Capítulo 4 de 4.

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Notas do autor. 


A quem chegou até aqui, agradeço a companhia.

Espero que goste. Boa leitura.

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A delegacia de crimes sexuais era um corpo, e Gaara sempre foi a cabeça daquela estrutura física. Devido à sua competência em liderar dezenas de homens e mulheres dotados de personalidades tão distintas, nos últimos dez anos, a incidência de crimes de natureza sexual diminuiu consideravelmente em Tokyo. Shino sempre teve orgulho de trabalhar sob o comando do Sabaku. Isso era o que lhe vinha em mente, enquanto era levado por dois homens armados, até à sala de Kaguya Ōtsutsuki.

Quando seu comandante começou a arquitetar a Operação Aurora, eles só possuíam uma denúncia anônima, então os agentes da delegacia estavam no mais perfeito breu. Foram meses esperando pela Aurora, a claridade visível no céu antes do nascer do sol que indicava o começo do dia...

— Seja bem-vindo, senhor Inouye. — Kaguya o aguardava sentada numa cadeira, atrás de uma imponente e luxuosa mesa de mogno. A sua frente, havia um notebook onde ela digitava algo.

Aquela desgraçada possuía um perfil parecido com o de diversos outros criminosos que ajudou a prender ao longo dos seus quinze anos como policial. Embora não aparentasse num primeiro momento, a mulher compreendia o caráter ilícito de sua conduta, o que ela fazia ali era atuar, sem criticar os seus próprios atos. Todavia, no futuro, os crimes cometidos por ela contra a vida e dignidade sexual de muitas crianças e adolescente que passaram por suas mãos, causariam danos permanentes em suas vítimas. Ela precisava ser parada.

— Creio que queira fechar o negócio o quanto antes para poder desfrutar de seu banquete.

— Certamente — Shino respondeu sem rodeios, retirando um celular do bolso do smoking negro que vestia. — Vou lhe transferir o valor pelo lote agora mesmo...

— Por que tanta pressa? Guarde o aparelho. Sente-se. — Kaguya apontou para a cadeira diante de sua mesa, Shino, por outro lado, fez o que ela pediu. — Vamos fazer um brinde ao negócio que faremos essa noite. Kurenai nos sirva uma bebida — a kunoichi ordenou a comparsa, que se mantinha de pé ao seu lado.

A Yuhi foi até o bar que havia na parede à direita deles e preparou um drink para ambos. Ao servi-los, disse algo no ouvido da outra e saiu da sala, deixando-os com apenas um dos homens.

— Obrigado. — Para não levantar suspeitas, Shino agradeceu e tomou um gole da bebida. — Vamos ao que interessa.

O Aburame não podia perder mais tempo. Pensando nos minutos que havia deixado o salão, os trinta empresários que participaram da negociata, deviam estar saindo da Akatsuki. A emboscada dos agentes já deveria estar ocorrendo naquela altura. Se tudo acontecesse como o cronograma, aquele estabelecimento estaria cheio de policiais dali alguns instantes.

— Para onde transfiro a quantia?

Após um falso suspiro indignado, como se quisesse prolongar aquela conversa, Kaguya virou o notebook na direção dele. Shino desbloqueou o celular, preparando-se em seguida para efetuar o pagamento.

Através da câmera em seus óculos e da escuta, Shikamaru, Kankuro, Kakashi e seus homens, além de Gaara na delegacia com todo o seu contingente policial, todos estavam à espreita, vendo e ouvindo o que acontecia no interior daquela sala, aguardando apenas a finalização do negócio para agirem.

Operação AuroraWhere stories live. Discover now