A Melhor Amiga do Louis

Capítulo 5 - Minha mãe, sua mãe, nossa mãe?

Cap. 5 - Minha mãe, sua mãe, nossa mãe?

No final de semana antes das aulas começarem minha mãe veio de Doncaster matar um pouquinho da saudade e me ajudar com algumas coisas em relação ao apartamento. Como eu sabia o quanto Lou amava a comida da minha mãe, liguei convidando-o para jantar aqui em casa.

-Eu não recusaria de jeito nenhum! A comida da tia Jenny é a melhor do mundo! - ele disse.

-Que horas é melhor pra você?

-Bem, nós temos ensaio até às 8, pode ser lá pras 8:30?

-Pode sim! Então, está combinado. Espero você! - então desligamos.

Havia exatamente uma semana desde que eu estive na casa do Lou, e desde então eu e ele só havíamos trocado mensagens. Os meninos eram muito ocupados. Como estavam no processo de gravação do primeiro álbum tinham ensaios todos os dias, além das mil entrevistas em rádios e revistas.

-Mãe, Lou vem jantar com a gente hoje! - disse animada. - Ele chega lá pras oito!

Falei pra ela sobre o dia que fui à casa dos meninos. Ela sabia tudo de One Direction! Assistia The X-Factor comigo e eu contava tudo deles pra ela! E a primeira coisa que ela perguntou foi "E o Harry, é tudo aquilo que você achava?". Bem, ela sabia da minha quedinha platônica pelo Harry nos tempos do programa.

-Ele é uma gracinha, mas não tem nada a ver, sabe mãe...

-Por acaso a senhorita está de paquera com o Louis de novo?- ela disse desconfiada.

-Não mãe, de jeito nenhum, aquilo passou já!

Bem, a verdade verdadeira é que por volta do primeiro ano do colegial, quando as festas e aquelas coisas de "ficar" começaram, eu e Louis em uma dessas festas adotamos aquele discurso de "Enjoy the moment (aproveitar o momento)". Os dois um pouco bêbados, ai foi. E só daquela vez mesmo. Na segunda-feira ele me pediu desculpas, disse que não era nada daquilo, que eu era a melhor amiga dele, etc. O problema é que eu, mesmo tendo aceitado e concordado com as desculpas, comecei, depois do ocorrido, a gostar dele como algo mais do que amigos. E isso se estendeu até meados do segundo ano quando conheci outro menino, Paul. Namoramos pouco menos de um ano, e por causa de alguns atritos (ele tinha ciúmes do Lou) terminamos. Hoje estou livre, leve e solta!

Lá pelas 7 horas ajudei minha mãe a encaminhar mais ou menos as coisas e depois fui me arrumar. Escolhi uma roupa confortável, mas ajeitadinha. Um short azul marinho de cintura alta e uma blusa branca estampada com a cor coral e uma rasteirinha dourada com strass. Meu cabelo, castanho ondulado, mais ou menos na altura do ombro, estava molhado, por isso o deixei solto.

Eram quase 8, minha mãe estava no banho quando meu celular vibrou na mesinha de cabeceira. Era uma mensagem do Lou:

"Estou levando Harry, tudo bem? Depois te explico."

Respondi que estava tudo bem, mas na verdade não sabia se estava tudo bem, então quando minha mãe saiu do banheiro a avisei:

-Mãe, Lou disse que vai trazer o Harry, tem problema?

-Não, é só a gente colocar mais macarrão pra cozinhar.

Eu tinha certeza absoluta que tinha visto um sorriso no rosto da minha mãe quando disse "Harry", mas preferi relevar.

Dez minutos depois do horário marcado o interfone toca.

-São os meninos! - Minha mãe disse. Nessa hora como reflexo me levantei e ajeitei as almofadas no sofá e olhei a sala para ver se encontrava algo fora do lugar. Tentei deixar a casa o mais apresentável possível, mas o meu quarto e sala nem chegava perto do palácio onde os meninos moravam. A cozinha era "junto" com a sala, sendo delimitada por uma bancada. O apartamento até que era moderninho, e eu tinha cuidado da decoração. Alguns quadros e fotos, abajur de lava gigante no canto que ficava no meu quarto em Doncaster. De casa também trouxe a TV de 40 polegadas. Por aqui mesmo tivemos que arrumar um sofá, que escolhemos preto, uma poltrona branca, uma mesinha de centro e uma mesa de jantar redonda para 5 pessoas. Dei uma última olhada e conclui que o apartamentinho até que tinha ficado bem bonitinho.