capítulo VII

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Acabo dormindo em seus braços, não nos falamos depois do ocorrido. Eu ainda não estava acreditando que aquilo realmente aconteceu, tudo foi tão rápido. Eu facilmente colocaria na minha cabeça que aquilo foi somente um sonho, mas quando eu acordei abraçado com ele, tive certeza de que era real. levantei um pouco a cabeça para ver se ele estava dormindo ou não levemente para não o acordar. Para minha surpresa, ele ainda estava com os olhos fechados. Fiquei  olhando-o dormir enquanto pensava "ele realmente quis me beijar?l Ele já havia me falado que era hétero, tudo bem que ele pode se descobrir e tals, mas eu não esperava isso acontecer justamente comigo, porque comigo? Porque ele me beijou? Ele gosta de mim? Impossível, ninguém gosta de uma pessoa como eu. Ainda mais em tão pouco tempo"
Meus pensamentos foram cortados ao perceber que dois pares de olhos azuis me observando atentamente.
Ele percebe que eu estava acordado e me envolve mais ainda em seus braços.

—Bom dia — Sua voz grossa e ao mesmo tempo rouca fizeram me arrepiar todo

Ao sentir seus braços ao meu redor, um calor reconfortante envolveu meu corpo, dissipando um pouco da confusão que se instalara em minha mente. Seus olhos, agora abertos, encontraram os meus, transmitindo uma calma reconfortante.

— Bom dia — respondi, tentando manter minha voz estável, apesar das emoções fortes.

Ainda abraçados, ficamos em silêncio por um momento, como se estivéssemos tentando processar o que aconteceu. Então, Arthur quebrou o silêncio

— Desculpa se te assustei com o que aconteceu ontem à noite.

Sua sinceridade me surpreendeu. Ele parecia tão vulnerável naquele momento.

— Não precisa se desculpar. Eu... também não sei o que dizer.

Nossos olhares se encontraram novamente, carregados de uma mistura de incerteza e curiosidade.

— Eu sei que pode parecer estranho, mas... Eu gostei daquilo — Arthur disse, sua voz soando hesitante.

Meu coração deu um salto ao ouvir suas palavras. Ele gostou? Ele realmente sentiu o mesmo que eu?

— Eu também gostei — admiti, sentindo um nó na garganta ao expressar meus sentimentos em voz alta.

Um sorriso surgiu no rosto dele iluminando seus olhos .

— Então... podemos tentar de novo? — ele perguntou, a esperança evidente em sua voz.

Meu coração acelerou com a possibilidade. Sem dizer uma palavra, virei-me na direção dele, capturando seus lábios em um beijo suave.
Naquele momento, tudo ao nosso redor parecia desaparecer, deixando apenas nós dois, juntos, explorando esse novo território emocional. E eu percebi que, talvez, não fosse tão impossível assim alguém gostar de mim. Afinal, ali estava Arthur, demonstrando seu carinho e afeto de uma maneira que eu nunca poderia ter imaginado.
Nós nos afastamos, como estava de manhã, não pudemos ficar abraçados igual a noite passada.
Vários pensamentos vieram à minha mente, se isso era real ou não, se eu merecia passar por tudo aquilo em tão pouco tempo, porque tão de repente assim? Ainda não havia caído minha ficha que nós nos beijamos, eu ainda nem tenho certeza que eu gosto dele.
Arthur se levantou da cama ainda meio sonolento, se espreguiçou e foi abrir a janela.
Assim que abriu, os raios de sol foram diretamente na minha cara me fazendo cobrir meus olhos com minhas mãos. A sensação dos raios do sol nos meus olhos era como minha situação atual, são gostosos de sentir mas não posso sentir por muito tempo se não iria me machucar.. talvez eu estivesse pensando de mais igual todos os dias em minha vida, ou talvez eu esteja me privando das coisas..
Arthur volta da janela e se aproxima da cama, parecendo mais desperto agora.

— Desculpe, eu não queria te acordar com o sol. Vou fechar um pouco as cortinas — ele diz, indo em direção à janela.

O observo se movendo pela sala, percebendo como ele parecia em casa em seu próprio espaço. Enquanto ele fecha as cortinas, aproveito para pensar um pouco mais sobre o que aconteceu.
Por que estou tão preocupado? Por que estou questionando tanto meus sentimentos quanto as intenções de Arthur? Talvez seja apenas medo.. medo de me machucar novamente.
Quando Arthur se vira para mim, vejo uma expressão suave em seu rosto.

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