CAPÍTULO 9 - PERDÃO

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  Estava diante de uma linda clareira, cheia de flores

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  Estava diante de uma linda clareira, cheia de flores. Do outro lado podia ver Jonas colhendo algumas flores amarelinhas, tão pequenas e delicadas…

  Sorri com o fato dele estar todo sujo de lama.

“Ele realmente nunca gostou de tomar banho.”

  — Jonas! Venha, vamos para casa. — Gritei e ele me olhou, mas o sorriso abandonou seu rosto juvenil e arteiro.

  Olhei em volta e para minha infeliz surpresa, minha mãe estava ali, bem atrás de mim.

  Estava mais magra que antes, seus olhos ainda mais fundos e sombrios. Diferente do antigo normal, ela estava aterrorizante.

  Eu sabia bem o que significava, já havia passado por isso antes. Ela não parecia transtornada, o que me deu mais medo, pois, ela tinha cheiro de morte!

  Olhei para meu irmão e gritei; “corre!” Mas antes que ele corresse, minha mãe, sem explicação, estava ao seu lado, o envolvendo em uma bolha de água. Corri até eles, mas como há anos atrás, meu irmão se afogou! Bati diversas vezes naquela bolha, mas ela só se rompeu, quando ele parou de se debater, caindo nos meus braços, com toda aquela água.

  Agarrei seu corpo e gritei! Chorei tentando acordá-lo!

  Não adiantou.

  Olhei para minha mãe e ela vinha em minha direção, eu sabia que agora ela iria tentar me matar, e mesmo assim, não me fugi, permanecendo ali, esperando meu fim; recebi seu golpe e caí ao chão. Eu vi, quando ela tirou sua própria vida, diante de mim.

  “Não era possível! Um pesadelo, novamente!”

  Fechei meus olhos com força, rezei para acordar e quando abri os olhos, vi Rodrigo. Ele estava próximo a alguns pinheiros, seu rosto estava pesaroso. Senti dor só de olhar para ele. Seu caminhar até mim, foi vacilante, mas ele não parou. E quando finalmente, estava diante de mim, parou e tocou meu rosto. Então, eu estava de pé.

  — Você é real? — O questionei.

  — Sou.

  — Eu duvido.

  — O que vivemos foi tão real, que você pode sentir dentro de você. — Ele beija minha testa.

  Me agarro a sua cintura, e de repente ele me afasta um pouco, para segurar minha mão. Fico olhando o homem a minha frente; alto, olhos azuis, lábios finos, um rosto de um Lorde inglês. É assim que o vejo.

  — Rodrigo, por que foi embora? — Sinto meu corpo pesar, e ele aperta minha mão. — O que houve, por que não fala comigo? — Aperto sua mão.

  — Estou aqui, meu amor. Não te deixarei sozinha, nunca mais! Nunca mais!

  Ele parece desesperado, o abraço forte sentindo meu coração aliviado.

  — Tudo bem.

  Ele beija minha mão várias vezes, sem parar e consigo sentir que, realmente, ele não vai me deixar.

COM AMOR NATAL: UM CONTO DE DE NATALOnde histórias criam vida. Descubra agora