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(1475 palavras.)
⠀Ela não parava de gritar.
Seus gritos ecoavam de uma maneira antinatural ao redor da Fortaleza Vermelha, todos podendo saber e ouvir a dor da rainha de um jeito que arrepiava qualquer um em empatia mútua. Os rugidos de Cersei Lannister pareciam menos como rugidos de uma leoa em glória e mais como o de um animal ferido, forçada a aguentar cada minuto de dor antes de sua morte chegar.
Por que ainda não veio? Pensava Jaime Lannister, uma preocupação frenética em seu coração que o deixava parado e inquieto ao lado de Cersei; a rainha nem mesmo o deixando escapar com o aperto que tinha como ferro quente em seu pulso, a inesperada força de mil homens o acorrentando ao lado dela.
— Por que ainda não veio? — Repetiu a pergunta ao Meistre Pycelle, que tinha braços cheios de sangue e uma expressão de concentração gelada no rosto, cinco servas rodando ao redor deles como gatas mães preocupadas, preparadas para qualquer movimento precipitado. — Faz cinco horas. Joffrey já nasceu e está saudável como um touro. Como a criança ainda não veio?
— Sor Jaime, Príncipe Joffrey estava na posição certa na hora certa. A criança que agora resta no útero de nossa Rainha é uma surpresa inédita para todos, incluindo eu, e que, infelizmente, não está na posição desejada e nem na hora mais perfeita. É preciso muito, muito cuidado, se quisermos preservar a saúde da Rainha e da criança real. — Mais uma vez, Meistre Pycelle diz, a voz no mesmo tom prático e coerente de antes, uma âncora que também prendia Jaime no lugar, incapaz de sair ou mover.
Cersei grita daquela maneira horripilante de novo, como se não houvesse desgaste para a garganta e som que vinha fazendo nas últimas horas; ela suava, as pernas tremiam e os olhos permaneciam fechados, cansada para qualquer movimento que não fosse involuntário à sua dor. No entanto, inexplicavelmente, ainda era a mulher mais bonita que Jaime já vira, e doía não poder demonstrar tal admiração sem os preciosos olhos esmeraldas, de igual tom que os seus próprios, o encarando em diversão e calor.
Por que você não vem, minha criança, e alivia a angústia que tua mãe agora carrega? Rezava de vez em vez na mente, apertando suavemente a mão que o segurava e engolindo as lágrimas que queriam se derramar. Por que não nos agracia com sua presença, e acalma a dor minha e de sua mãe com ela?
Ele sentia que a criança no corpo de sua irmã, a surpresa que ninguém esperava ou estava preparado, não havia de viver muito no mundo em que estavam. Toda essa situação o lembrava do primeiro parto que Cersei tivera, que durou tantas horas e deu quase igual dor à irmã, apenas para quando o bebê viesse a vida, ele chegasse morto, quente só pelo sangue que o cobria, e nada mais.
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𝐀𝐋𝐋 𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐔𝐑𝐘, got & pjo.
फैनफिक्शन𝐓𝐎𝐃𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐅𝐔́𝐑𝐈𝐀. | "Nico di Ângelo prefere arrancar seus dentes do que deixar sua fúria dominá-lo." ⠀EM QUE A ÚLTIMA RAINHA DAS TEMPESTADES não irá deixar o Rei da Longa Noite levar seu reinado em teus braços frios e mortos. A magia...