Capítulo dois: O que é isso, temos uma princesa a bordo?

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Capítulo dois:

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Capítulo dois:

O navio já havia zarpado quando a Capitã do Serpente da Alvorada, Elizabeth, e sua Mestre de Armas, Lúthienna, começaram a inquirir os prisioneiros capturados no começo da madrugada. Na aurora, havia uma brisa marítima suave e fresca, com o sol ainda esforçando-se para nascer por entre espessas nuvens lilás que cobriam o céu azulado feito um manto. As águas moviam-se com delicadeza. O navio tinha um balançar quase relaxante.

Diante da Capitã e da Mestre de Armas, homens uniformizados com o brasão do Império Norwich cintilando em seus peitos estavam ajoelhados e vendados no centro do convés aberto.

O Comandante da Guarnição Portuária de Montpar, responsável por liderar as forças de defesa à possíveis ataques foi o primeiro a ter que responder sobre o que aconteceu quando, outro capitão pirata, chamado Barba Vermelha, saqueou Montpar pela última vez; para onde ele foi enviado ao ser capturado, o que levou consigo, e o que o príncipe de Frostmoor estava tão interessado em proteger em alto mar a ponto de enviar dezenas de navios para o oriente cheios de pedras, correntes e ouro?

O Comandante não respondeu de maneira satisfatória para Elizabeth, então ela deixou que Lúthienna atravessasse uma bala em sua cabeça. O corpo foi atirado ao mar. Em seguida, veio o tenente com o qual Elizabeth lutou anteriormente e então o Capitão do Porto. Ele soube dizer que o príncipe George Brauns investiu uma considerável quantidade de norigans em uma fortaleza nas longínquas ilhas do Principado do Vale de Liansanoor.

Elizabeth indagou sobre a possível designação de Barba Vermelha para tal localidade; entretanto, o Capitão, por um infortúnio de seu breve destino, não pôde lhe proporcionar uma resposta esclarecedora. Logo, seu corpo, vítima de disparos, repousava nas águas.

Imbuída de confiança na enigmática captura de Barba Vermelha, na fortaleza oculta em terras estrangeiras e na certeza de que o mapa tão ansiado se entrelaçam numa intrincada trama de eventos e circunstâncias, ela continuou com suas perguntas e questionamentos até que os melhores homens do príncipe, designados a fortificar e proteger o porto de Montpar, estavam mortos.

Elizabeth inspirou profundamente, enchendo seus pulmões com a brisa salgada do oceano que permeava o convés. Com um grunhido de desdém, dirigiu seu olhar pela vastidão do horizonte oceânico.

— Inúteis, — resmungou Elizabeth, expressando sua frustração. Seu olhar perscrutador vagou pelo horizonte, perdendo-se na imensidão azul. — Como podem capturar um pirata e negligenciar a verificação de seus bolsos?

Lúthienna, a Mestre de Armas, colocou delicadamente uma mão adornada com tinta prata sobre o antebraço de Elizabeth, buscando oferecer consolo.

— Se não o fizeram, é porque tinham a certeza de que ele não estava com o mapa, — afirmou com calma, e Elizabeth assentiu, reconhecendo a evidência. — Essa fortaleza parece ser uma prisão peculiar, e se Barba Vermelha não fez contato até hoje, deve ser distinta das convencionais.

Treacherous Sea • tswiftOnde histórias criam vida. Descubra agora