Capítulo Oito

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O punho de Yijin bate à porta três vezes

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O punho de Yijin bate à porta três vezes. Apesar do seu braço tremelicar pela ansiedade, ele mantém os ombros eretos e o peito aberto, tentando demonstrar uma confiança que eu sei que não existe.

Não me sinto mal de ser culpada por essa situação – já que fui eu que praticamente o obriguei a vir até aqui para colocar os pingos nos is –, porque, na verdade, a culpa toda é dele. Se tentar resolver problemas alheios através de um processo natural do ser humano – a comunicação?!?!?!?! – for crime, que me prendam!

Sojong abre a porta de supetão e seus olhos assumem um ar surpreso assim que caem sobre nós. Não sei se positiva ou negativamente, entretanto; não consigo decifrar muito bem e começo a me questionar se isso, essa gana de ser misterioso, é de família.

— Han Yijin? – pergunta.

— Olá, treinador! – A voz do garoto é calma e submissa. – Eu vim para conversar com o senhor e com seu filho, Jongsuk. Ele está?

Sojong pensa um pouco antes de responder, analisando a postura da visita com cautela. Entrelaço as mãos pelo braço de Yijin para reafirmar minha presença para ambos, porque sei que pode ajudar.

A família de Jungkook me ama, modéstia à parte.

— Coincidentemente, sim! Estamos almoçando todos juntos hoje. – O homem grisalho abre mais a porta, liberando espaço. – Entrem!

Deixamos nossos sapatos na entrada e somos guiados por ele até a sala de jantar. A matriarca é a primeira que nos vê e sua feição passeia rapidamente entre confusão e hesitação. Percebo que ela está mais magra do que eu me lembrava, mas igualmente fina; maquiada, com brincos de pérolas e aneis adornando os dedos. Seu cabelo bate no ombro e não possui um fio branco sequer.

Os filhos demoram um pouco para notar nossa presença porque estão gargalhando um para o outro, provavelmente por alguma piada que já passou. Jongsuk, o mais velho, assume uma carranca, fechando a cara e franzindo o cenho assim que nos percebe. Jungkook segue a direção do olhar do irmão e o barulho da sua cadeira sendo empurrada por seus joelhos ecoa pelo cômodo, me fazendo agarrar ainda mais firme o braço do garoto ao meu lado.

CAMPO DE VIDRO | JungkookWhere stories live. Discover now