[HIATUS | EM ANDAMENTO]
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Um milhão de dólares pode comprar muitas coisas: um lince-ibérico para fazer um casaco de pele ou um terno de...
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Um arrepio o atravessou quando sentiu o calor se aproximar de sua nuca. Antes que pudesse reagir, um beijo estalado tocou sua pele, disparando pequenos choques que dançaram por sua espinha. Ele virou a cabeça devagar, já prevendo quem encontraria, enquanto um sorriso discreto escapava de seus lábios. Não teve tempo de dizer nada antes que os próprios lábios fossem capturados em um toque breve, mas firme.
— Sabia que você encontraria esse lugar cedo ou tarde — murmurou o contrabandista, a voz tão próxima que suas palavras pareciam se dissolver na respiração compartilhada.
Jungkook piscou, ainda sentindo o gosto daquele instante, e o viu caminhar até a beirada do batente da varanda. O vento agitou os fios dourados de seu cabelo, e ele parecia pertencer àquela paisagem, como se tivesse sido esculpido para estar ali.
— Nunca tinha vindo aqui, sabia? — Jimin comentou, com os olhos brilhando ao observar a Ponte Golden Gate se estender imponente no horizonte.
O jornalista se apoiou no batente ao lado dele, acompanhando o olhar. — A vista é incrível. Você deveria aproveitar mais.
Ele desviou os olhos da ponte para observar Jimin, a silhueta do homem iluminada pelo céu alaranjado. Por um instante, deixou-se lembrar que aquele cenário de luxo, o apartamento na cobertura, o silêncio ao redor — tudo aquilo era fruto de uma vida que Jimin construiu às sombras, longe de julgamentos, mas também distante de qualquer paz verdadeira.
— Estou aqui sozinho há quase uma hora. Nenhuma alma viva apareceu — acrescentou.
O prédio ainda cheirava a tinta fresca, com poucas unidades ocupadas. O apartamento, na verdade, pertencia a Namjoon, que o comprara direto na planta pouco antes de desaparecer na esteira de problemas legais na Coreia do Sul. Ninguém sabia como ele era, apenas o preço por sua cabeça: trinta mil dólares.
Jungkook balançou a cabeça, lembrando-se de como quase vendera aquela história para um tabloide. Na época, achou que seria fácil, mas algo em Jimin — o jeito como falava, o magnetismo que o cercava — o fez hesitar. O preço que pagou foi se perder completamente no mundo do Lynx.
Sentado à beira da piscina, Jungkook tirou as pernas da água e caminhou até Jimin, abraçando-o por trás. Os braços do outro eram firmes, definidos, e seus lábios pousaram em um beijo leve sobre o braço do jornalista.
— Você parece preocupado — murmurou o mais novo, com a voz baixa, próxima ao pescoço dele.
Jimin virou-se, seus olhos vagando como se buscassem uma resposta no vazio. Ele ergueu a mão, os dedos roçando um cacho rebelde no cabelo de Jungkook, que ele colocou atrás da orelha com uma delicadeza familiar.
— Sabe guardar segredo? — pergunto encontrando finalmente os olhos redondinhos de Jungkook.
O jornalista apenas assentiu, sabendo que qualquer resposta mais longa seria desnecessária. Ele já estava tão envolvido naquele jogo que segredos pareciam uma moeda de troca natural. A vida de antes havia ficado para trás desde o momento em que ouviu as palavras: "Bem-vindo à gangue do Lynx."