CAPÍTULO 03

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Boa leitura ❤️

Em vez de ir direto para São Paulo, Orion ordenou que o avião pousasse em Florianópolis

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Em vez de ir direto para São Paulo, Orion ordenou que o avião pousasse em Florianópolis. De lá, pegaria um carro rumo à Balneário Camboriú a fim de visitar sua mais nova casa noturna.
Devido a um problema na aeronave, acabaram demorando mais que o usual, afinal, imprevistos faziam parte do dia a dia e mesmo que isso o deixasse irritado, aproveitava para ocupar seu tempo com algo útil, ou seja, trabalhando.
Ainda que tivesse acompanhado de perto cada tijolo erguido, algumas visitas surpresas sempre caíam bem.
Cloud, como a batizou, era seu maior empreendimento e a mais nova menina de seus olhos. Quando Orion começou a colocar suas ideias megalomaníacas em prática, enfrentou homens muito ruins e só conseguiu vencer devido à sua persistência e discrição.
Nunca foi adepto a redes sociais, tecnologia inútil ou ostentação; considerava que tudo isso colocava a pessoa em foco, desencadeando inveja e uma curiosidade desnecessária.
Quando se falava em máfia, a primeira coisa que vinha à cabeça da maioria das pessoas era um bando de homens muito bem arrumados, influentes e desumanos, o que não deixava de ser uma verdade. Porém, a mente dessas mesmas pessoas sempre vagava para além das fronteiras continentais.
No Brasil, as organizações criminosas não eram conhecidas como máfia, pelo menos não da forma como era lá fora. Esse título ficava para os italianos com a Cosa Nostra, os russos com a Bratva ou até mesmo os japoneses com a Yakuza.
Orion achava que isso acontecia porque seu país não possuía um nome realmente forte, um homem poderoso e dominante o suficiente para atuar em diversos segmentos, diante disso, batalhou para ser esse nome e não ficou satisfeito enquanto seu objetivo não fosse alcançado.
Apesar de tudo isso, a verdade era que Orion não se importava com rótulos. Mesmo que o mafioso brasileiro fosse associado a um traficante qualquer, usuário de drogas ou até mesmo um bandidinho "comum", para ele, ter chegado ao patamar em que se encontrava lhe gerava uma enorme satisfação, um sentimento célebre, difícil de explicar.
Orion não tinha a necessidade de mentir para si mesmo – ou para os outros. Ele era aquilo, sem títulos ou falsidades.
Entrou no submundo sabendo dos ônus e bônus. Enriqueceu através dele e ponto final.
Cada pessoa era responsável por suas escolhas e Orion tinha plena concepção das suas. No início, ele se sentiu como uma grande peça de metal sendo içada por um ímã gigante para dentro do submundo, ao ver que não tinha para onde fugir, desistiu de lutar e simplesmente aceitou fazer aquilo que sabia de melhor: liderar.
A justiça seria feita no dia do seu juízo final – se era que isso existia.
— Senhor — chamou Calisto, enquanto o carro seguia rumo à cidade conhecida por seus grandes arranha-céus. — Quer ir direto ou descansar antes?
Orion verificou o relógio, constatando que já passava da meia-noite.
— Iremos direto. O horário vai ser perfeito para vermos como está o funcionamento.
O tatuado acenou com a cabeça e passou a ordem a Alberto e ao motorista.
— Como foi a reunião? Acabou que não deu nem tempo para conversarmos.
Além de seu braço direito, Orion considerava Calisto como família. Ele estava vinte quatro horas à disposição, mesmo quando era ordenado a descansar, além de ter sido também o homem de confiança de Roger.
Ele não havia formado uma família e já até ouvira boatos de que o tatuado era homossexual. Para Orion, ele poderia gostar de homem, mulher ou cavalos, sua preferência não interferia em absolutamente nada, o que realmente importava era que exercesse o cargo que ocupava com responsabilidade e lealdade.
— Ótimo — respondeu de pronto. — Leonello é um homem sério, nossa aliança está cada vez mais forte.
— A filha parece ser bem difícil...
— Abusada — completou Orion, lembrando-se da fedelha atrevida.
— Pelo que ouvi dizer, o pai não a deixa namorar, mas a danada tem um namorado secreto... — explicou Calisto.
Orion riu internamente pensando que foi o que ele havia refletindo quando a viu em seu quarto de hotel. Somente uma jovem rebelde querendo que o pai fizesse suas vontades.
— Descobriu isso com ele?
— Não — retrucou o tatuado, carrancudo. — Ela não parava de falar sobre isso quando fui levá-la em casa, naquela madrugada. A menina é um livro aberto.
— Problema do Leonello — acrescentou Orion.
— Eu admiro a história dele — observou o outro homem. — Dizem que não foi nada fácil no começo.
— Nunca é, cada um tem a cruz que consegue carregar — concluiu no instante em que chegaram ao Cloud.
Dirigiram-se ao estacionamento localizado no subsolo e o motorista parou em frente a um elevador veicular, oculto para quem não conhecia sua existência.
Orion abriu sua janela e após a identificação ocular o liberar, entraram e levaram cerca de dois minutos para subir todos aqueles andares.
Chegando lá, pararam o carro em uma das cinco vagas reservadas para Orion. Ele desceu, acompanhado de Calisto, Alberto e mais um segurança, sem perder tempo.
— Vou direto para a cobertura e não quero ser anunciado. Podem circular à vontade — completou.
Ele sabia que não tinha como alguém subir sem ser identificado ou liberado por um dos cem seguranças que estavam espalhados em cada metro quadrado, então estaria seguro.
Do saguão onde estava, viu uma movimentação de pessoas querendo entrar na boate.
Assim que o segurança dali o avistou, liberou sua entrada e abriu a porta, acenando discretamente.
Orion caminhou pelo local escuro, observando as pessoas interagirem, beberem e se divertirem.
O salão tinha um conceito aberto e decoração luxuosa, com pequenas mesas de mármore negro espalhadas pelo salão e um enorme balcão no fundo, onde ficava o bar.
No andar de cima, com vista privilegiada, ficava o palco do DJ, assim como dez camarotes VIPs.
Depois de trinta minutos inspecionando aquele pavimento, encaminhou-se para os três últimos andares do edifício, onde o dinheiro de fato rodava.
Já no cassino, cruzou com alguns clientes exclusivos, todos fiéis e que adoravam apostar alto, pois além de satisfazer o ego deles, gostavam também de mostrar como eram afortunados para terceiros.
Homens mesquinhos e imaturos, porém, justamente por conta disso o deixava cada dia mais rico.
Após conversar com alguns deles, foi direto para a área reservada, onde somente Orion tinha acesso.
Sentou-se no sofá de couro preto, de onde conseguia vislumbrar toda a cidade – já que estavam no último andar –, e pediu uma água com gás e limão.
Direcionou seu olhar para o terraço. Lá havia uma piscina com borda infinita, toda iluminada com luz de LED azul, mas o que prendeu sua atenção foi uma linda loira com uma taça de champanhe na mão.
Ela estava extremamente sexy, com um vestido vermelho justo e os cabelos loiros soltos lançados conforme o vento orquestrava. De repente a mulher se virou e o encarou, como se sentisse que estava sendo observada.
Orion não era um animal, ele conseguia controlar bem seus anseios, mas aquela mulher fazia algo se acender dentro de si, como uma ligação instantânea. Mas assim que se levantou para ir até ela, foi abordado por Caetana, o que lhe causou estranheza e irritação.
— O que faz aqui?
— Como assim, amor? Sou sua namorada, não posso aparecer para te ver?
— Mesmo que fosse minha namorada, coisa que não é, não tinha o direito de aparecer assim. Nunca te dei a liberdade de ir e vir sempre que quisesse em meus estabelecimentos.
Orion estava em pé, de frente para Caetana, que mantinha a cabeça erguida, esforçando-se para encará-lo nos olhos.
— Então para esquentar sua cama eu sou boa, mas para sair em público não?
Ele respirou fundo, fazendo suas narinas inflarem, sinal de que ela estava conseguindo tirá-lo do eixo.
— Desculpe — pediu, rapidamente, percebendo a merda que havia falado. — Estava com saudades. Achei que me ligaria quando chegasse de viagem.
— Não sou obrigado a dar satisfação da minha vida.
— Eu sei, eu sei — concordou a moça de pronto. — Eu só... Sinto sua falta. Podemos esquecer esse rompante ridículo que tive e começar de novo?
Orion olhou para o terraço, no entanto, a loira não estava mais lá.
— Desculpe — pediu mais uma vez. — Quem sabe não posso compensá-lo de outra forma — disparou a safada em seu ouvido, acariciando suas bolas.
Caetana era uma mulher com personalidade forte e, na maioria das vezes, respeitava os limites que Orion dispunha. Mesmo que ela cismasse em acreditar que tinham um relacionamento, ele estava se fodendo para isso, porque já havia mencionado várias vezes que aquilo não era um namoro e ela não era criança para que fosse obrigado a repetir inúmeras vezes.
Ainda mantinha esse envolvimento porque tinha que admitir que ela era fogo na cama.
Nunca havia ficado com alguém que o deixasse tão maluco de tesão. A mulher sabia o que estava fazendo. Conhecia cada parte de seu corpo e onde possuía mais sensibilidade para gozar com vontade.
Ela era uma maluca, porém, uma maluca inocente que não oferecia riscos reais e se caso isso um dia mudasse, não pensaria duas vezes em fazê-la desaparecer de sua vida.
— Vamos, meu dengo... — disse, manhosa. — Sei que quer e eu já estou prontinha pra você.
— Não me chame assim — ordenou, grosseiro, invadindo o vestido dela e enfiando o dedo dentro da boceta molhada, uma vez que Caetana estava já sem calcinha. — Puta safada — sussurrou.
Orion esticou o braço até uma das paredes e acionou um botão que deixava os vidros da redoma em que estavam opacos, impossibilitando que vissem o interior.
Pegou-a pelo braço com força e a beijou.
Levantou o vestido curto dela e a virou de costas. Tirou um preservativo do bolso, abaixou a calça junto com a boxer e o desenrolou por sua extensão.
— Nossa, que saudade — resmungou a moça, apoiando as mãos no sofá e empinando a bunda, ansiosa por ser fodida.
Orion meteu sem dó, de uma vez só, então grudou as mãos nos quadris arredondados e começou a socar forte e fundo como Caetana amava. Ele enfiava e depois se afastava apenas o suficiente para meter de novo e de novo, ditando em ritmo frenético, enquanto a filha da puta gemia seu nome.
As peles batiam uma na outra, deixando uma sinfonia erótica no ar e fazendo suas bolas ficarem cada vez mais pesadas.
— Vou gozar — anunciou Caetana, quando ele levou uma das mãos até a boceta dela e massageou o clitóris túrgido. — Isso, delícia, aí...
Assim que gozou, ela caiu ofegante no sofá.
Orion a encarou e meneou a cabeça negativamente, chamando-a com o dedo.
— Ainda não.
Com um sorriso malicioso, ela se sentou no sofá, ainda com o vestido todo erguido, e puxou seu quadril.
Depois de jogar o preservativo longe, o engoliu profundo. Orion sentiu a cabeça do seu pau encostar na garganta dela, ainda assim ela não parava.
Segurou os cabelos cor de ferrugem no alto, enrolando-os com uma mão, ditando o ritmo que a cabeça dela ia e voltava, proporcionando a si mesmo um tesão foda demais.
Caetana fazia tudo aquilo o encarando e mesmo que os olhos estivessem lacrimejando, era notório que estava adorando vê-lo daquele jeito.
Depois de alguns minutos, ele não suportou mais e gozou no fundo da garganta dela, fazendo-a engolir cada gota do seu sêmen. Assim que retirou seu pau, a maliciosa o encarou e limpou uma gota que havia escorrido no canto da boca e chupou, sorrindo.
— Você é tudo o que uma mulher deseja — disse ela, soando apaixonada.
Em seguida, tirou um pacote de lenço umedecido da bolsa e ofereceu e ele, que pegou prontamente. Após se higienizar, Orion ajeitou o terno e quando olhou, ela já estava arrumada, como se não tivessem feito absolutamente nada.
— Fiquei sabendo da festa — disse ela, despretensiosa.
— Não será uma festa — argumentou Orion, sabendo exatamente do que ela estava falando. — Será uma pequena reunião.
— Reunião em um aniversário se chama festa — contrapôs, sorrindo. — Será que eu poderia ir?
Orion a encarou, sério.
— Sabe que tenho minhas fontes... Por favor, é seu aniversário, queria estar junto.
Ele andou até a parede e acionou mais uma vez o botão, deixando os vidros translúcidos novamente.
— Irá como amiga — concretizou ele, encarando-a. — Esquece essa história de namorada de uma vez.
— Juro — prometeu, pendurando-se em seu pescoço.
Orion a afastou, caminhando para fora da sala com o olhar vitorioso dela ainda em cima de si.
— Meu consentimento com sua presença em meu aniversário não quer dizer nada, pelo menos não da forma como está imaginando. Espero que não esteja vendo algo que, na verdade, não existe — despejou o balde de água fria em Caetana antes de virar as costas e ir embora.

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NA TEIA DA MÁFIA  - DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now