaçamos o dedinho e damos um beijo na mão como juramento, ela deita a cabeça em meu ombro e faço carinho em seus cabelos loiros enquanto sentia seu carinho em minha perna

Passamos um tempo no silencio reconfortante até decidimos voltar para a sala onde a pequena estava, escutamos a madrinha conversando com alia e decido não atrapalhar, subimos tomamos um banho e descemos novamente

Pego a bebê e fico com ela na mesa para ter certeza se Alexia vai tomar seu café ou vai só enrolar, ficamos ali conversando com minha madrinha que contava história da nossa família para Alexia, foi ela que fez nossa manhã mais leve

As vezes as respostas demoram pra chegar mas elas chegam, nem se for com o vento

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Oi gentee

Não está revisado então me perdoem os erros

Boa leitura, bjss




Alexia putellas - conexão Where stories live. Discover now