- Okay, não esqueça que sua viagem é no dia nove de março às quatro da tarde, a suíte é Aurla, com terraço e hidromassagem, o andar é décimo segundo cabine 12007, tudo certo? - Ela falava rapidamente enquanto teclava no computador, eu escutava o barulho do teclado daqui.

- Sim....

- Ótimo, tenha um bom dia. - Ela falou antes de desligar.

Joguei minha cabeça novamente no travesseiro tentando pensar num jeito de resolver isso, no dia do meu aniversário, eu fiquei com remorso por fazer o Bucky gastar muito comigo e eu queria retribuir, então no dia em que eu confessei para ele que o amava, acabei marcando uma viagem um dia antes de seu aniversário, e a viagem duraria duas semanas inteira num cruzeiro pela Europa. Mas no dia vinte sete de janeiro quando a companhia me ligou, eu tentei ao máximo cancelar a viagem mas pelo jeito não adiantou.

Me sentei sentindo a minha bunda latejando de dor, eu não sei o que era pior, a dor ou lembrar de como foi gostoso ele batendo na minha bunda enquanto me xingava. Um banho resolveria tanto a dor quanto a vontade de sentir ele fazendo aquilo comigo novamente. Ao me levantar vi que tinha uma bandeja com café da manhã em cima da mesa da cabeceira da cama, além do café tinha uma rosa vermelha com um bilhete dizendo que ele não iria demorar.

Quando entrei no banheiro do quarto dele o chuveiro não estava funcionando e cogitei a hipótese de que a água tivesse acabado, porém a água da pia estava funcionando, mas por que o chuveiro parou de funcionar se ontem a noite a gente usou? Talvez o outro banheiro esteja com o chuveiro funcionando, peguei minhas coisas e andei até o corredor abrindo a terceira porta, mas ao olhar e ver que não era o banheiro eu paralisei.

Eu, eu não esperava por isso, demorei um tempo para notar que eu prendia a respiração enquanto olhava aquele quarto todo decorado, eu não consigo raciocínar direito, é como se eu tivesse levado um soco tão forte no estômago que me deixassem sem ar, aquilo não era real, não podia ser real, por que essas coisas estão aqui? Porque tem bichos de película e paredes decorativas com pássaros azuis e borboletas rosas com uma árvore toda branca. Talvez Steve queria ter filhos com a Natasha e ele fez esse quarto para quando eles tivessem.

Assim que eu consegui me mexer, eu andei pelo quarto tocando as coisas, a penteadeira, uma poltrona com uma manta dobrada, as cortinas eram lindas, Steve fez um trabalho incrível construindo esse quarto para ela. Cheguei perto do berço vendo mais bichos de pelúcia um deles sendo um pequeno lobo, eu escutava meu coração martelando em meu peito e um zumbido angustiante que não acabava nunca.

Tentei pensar sobre Steve querer uma vida com a Natasha, mas não era possível até porque eu já estive aqui no dia em que ajudei Bucky com a mudança esse quarto estava vazio assim como o meu útero que também sempre vai estar vazio, assim como esse berço que nunca vai poder ter uma criança, uma criança minha.

Minha visão ficou embaçada por conta das lágrimas, me sentei no chão ao lado do berço deixando as lágrimas caírem. Isso não é justo, eu não acho justo, eu sei que eu seria uma boa mãe, pelo menos uma melhor do que a minha eu poderia dar filhos que o Bucky tanto queria. Meu Deus o sonho dele era ser pai e eu destrui isso, não consegui dar um filho pra ele, esse quarto deve destruir ele a cada dia que passa.

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Dangerous Love - Bucky Barnes Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz