𝐂𝐚𝐩 𝟓 | 𝐈𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐞𝐳𝐚𝐬.

Magsimula sa umpisa
                                    

— Peraí, que história é essa? - Pergunta a garota novamente, me olhando como se eu fosse doida. — Esse lance de Lindsey começou ontem?

— Sim. - Afirmo, respirando fundo e logo depois soltando o ar, a fim de me acalmar. — Quando pegaram a minha bolsa, eu sai procurando pelo lugar, quando um garoto me parou e me chamou de Lindsey. - Estreito os olhos, passando a mão na testa, tentando me lembrar de tudo o que aconteceu na noite passada. — Ele estava com um grupo de garotas, pareciam que eram fãs dessa tal de Lindsey. - Continuo em tom de brincadeira. — Ele falou o sobrenome dela, mas eu não me lembro.

— Espera aí. - Fala a garota, pressionando os seus joelhos no couro do assento e batendo a portinha da pequena janela com força.

— O que você vai fazer? - Questiono nervosa, sentindo o meu coração bater mais rápido cada vez que olhava para o rosto dela. — Eu espero que seja para tirar a gente desse car...

Antes que eu termine a minha fala, a portinha preta que cobria a pouca visão que dava para a frente do carro é aberta automaticamente, e logo o homem com roupas chamativas coloca o rosto entre a pequena brecha.

— Precisam de alguma coisa? - Pergunta o moço, estirando o beiço inferior para fora.

— Na verdade, sim. - Responde Gessy com um sorriso que se expandia em seus lábios. — A Lindsey esqueceu o nome do e-mail dela, você sabe qual é?

— lindseyberdinaze44@gmail.com - Fala o homem revirando os olhos.

— Obrigada! - Resmunga Gessy, fechando um pouco as pálpebras em um sorriso debochado.

A pequena janela é fechada novamente pelo controle nas mãos do motorista, fazendo a mulher ao meu lado levantar o dedo do meio sobre o ar. Quando conheci Gessy ontem pela manhã, tive a impressão de que ela não batia bem da cabeça, agora eu tenho total certeza disso. Ela se senta novamente no banco, pressionando um joelho em cima do outro.

— Agora vamos descobrir se você é Melissa Montenegro mesmo. - Brinca a mulher de cabelos castanhos, sorrindo para mim.

— Acho que seria meio improvável meus pais terem me trocado na maternidade. - Rebato em tom sarcástico, observando a mesma teclar as unhas enormes no celular, causando um barulho irritante. — Achou alguma coisa?

— Não me apresse, estou trabalhando. - Indaga, levando a taça de cristal aos lábios, enquanto mantém os olhos na tela. — FALA SÉRIO! - Exclama a garota em um grito surpreso, largando o objeto de suas mãos e derrubando todo o líquido no tapete macio do carro.

— O que foi? - Pergunto assustada pela reação dela, arregalando cada vez mais os olhos. — Você melou todo o tapete. - Reclamo, olhando para a mancha que havia deixado. — Vai ser horrível de tirar.

— Cala a boca. - Ordena a garota, com os olhos vidrados no celular e abrindo cada vez mais os lábios, de modo surpreso.

— Como é que é? - Balanço a cabeça para trás, estreitando as sobrancelhas pela ousadia dela. — Olha como você fala com...

— Olha isso. - Interrompe Gessy, antes que eu termine a minha reclamação, colocando a tela do aparelho em minha frente.

— Puta merda!

Arregalo meus olhos para o pequeno aparelho tecnológico em minhas mãos, sentindo os meus cílios encostarem nos pelos de minha sobrancelha. Desvio o olhar para Gessy, que compartilha a mesma reação que eu, e volto a olhar para o celular. Não é possível, como pode ser possível? Isso é geneticamente correto?

𝓟𝐞𝐫𝐝𝐢𝐳𝐢𝐨𝐧𝐞 ☀︎ 𝖣𝗋𝖾𝗐 𝖲𝗍𝖺𝗋𝗄𝖾𝗒Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon