Conversa Com Saulo - O Soldado Favorito do Sargento

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Introdução

Eu já estava escrevendo a história de Leo quando a do soldado chegou. No meio disso, publicava em contos pequenas aventuras enviadas, era uma maneira de respirar e pegar fôlego para contar histórias mais intensas. Não sei se é a forma correta de escrever, mas foi assim.

Quando escutei Saulo, imaginei como relatar tudo sem comprometer alguém, afinal era uma situação diferente, pelo menos para mim.

No início, a ideia era contar a história para instigar mesmo, mas também foi uma história de amor. E amor e sexo podem, devem e vão estar juntos! Então mandei ver: vai ter detalhes de tudo, do sexo ao sentimento, das relações às ações e tudo o que puder ser dito, vai ser!

Não entrei em detalhes desnecessários para não ficar cansativo. Vinte capítulos seriam o suficiente pelo espaço temporal que aconteceu o relato.

Por ser uma história real, como todas, várias situações foram adaptadas, inclusive sobre locais, pessoas e situações, evitando não expor o que fosse possível. Foi relatado a parte pessoal, deixando de lado as atividades de trabalho, pois, não era o foco, foi apenas o cenário de uma história de amor e de aventuras, que poderiam ter acontecido em qualquer local.

Tem também a questão da fantasia. Foi e é bom estimular a fantasia, o desejo, enfim, o que mais importa foi a história de amor, que começou de maneira inusitada e terminou de maneira inesperada. As passagens de sexo foram necessárias para ficasse bem entendido a situação que era vivida por todos envolvidos e, evidente, para fazer o leitor fantasiar, querer estar em um lugar com aquele ou ser um dos personagens. Não seria maravilhoso fazer parte desta história?

Recebi material para novas histórias com o mesmo cenário, o que ficaria repetitivo, mas podem virar contos. Quando aparecer uma história fora da curva, como foi a de Saulo, vai ser contada.

Junto com relatos, chegaram perguntas. Fiz questão de enviar para Saulo e escolhemos e ou resumimos em algumas que podem abranger todas. As mais ousadas ou indiscretas, por motivo de privacidade, não foram incluídas. Sigilo faz parte do combinado.

Vamos às perguntas e comentários!

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Leitor:

Você e o sargento ainda estão juntos?

Saulo:

Sim, há mais de cinco anos e continuamos da mesma maneira: relacionamento fechado e discreto. Não levantamos bandeira por não ser da nossa natureza, mas defendemos a comunidade LGBT da maneira que podemos, dando apoio, acolhimento e informação, dentro e fora do ambiente de trabalho. Não queremos ser símbolo de nada, queremos viver nossa vida e colaborar no que for possível. É muito importante a militância e o ativismo, e isso é feito da maneira de cada um.

Leitor:

No livro estão descritas todas as suas relações mesmo? Mesmo sendo um jovem assumido para si, por que teve tão poucas experiências?

Saulo:

Realmente é como está no livro. Conheci poucos homens. Sempre fui muito romântico e imaginava a vida assim. Claro que os hormônios da idade fazem a gente agir de maneira diferente, afinal temos necessidades e sexo é bom, né (risos). Sempre prezei pela qualidade e segurança e foi do jeito que foi. Acabei vivendo uma grande história de amor, totalmente diferente das ditas "tradicionais", mas foi a minha história de amor, que eu vivo até hoje. Não sinto falta de ter vivido mais aventuras, acho que meu casamento supre tudo isso.

Conversa com o SoldadoWhere stories live. Discover now