CPPE - Narusasu

8

- Mas já não tivemos ela?

Fechei os olhos. E se eu só... contasse tudo? Ele me odiaria? Teria medo de mim? Fugiria para longe? O que a CEEP faria com ele? Comigo? Ele viveria com medo, sem conseguir sair na rua, pensando que as pessoas que queriam matar ele, estavam bem ali. E estavam mesmo, mas viver assim seria uma merda.

- Esquece. - Ri fraco, puxando sua mão para deixar mais um beijo. - É viagem minha.

- Amor, mas...

- Esquece isso, Sas. - Pedi, olhando em seus olhos. O que eu esperava? Nem meu nome poderia ser dito no altar mesmo. - Vem, vamos para a praia.

Dei a volta no carro enquanto ele me olhava de cenho franzido. Abri a porta para ele e ele sorriu de novo, mas não me deu um beijo de agradecimento. Fiquei desapontado. Peguei as duas cestas e fomos para a areia.

Ele inspirou fundo enquanto olhava toda a vista linda e eu arrumava a toalha e as outras coisas. Meu celular apitou e Tobirama só estava avisando que iria levar Izuna para um encontro também, então a casa ficaria vazia por um tempo.

- Muito lindo aqui, amor. - Sasuke sorriu, se sentando de frente para mim.

- Não mais que você. - Estiquei a mão, fazendo carinho em sua bochecha rosada, que ficou mais rosada com o comentário. - Nada chega aos seus pés.

- Amor. - Ele riu, constrangido.

- Tô falando a verdade. - Dei de ombros. - Quando te vi pela primeira vez, fiquei sem ar. Eu não acreditava em anjos, até então.

- Você melhorou com as cantadas. - Ele atirou brincalhão e eu sorri fraco, agradecendo. - O que trouxe de bom?

Comemos enquanto conversávamos e riamos. Foi perfeito. Passar esse tempo com ele, como se fossemos normais, era o que eu queria para a minha vida. Queria uma familia com ele, era doideira demais? Talvez fosse, nunca gostei de crianças. Mas de repente, tudo e qualquer experiencia de uma vida normal, eu queria realizar com ele. So com ele. Sempre com ele.

Quando anoiteceu, pedi para ele tirar os calçados e fomos até a agua. Estava meio gelada, mas estava gostosa. Ele deu um gritinho feliz e chutou o liquido com força, molhando a gente até os joelhos. Eu ri disso e o puxei para mim pela cintura.

- Sas. - Chamei, olhando no fundo de seus olhos tão hipnotizadores. - Eu sei que é besteira, mas você gosta mais de mim agora do que antes?

- Sim, mil vezes sim. - Respondeu, todo sorridente. Meu coração disparou feliz.

- Me promete uma coisa?

- Qualquer coisa.

- Isso vai ser pra sempre. - Pedi. - Independentemente do que aconteça, vamos ficar juntos.

Sasuke me olhou mais intensamente de novo antes de me puxar para um beijo ardente. O trouxe para mais perto pela cintura e o Uchiha gemeu baixinho quando mordi seu lábio inferior e o puxei.

- Casa. - Ele sussurrou, ofegante. - Vamos pra casa.

Sorri, assentindo. Ajuntamos todas as coisas bem depressa. Deixei as cestas no carro e parei de andar quando meu celular vibrou. Era Tobirama. Pensei em ignorar, estava sedento por Sasuke e queria chegar logo em casa, mas e se fosse algo sério?

- Alô? - Falei meio impaciente e Sasuke riu baixinho, me abraçando pela cintura.

- Naruto! Nos acharam! - Tobirama gritou do outro lado da linha, o som de tiroteio me fez ficar tenso. - Acho que sabem de vocês também! Precisam sair dai agora! São muitos e-

A ligação caiu de um segundo para o outro e meu coração disparado fez Sasuke me olhar confuso. Meus dedos tremiam e olhei para meu marido com apreensão, precisava salvar Tobirama e Izuna, mas antes tinha que deixa-lo em segurança e-