⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 𝒙𝒊. 𝑴𝒂𝒍𝒅𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒏𝒉𝒆𝒅𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑬𝒓𝒆𝒅 𝑳𝒖𝒊𝒏

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Por permanecer crente de que todos os eventos ocorridos não passavam de um sonho lúdico muito difícil de despertar, cogitei a hipótese de que a morte seria a única coisa capaz de fazer com que regressasse ao meu mundo, acreditando que despertaria dentro dos abraços carinhosos da minha família estando cercada por todos aqueles que me amam.

Não achem que sou do tipo suicida, apesar de ter enfrentado muitos problemas pessoais no meu mundo nunca cogitei retirar a minha própria vida. Sempre soube que independente das circunstâncias e provações do caminho eu era importante, minha vida era preciosa e as coisas se resolveriam em algum momento. Tudo o que precisava era ter fé e, talvez, algumas sessões de terapia.

Mas, nesse estranho mundo, precisava tentar.

Inspirei profundamente, enchendo o meu pulmão com o máximo de ar possível enquanto lentamente analisava o abismo, procurando a melhor rota para despencar em uma morte rápida e quase indolor. Estava hesitante, faltando coragem para o ato apesar do desejo de realiza-lo. Minhas pernas tremiam e o suor gélido escorria por minha nuca. Aquela era hora. Sem despedidas, sem uma carta de adeus, sem olhar para trás, somente com o desejo de recordar de todos ao acordar no meu mundo e usar da vivência para criar novas histórias. Talvez fosse famosa por minhas aventuras, afinal daria um ótimo livro. E naquele momento eu saltei com lágrimas nos olhos. Sendo esse o fim de Elphaba Pouts.

PEGADINHA DA MALANDRA. É óbvio que não saltei e é mais óbvio ainda que não voltei para o meu mundo. Afinal, nesse exato momento, sigo no Condado e já estou aqui há pouco mais de sessenta anos (???), não tenho contado o tempo como antes e nem faço questão. Enfim, vamos voltar ao que importa e como fui impedida de prosseguir com a primeira de muitas insanidades que tentei realizar.

Estava prestes a pular contra as rochas da gigantesca cachoeira de águas cristalinas que escorriam no abismo quando senti alguém me agarrar fortemente pela cintura enquanto era puxada para trás, caindo não apenas de volta para a segurança da sacada, mas sobre aquele que me salvara da segunda morte.

— O que você pensa que está fazendo? — Perguntei irritada tentando desvencilhar dos braços fortes do meu salvador.

— Impedindo você de fazer merda — Respondeu Dwalin estando tão irritado quanto eu.

— Não é como se não tivesse morrido antes — Urrei levantando com dificuldade do chão, deixando visível nos meus gestos e voz embargada que estava sobre forte efeitos do álcool. — Foda-se, vou tentar de novo.

— Não vai tentar porcaria nenhuma — Agarrando com força meu braço, Dwalin começou a me puxar para longe da sacada enquanto resmungava em Khuzdul.

— Fala na minha língua! — Ordenei enquanto era arrastada pelos corredores, tentando de todas as formas retirar a mão. Porém ele seguiu resmungando na velha língua dos anões. — Você tá me machucando, Dwalin! Me larga! Ou eu vou gritar...

— Pode gritar a vontade, não vou te soltar enquanto não estiver com os outros — Urrou Dwalin me chacoalhando para provar a firmeza de sua decisão.

— Eu não sei quem você pensa que é para me tratar dessa maneira... — Reclamei tentando usar minhas unhas para arranha-lo. Mas nada parecia surtir efeito, o que não me surpreende tendo em vista que anões são trabalhadores manuais e viviam lidando com forjas. — Mas o Thorin vai ficar sabendo disso.

— Foi o Thorin que mandou eu te seguir, de algum jeito ele sabia que você faria alguma asneira — Rebateu Dwalin balançando a cabeça negativamente.

— O anão tá me rap-lando... rapstando... Tá me sequestrando!

— Por Mahal, garota! — Dwalin me soltou por alguns segundos, mas antes que tivesse tempo de fugir ele me agarrou novamente pela cintura, me atirando facilmente sobre seu ombro direito. — Vai ser mais rápido assim.

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⏰ Last updated: Mar 12, 2023 ⏰

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𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐃𝐄 ⇢ 𝑇𝘩𝑒 𝐻𝑜𝑏𝑏𝑖𝑡Where stories live. Discover now