O Experimento do Deus

Capítulo 28- Encontro com Satã

— Sentir raiva é um sentimento, pela forma que a matou e pela maneira que continuou a vingar-se em Belzebub ao longo desses anos prova que sentia algo sim, por ela — Ansel retruca num rosnado.

— A única coisa que me deixou com raiva foi ter sido trocado por você, mas isso nada tem a ver com amor, eu sou o ser mais perfeito criado pelo deus e mesmo assim ela preferiu você — Draco retruca sorrindo cruelmente.

Os olhos de Ansel ficaram em chamas após ouvir o irmão, sentia sua raiva a sufocando, era como se ele finalmente tivesse entendido que não existia nada que pudesse fazer, aquele ser não iria ser salvo.

— Não sabe o quanto me arrependo de não ter o matado imediatamente quando tive a chance — Ansel rosna para o irmão que abre um sorriso ao escutá-lo.

— É a prova que o amor é a pior arma que se pode usar, veja assim que eu conseguir infligir a pior dor que seu querido filho pode suportar, eu finalmente tomarei posse completa dele — Draco fala ocasionando em um espanto em ambos.

— O quê? — Ansel pergunta atordoado.

— Você mantém essa fé absurda que estou com seu filho por vingança por perder aquela vagabunda? — Draco pergunta sorrindo malicioso.

— Então o que é? — perguntou num fio de voz chamando a atenção em sua direção.

— Por conta do meu querido irmão, meu corpo seria destruído, achei uma oportunidade perfeita de continuar a viver, Belzebub é meu sangue, por isso consegui tomar posse dele, mesmo que não pudesse assumir o controle total... ainda — Draco resmunga fazendo-a olhar intrigada de Ansel para ele.

— Ainda? — perguntou com a voz trêmula.

— Eu divido o corpo com Belzebub, mas só consigo tomar posse enquanto ele está num estado de sono, apesar de toda a dor que ele sentiu sempre, nunca desistiu de me matar e isso deu forças para ele continuar, no entanto, se ele perder sua amada e seu filho... — Draco deixou a frase no ar.

As suas mãos foram por reflexo para seu ventre, os olhos dele ascenderam como se estivessem em chamas, era claro que se Belzebub sofresse uma perda assim, perderia completamente o restante de sanidade que restava e deixaria Draco no controle completo de seu corpo como ele sempre quis, era por isso que ele fazia Belzebub sofrer, ele queria-o completamente louco para que pudesse ficar frágil e deixar outra pessoa tomar conta de si.

— Eu o matarei antes disso! — Ansel rosna ocasionando em uma gargalhada em Draco.

— Sério?! Pois, pelo que eu sei não pode fazer nada além de cuidar desse monte de velharia, isso o faria desobedecer aos deuses a quem tanto gosta, então não pode lutar contra mim — Draco retruca sorrindo cruel.

— Sua luta é comigo! — fala chamando a atenção dele.

Um sorriso maligno cruza o rosto dele fazendo um longo arrepio cruzar pelo seu corpo, ele era o próprio caos, nunca em sua vida estivera perto de um ser com uma aura tão tenebrosa, sentira-se levemente com medo, mas não poderia deixá-lo destruir tudo que mais amava.

— Ele ficara completamente devastado ao matar o amor de sua vida e seu filho, não sabe o quanto eu agradeço a você por isso — Draco fala com os olhos em chamas em sua direção.

Seu corpo começa a tremer com o ódio que sentia por ele, por conta desse monstro, Bel perdeu tudo em sua vida, não iria permitir que deixasse ele fazer o que bem entendesse, aquele maldito se arrependeria do dia que nasceu.

— Devia ter contado a ele sobre a gravidez depois, talvez tivesse oportunidade de salvar o pirralho, mas não importa, pois, assim é bem melhor, o sangue de vocês irão escorrer por suas mãos por toda a eternidade — ele continua a provocar fazendo uma chama surgir em sua mão direita.