Lembro-me como se fosse ontem, de quando os meus pés tocavam aquela água azul, morna, calma e leve, e eu lembrava o quanto eu era feliz, mas eu não superei o fato de que fui, um dia, feliz. Esse tempo não é distante, não se fizera apenas quatro anos, e já não sou mais o mesmo. Meu objetivo é, em algum momento desta existência, lembrar-me de mim mesmo, de criar novas versões de mim, de viver, uma vez que já não sou mais o mesmo. Eu, próprio, com minhas particularidades, sou o que esperam de mim. Sou uma réplica do que é mais visto pela sociedade. Já não posso ser eu. Já não posso seguir um caminho que não me encontra. Já não posso mais tocar na água e lembrar que virei um desastre. O que aconteceu desde a infância até aqui? A realidade mudou, nada mais do que um ano. Tudo é uma grande ilusão, uma mentira, e eu não aprendi a deixar de ser um mentiroso.
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MIL VIDAS
PoetryVocê já teve a coragem de se perguntar: "Quem Sou Eu?" O que é a vida e como buscar a sua verdadeira identidade? Qual é a sua missão neste mundo tão vasto? Em "Mil Vidas," a diversidade de gêneros literários busca revelar a essência da alma humana...
