Capítulo 14 - Imprevisibilidades pós-festa. Imprevisibilidades consentidas.

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Cap. 14 – Imprevisibilidades pós-festa.

     Imprevisibilidades consentidas.

Já eram quase cinco da manhã. Havíamos bebido muito, falado muita besteira, feito palhaçadas, estava na hora de ir embora. Não sei que destino os outros meninos tomaram, quando vi estava em um carro grande com o Louis. Ele ria bastante, e eu tentava não parecer uma louca na frente do motorista, o que não deve ter dado muito certo de qualquer jeito. Louis me pediu para falar o meu endereço, algo que eu, felizmente, lembrei sem esforço. Em alguns minutos estávamos na porta de casa, ele alegou que seria melhor se o carro entrasse na garagem, não entendi muito bem, mas acolhi o pedido e fui em casa pegar o controle. Larguei meu salto logo na sala e peguei um chinelo e desci somente com o controle nas mãos. Abri a garagem, que era subterrânea.  O carro parou bem no meio. Esperou o portão se fechar, então Louis saiu do carro. Ele pediu para que eu abrisse o portão novamente, e eu o fiz. O carro foi, ficamos então, eu e Louis, na garagem.

-Posso dormir aqui? – ele perguntou.

-Pode ué. – respondi imediatamente.

Pegamos o elevador rindo muito de tudo, comentando sobre as coisas doidas que haviam acontecido, a essa altura Harry era só mais um pedaço do quebra-cabeça que era aquela festa na minha mente. Muitas lembranças desconectadas, sobre pessoas e acontecimentos. Eu estava mal, digo, muito bêbada. Me deitei no sofá e via a sala girar, Louis estava na cozinha, voltou de lá com dois copos d´água.

-Não finja estar menos bêbado que eu. – disse ao aceitar a água.

 -E não estou mesmo. – ele disse nos fazendo rir.

-Onde os outros devem estar?

-Em algum canto desse planeta, sempre tem algum pós-festa... Mas só Deus toma conta, porque depois dessas festas não dá muito pra saber com quem eles vão acordar... Se é que você me entende.

-Credo Louis! Isso é uma coisa muito obscena de se dizer a um dama! Vou tentar arrumar nossa cama, se a sala parar de se mover, é claro, eu juro que chego ao quarto!

O chão sozinho não conseguia firmar meus passos, precisei do apoio das paredes, que patético. Chegando ao quarto, tirei a bagunça substancial que estava em cima da minha cama e coloquei tudo em cima da escrivaninha. Tentei abrir a bicama, mas desisti antes da metade, estava muito tonta. Joguei-me em cima da cama, olhava para o teto esperando pela volta dos meus sentidos.

(n/a: amores, coloquei uma música ali do lado, acho que ela pode combinar haha)

-E a nossa cama, sai ou não? – era Louis, levantei um pouco minha cabeça para vê-lo, estava encostado no vão da porta. Em seguida foi ao meu encontro e se deitou ao meu lado, ele também olhava para o teto.

-Noite maneira, não?

-Muito.

-Você estava magnífica, mesmo.

-Não estou mais? – impliquei.

-Continua maravilhosa. Eu vi, todos estavam dando em cima de você.

-Bem, talvez alguns... – confessei.

-Você estava incrível, tipo formatura vezes trinta. E olha que na formatura você estava linda...

-Caramba, formatura... Parece que foi ontem.

-Ontem, há um ano atrás, você quer dizer. – ele disse rindo.

-Você se lembra daquela noite? – perguntei.

-Me lembro de você... Estava perfeita, eu queria que você tivesse sido minha. – ele confessou de repente. Achei estranho, mas nem tanto. As coisas haviam saído da normalidade, aquele quarto parecia estar em outra dimensão, assim como minha cabeça.

-Jura? Só me lembro de você e a Hanna dançando juntinhos... Que ódio eu tinha daquilo. – disse rindo. – Mas como eu era boba...

-Não acredito, com ciúmes da Hanna, você?

-Eu gostava de você Louis. – admiti sem vergonha alguma e depois comecei a rir muito.

-Sabe, como no baile, eu queria que você tivesse sido minha essa noite... –suas palavras soavam natural para algo aparentemente tão anormal, mas o meu senso de normalidade já tinha ido há tempos. Assim como a minha noção.

- A noite ainda não acabou. – soltei quase sem pensar, de modo inconseqüente. Eu conhecia o Louis, depois de uma provocação dessas ele não relevaria.  Ele se virou de lado, seus olhos se ocupavam em me observar atentamente. Sua mão, uma apoiava sua cabeça e a outra acariciava meu rosto. Até que a parou sobre o meu pescoço, eu vi, ele se aproximava para um beijo, disse algo como “Louis, eu e você...”, foi o que consegui antes que ele pousasse seus lábios sobre os meus. Alguns segundos para que nossas bocas se reconhecessem, e que as línguas procurassem uma a outra. Intenso já de início. Sua língua fazia com a minha coisas que eu não conseguia acompanhar, me rendi, o beijo estava em seu controle. Suas mãos, pouco preocupavam-se em se controlar, ele a passava forte em minha cintura, indo até minhas pernas. Com uma das mãos sobre minhas costas ele me levantou. Estávamos sentados um de frente para o outro. Me coloquei de joelhos, acariciava suas costas. Seu beijo, era como antes, mas melhor. Muito melhor. Minha falta de controle era facilitada pelo efeito do álcool. Nos separamos para tomar fôlego. Ele me olhava como se estivesse hipnotizado, sua respiração estava ofegante. Adora o movimento de seu tórax e suas bochechas coradas. Sorri. Ele, como reflexo me puxou mais uma vez e me colocou sentada sobre suas pernas. Me abraçava forte, roubava beijos em meu  pescoço e sussurrava coisas em meu ouvido. Abri os botões de sua camisa um a um, e ao terminar ele jogou sua camisa no chão, e começou um beijo ainda mais intenso. Algum tempo depois ele me deitou novamente, ele procurava o fecho do meu vestido, mas disse entre beijos que ele não fizesse aquilo. O sol estava nascendo. O chamei para ver. Estávamos deitados, eu sobre seu tórax, olhávamos pela janela o sol despontando entre prédios. Seus olhos estavam pesados, se fechando constantemente, assim como os meus.

-Boa noite pequena. – ele disse e beijou minha testa. Havia então fechado permanentemente seus olhos e eu fecharia os meus em seguida.

A Melhor Amiga do LouisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora