10. entre amores e recomeços

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— Acho que fiquei tão feliz que mal me lembro do momento, só da sensação. – Ao seu lado, Yoongi concordou. – E você está certo, Chim, foi naquele dia. Como alguns descrevem, foi o meu click.

— O meu também – confessou Yoongi. – Lembro de ter ensaiado aquele momento por dias, pensando em como faria pra te dar o amuleto. Não queria que você entendesse errado, já que tinha o Jimin no meio da história e tudo mais, então minha cabeça estava uma pilha de nervos.

— Bom, não sei se dentro do papel de ex me cabe falar esse tipo de coisa… – Jimin brincou, arrancando risadas dos outros dois. – Mas vocês são uma gracinha. Digo isso como ex, como melhor amigo, como membro do nosso coven e como futuro padrinho!

Namjoon riu ao ouvir o som do estalo do tapa.

— Jimin, vai limpar o seu altar e vê se me deixa em paz! — ralhou Yoongi, com as orelhas vermelhas. 

— Pois saiba, hyung, que meu altar está lindíssimo. — Jimin cruzou os braços, pronto para se defender daquela acusação gravíssima. — O seu mais parece uma zona de guerra! Se eu ver mais algum besourinho no meio das suas ervas eu juro que…

— Pela Deusa, hyung! Eu já te disse que é melhor guardar essas coisas na geladeira. — Namjoon retirou as pernas do colo de Yoongi em um ato de indignação. Já estava acostumado com o jeito do bruxo mais velho, mas isso não significava que era algo que apreciava. — Como você consegue manter a qualidade das coisas, hein?

— Ai, Joonie, não fala assim… Eu cuido das minhas coisinhas, ok? Até pareceu que eu teria coragem de ser desleixado desse jeito.

— Mentira! — acusou Jimin. — Você não energiza seus cristais há mais de um mês!

Ya! Park Jimin!

Era naquele caos — no meio da gritaria e inspirando o aroma da vela aromatizada —, que Namjoon se encontrava. A sua casa, o seu lar, era onde aqueles outros dois estivessem.

Mesmo com as brigas, mesmo com as provocações e mesmo com os milhares de motivos que tinham para simplesmente não se darem bem uns com os outros, aquela ligação que possuíam era muito maior que isso.

Jimin, Yoongi e Namjoon eram filhos da lua.

Todos estavam parados como estátuas na sala de estar. No colo do pai, Mirae alternava o olhar entre seu avô e Taehyung, enquanto o próprio sentia o corpo tremendo levemente. Dakho não moveu um músculo, sustentando a troca de olhares com o filho.

Passos foram ouvidos na cozinha e os três mudaram o foco da atenção para a entrada do cômodo, de onde Ahri surgiu, carregando uma xícara de chá. Ela andou calmamente até a mesa, depositou o objeto sobre ela e, enfim, olhou para Taehyung.

A ausência de um sorriso em seu rosto trouxe mais agonia ao clima pesado.

A porta principal foi aberta mais uma vez, e por ela entraram Jiwoo, Seokjin e Jungkook — este carregava Minjun nos braços e assumiu uma expressão confusa ao ver dois estranhos no apartamento de seu vizinho.

— O que está acontecendo? — Jiwoo perguntou, mesmo que já tivesse uma noção da resposta.

— Antes que comecem a me acusar, saibam que fui praticamente arrastado — foi o que Dakho resolveu dizer.

Taehyung não levou um segundo para responder:

— E eu não te quero aqui dentro nem arrastado, nem amarrado, nem carregado!

Em seu cantinho, observando tudo atentamente do jeito que sempre fazia, Jungkook apertou um pouco mais Minjun em seus braços ao notar a expressão quase assustada do menino. Ele trocou um breve olhar com Seokjin.

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⏰ Last updated: Feb 09, 2023 ⏰

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entre gêmeos e luas | vminWhere stories live. Discover now