Capítulo quatro: Bem-vinda à tripulação, Taylor.

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Capítulo Quatro:

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Capítulo Quatro:

"As sereias bacantes não gostam realmente dos homens, e diz-se que isso ocorre porque seu único verdadeiro amor é seu Deus. Uma vez que veem um garoto no mar, é missão delas arrancar seu coração com as próprias mãos e oferecê-lo ao seu Deus. Existem duas maneiras de fazer isso: se o garoto sentir desejo por elas, ele é seduzido. Se ele não sentir, é atacado com dentes afiados. Quanto às mulheres, o tratamento é ligeiramente diferente: essas sereias pervertidas amam garotas virgens, por serem mais fáceis de atrair para suas orgias lascivas. Outras mulheres conseguem resistir ao seu encanto melhor e, se fizer o que elas querem por alguns minutos ou horas, pode conseguir sair livremente e na maior parte das vezes, ilesa." — Bacantes, as Sereias Sombrias.

O livro foi fechado assim que Elizabeth ouviu passos no lado de fora de sua cabine. Segundos depois, a cabeça de Gabriel na fresta da porta entreaberta apareceu, uma pergunta silenciosa em sua testa franzida. Com um aceno despreocupado da mão, Elizabeth o convidou a se aproximar.

Gabriel, de maneira descontraída, largou o corpo na cadeira em um suspiro de cansaço e apoiou as mãos atrás da cabeça. Elizabeth arqueou uma sobrancelha, mas não disse nada, e voltou a abrir o livro para verificar as demais informações que poderiam ser importantes para a missão da meia-noite.

— Está tudo pronto para Crefordge, — anunciou Gabriel, com os olhos castanhos perscrutando alguns objetos sobre a mesa. — Os canhões estão carregados, todos sabem suas posições e tenho certeza que vamos explodir algumas bacantes. Só falta você dar o sinal e colocar a loirinha lá dentro.

— Loirinha? — perguntou Elizabeth, com uma sobrancelha arqueada. — Você quer dizer, Taylor?

— Sua princesinha, sim.

Elizabeth fez um som de desdém.

— Ela não é minha "princesinha", Gab, — respondeu Elizabeth, revirando os olhos. Ela fechou o livro mais uma vez e massageou suas têmporas. — Ela é a filha mais nova de George Brauns. A princesa desaparecida sobre a qual estavam fofocando na ilha.

— Previsível — disse Gabriel com um encolher de ombros. Ele se levantou, andou ao redor da mesa e encontrou a antiga garrafa de uísque. Elizabeth revirou os olhos novamente. É claro que ele faria de sua cabine a casa dele. Ela o ouviu despejar o líquido em um copo e sentar-se na frente dela com um sorriso debochado. — Então, Adrian disse que ela estava aqui ontem à noite. Se divertiu?

— Oh, muito, — a ironia escorreu de sua boca. — ensinei a ela o que significa sexo.

Gabriel derramou sua bebida.

— Coitada — se Elizabeth não estivesse acostumada com suas palhaçadas por toda a vida, ela teria chutado ele para fora por pura irritação. Ele balançou a cabeça de maneira dramática e colocou a mão no peito. — Tão jovem e já corrompida por você.

Treacherous Sea • tswiftOnde histórias criam vida. Descubra agora