Meu Primeiro Amor

11| Home Alone

Amy Smith

Brooklyn, Nova York.
Nove e quinze da manhã.

Acordo sentindo os raios solares de encontro com o meu rosto, e suspiro lembrando que é sábado e que terei que passar o dia inteiro sem fazer nada ou tendo que suportar Adam o dia inteiro.

Desde que brigamos naquela noite as coisas entre nós que já não eram boas estão piores ainda, o que de fato, não me preocupa. Ele já não fazia muita questão de ser legal ou minimamente presente na minha vida como pai antes, então agora pelo menos ele tem a desculpa da nossa briga para ficarmos dessa maneira um com o outro.

Me levanto da minha cama e a arrumo sem pressa alguma, indo tomar um banho logo após. Depois de ter feito todas as minhas higienes matinais e estar vestida, saio de meu quarto e desço até o primeiro andar onde vejo a sala e a cozinha vazia. Procuro com o olhar por Andam ou então meu irmão mas não obtenho sucesso, o que me fez caminhar até a cozinha e ir preparar alguma coisa para tomar café da manhã enquanto me perguntava aonde eles poderiam ter ido juntos.

Depois de feito meu café e o tomado, levanto para caminhar a até a cozinha para lavar minha louça e posso ver minutos após Adam e meu irmão passando pela a porta de casa com sacolas de mercado, e sorrisos no rosto. O que me fez ficar confusa, já que ele já fez compras da casa esse mês. Terminei de lavar a louça e fui até a sala, onde pude ver os dois animados conversando.

— Lá tem parque, papai? — perguntou Peter animado para Adam, que sorria mais largo que um palhaço de circo. Eu só quero saber porquê.

— Tem sim, filho. Tem parque, tem museu... tem muita coisa divertida! — exclamou animado, vendo Peter bater palmas feliz e animado.

Eles estão falando de um lugar. Mas o que exatamente? Será que eles...

— Maninha, maninha, maninha! O papai vai nos levar para viajar! — disse Peter animado pulando enquanto me olhava.

Bingo! Era exatamente o que eu pensei. Uma viagem.

Eu iria responder Peter mas antes mesmo de abrir a boca, Adam me cortou e falou primeiro.

— Sua irmã não vai, filho. Ela tem que ficar para cuidar da casa. — proferiu calmo e sério, fazendo o sorriso de meu irmão se desfazer completamente.

— Ah... — disse cabisbaixo. — Que pena. — me olhou triste. — Você não vai ficar com medo de ficar aqui sozinha, Amy? — perguntou meu irmão, me fazendo forçar um sorriso enquanto abaixava em sua frente.

— Não, meu amor. A irmã até que gosta de ficar sozinha. Pode ficar tranquilo! — digo dando um beijo na sua testa, o fazendo dar um sorriso pequeno, enquanto se virava para olhar Adam.

— Eu vou subir para escolher as minhas roupas... — disse então, caminhando para o seu quarto enquanto Adam me olhava sério.

Era óbvio que em algum momento ele iria tentar me atingir pela a nossa briga, ele não iria deixar eu ganhar uma discussão dele por mínima que seja. Ele tem um ego grande demais 'pra isso.

— Nós vamos viajar para Manhattan e voltamos amanhã a noite. — disse. — Você vai ficar em casa e garantir que nada aconteça aqui. Você tá proibida de sair nesse final de semana, então é bom que fique em casa se não quiser ficar de castigo quando eu voltar. — ditou sério me fazendo suspirar debochada, soltando um pequeno riso.

— Acho incrível sua capacidade de se superar nas babaquices, Adam. Parabéns, cada dia vejo que você está se superando! — digo batendo palma em forma de deboche. — Tudo isso realmente só pra me atingir? Patético demais viu. — digo por fim, vendo ele continuar com o semblante sério.

— Sem deboche ou gracinhas, Amy. Estou falando sério. Se me desesobeder vai enfrentar consequências nada boas. — me olhou sério se levantando do sofá e caminhando até a escada. — Espero que estejamos conversados. — completou subindo a escadas me arrancando um revirar de olhos.

Ele realmente quer travar uma briga comigo, quer fazer eu pedir desculpas a ele como quando era criança. Quer que eu sinta culpa por algo que eu não fiz de errado e me punir por isso sem um motivo plausível. Ele quer tocar no meu ponto fraco.

Suspiro me jogando no sofá e aceito o meu destino nada legal de um final de semana dentro de casa sem poder fazer nada, enquanto meu irmão e o homem que deveria me tratar como filha viajam. Eu sou muito azarada mesmo.