𝐄́ 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞

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- A gente sabe que você é um homem ocupado. - Love se manifesta, lançandome um olhar quase acusatório. Seus lábios estão cobertos por uma camada de batom vermelho. - Olha só! Parece que você cresceu pelo menos um centímetro!

Eu rio. É claro, precisam fazer piadas com a minha altura. Eu não ligo, de verdade. Sempre fui o cara mais baixo do grupo. Inclusive, a ciência diz que homens baixos são ideais para relacionamentos. Segundo a pesquisa, os mais baixinhos são os mais fiéis. De qualquer forma, não quero ficar me gabando.

Com uma rápida vistoria, vejo Arm, seu esposo - e a filha deles que, a propósito, é muito bonitinha. Vejo Porsche - que está realmente impressionado com a minha conquista -,Kinn, Tankhun, Love e Janhea. Também vejo rostos que ainda não conheço.

Vegas está sorrindo; não parece nervoso com a situação. Meu corpo continua tenso quando nos sentamos, e suponho que Vegas percebe porque faz um carinho em minha nuca - o que me pega desprevenido e me provoca arrepios de um jeito bom.

- Bom, eu disse que traria uma pessoa, então... Este é Vegas - Apresento-o.

Por algum motivo estranho, apresentar pessoas sempre me deixou meio nervoso. Talvez seja por conta da pressão de servir de ponte para dois ou mais desconhecidos.

- Prazer em conhecê-los. - Ele diz educadamente com um sorriso que alcança os olhos. Tenho certeza de que ele já conseguiu cativar todo mundo na mesa. - O Pete fala muito sobre vocês.

Não é mentira. Fiz questão de fazer um resumo da personalidade de cada um desta mesa para que ele não se sentisse tão perdido.

- O que ele disse? - Arm pergunta. - Deixa pra lá, não sei se quero mesmo saber. Só... não acredite nele. Este cara é malandro.

Todos riem.

É o suficiente para eu conseguir relaxar um pouco.

- Somos boas pessoas, eu juro! - Janhea diz. Ela sempre teve uma beleza inegável, e, com o passar dos anos, parece muito mais segura de si.

- Aquele é o Porsche, certo? - Vegas pergunta bem próximo ao meu ouvido, inclinando a cabeça para o meu melhor amigo.

Porsche devolve o olhar para nós. É engraçado como está impresso no semblante dele que está gostando da nossa brincadeira, ele tem uma espécie de poder que ninguém além de nós tem nesta mesa. O poder da verdade.

- Olha o jeito como ele olha pra gente - Cochicho de volta. - Parece orgulhoso.

Vegas ri soprado perto da minha orelha.

Interrompo a respiração imediatamente por puro reflexo e apoio os cotovelos sobre o tampo da mesa.

De repente, não sei o que fazer com as mãos.

A velocidade com que os meus amigos mudam de assunto é impressionante. Começamos falando sobre como o calor está maltratando todos nós sem piedade, sobre como, há anos, as matérias pareciam muito complexas do que na verdade são. Falamos sobre os filmes em cartaz nos cinemas (o que abriu possibilidade de marcarmos para assistir algo), e depois falamos sobre como o nosso antigo professor de filosofia provavelmente bebia antes de lecionar. Eu sempre desconfiei disso, mas nunca contei a ninguém. É engraçado saber agora que eu não era o único

𝐍𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 - 𝐕𝐞𝐠𝐚𝐬𝐩𝐞𝐭𝐞Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt