"Do you love me, hyung? ; MarkHyuck"

7. Você me ama, hyung?

H & M = 17 anos

2015'

Fazia um ano que seus pais haviam se divorciado. Há exatamente um ano. Passou tudo muito lento para os principais envolvidos, era complicado viver em uma casa onde o normal sempre fora ter três pessoas, e não apenas duas.

A família Lee sofreu bastante nos primeiros dias, semanas e meses, mas depois acabaram se acostumando com tudo e continuaram suas vidas. O único problema que enfrentavam era que Mark não tinha superado tudo completamente, o que dificultava a vida do canadense, pois em dias aleatórios ele se pegava culpando a si mesmo pelo o que aconteceu com seus pais, fazendo com que ficasse triste pelos próximos três ou quatro dias.

Sua mãe o conseguiu convencer de voltar ao psicólogo junto dela, faria bem para ele assim como fazia para si, o Lee então aceitou e percebeu que graças ao profissional confiável, ele não ficou pior. Johnny também ajudou bastante o melhor amigo, não o deixou em momento algum e sempre tentava o animar com as piadas de tiozão dele, isso deixava Mark muito grato e feliz por ter um amigo assim.

Donghyuck foi outro ponto crucial para a recuperação do Lee, Mark jamais falaria isso em voz alta, mas ele começou a adorar a companhia do coreano. Não era difícil vê-los juntos na casa do mais velho ou em algum ponto da cidade, era ainda mais comum ver os três saindo juntos pela cidade. Algumas vezes até mesmo o melhor amigo de Haechan, Na Jaemin, os acompanhava e deixava tudo ainda mais animado.

A data daquele dia era marcante para Mark, o fazia se sentir mal e sem forças para exercer alguma coisa, era difícil para ele lidar com a culpa que seu subconsciente o fazia sentir, não adiantava quantas vezes o seu psicólogo ou seus pais diziam que não era sua culpa e que aquilo era um problema que apenas os dois poderiam resolver sozinhos, o Lee não podia fazer nada quanto aquilo.

Johnny desde que chegara na escola percebeu que seu amigo estava para baixo, por isso tentou animá-lo com assuntos que ambos se interessavam, piadas, fatos curiosos, filmes, inclusive buscou fazer caretas engraçadas, porém nada funcionava, e ele começou a ficar sem ideias do que fazer.

Na hora do intervalo, o mais velho buscou um lugar mais afastado e sem ninguém por perto para ligar para Donghyuck, o coreano havia faltado naquele dia, mas Johnny precisava de ajuda.

— Fala Bro — Falou o Lee assim que atendeu o telefone.

— Eai Bro? Na paz? Papo sério aqui.

— Pode falar.

— É sobre o Mark. Ele está muito mal cara, eu já fiz de tudo e nada dele sorrir ou demonstrar algo. Socorro! — Falou um pouco alto, olhando em volta de seguida para ter certeza de que ninguém o ouviu.

— E porque você me ligou?

— Estou desesperado — Disse Johnny, demonstrando seu desespero através de sua voz.

— Calma, vai ficar tudo bem, vou dar um jeito aqui para fugir de casa.

— Tá maluco?! Se tua mãe te ver, ela vai te deixar de castigo!

— É para um bem maior, vai valer a pena.

— Hmm... sei.

— Cala a boca! Estou saindo de casa, pulando pela janela, que adrenalina. Se eu cair, eu morro, e a culpa vai ser sua — Do outro lado da linha pode-se ouvir alguns barulhos, comprovando que Donghyuck estava se mexendo.

— Toma cuidado que do jeito que você é, vai cair num piscar de olhos. Aliás, como que tu vai entrar na escola? Os portões estão todos fechados — Se preocupou.

— Leva ele até aquele lugar meio abandonado, que tem o muro baixo.

— Mentira que você vai pular o muro da escola. Quero só ver a merda que isso vai dar — O Suh falou, sem acreditar.

— Vai logo buscar ele que eu já estou chegando!

— Está bem The Flash, estou indo. — Johnny falou rápido e desligou a chamada, indo em busca do canadense logo em seguida.

Mark fora levado por Johnny para um lugar da escola onde ninguém ia por ser meio abandonado, não perguntou em momento algum o porquê de estar lá e apenas seguiu seu amigo, que deu uma desculpa esfarrapada para sair de lá e mandá-lo esperar um pouco, deixando-o sozinho no local.

Se assustou quando um garoto subiu no muro da escola e o pulou, parando em sua frente, e demorou um pouco para perceber que era Donghyuck ali, estava muito surpreso pelo moreno ter conseguido pular o muro, afinal ele não era muito alto.

— Oi. — Disse organizando os fios de seu cabelo, que ficaram um pouco bagunçados no momento que pulou a pequena parede.

— Como que você pulou o muro? — Perguntou desacreditado com o que viu.

— Um moço que estava passando na rua me ajudou.

— Sério? Está mentindo.

— Que? Não acredita em mim? OBRIGADO MOÇO! — Gritou alto contra os tijolos.

— DE NADA! E BOA SORTE! — Uma voz masculina desconhecida respondeu ao agradecimento.

— VALEU! Viu só? — Ficaram se encarando por um tempo, Mark ainda não acreditava que Donghyuck havia acabado de pular o muro da escola, com a ajuda de um desconhecido, e mesmo depois daquela cena incrível, ele não tirou do rosto a expressão de tédio e vazio. — Você está bem hyung?

O canadense não o respondeu de imediato, estava pensando em uma desculpa para o dizer que tudo permaneceu bem, mas percebeu que não valia a pena, e era apenas Donghyuck ali, seu... amigo.

— Não, eu não estou nada bem.

Dada a resposta que o mais novo esperava, não tardou em abraçar o mais velho, tentando passar algum tipo de conforto para o outro.

— Hey, Mark-hyung? — O moreno lhe perguntou baixo, enquanto ainda o abraça.

— Fala. — O canadense ainda não havia retribuído o abraço, estava muito envergonhado para fazer tal coisa.

— Você me ama hyung? — Perguntou ao de cabelos pretos, apertando seus braços em volta do mesmo.

— Não. — Responde depois de um tempo. Quando Donghyuck estava prestes a separar o enlace, Mark o surpreende quando corresponde ao ato.

Eles permaneceram lá por um tempo, só se separaram por conta do sinal do final do intervalo.

Felizmente, Johnny conseguiu capturar o momento.

[foto imaginária]

— Nunca vi câmera tão ruim que nem essa, meu pai amado.

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Obrigado por lerem, até a próxima

Bye bye

2bjs